Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado um momento crítico em sua história política, marcado por escândalos e pela descrença nas instituições públicas. Campo Maior não é exceção desse processo de decadência política. Em meio a esse cenário, a Lei da Ficha Limpa surge como um mecanismo indispensável para a recuperação da moralidade no processo eleitoral, especialmente em cidades como Campo Maior, onde a confiança nas lideranças políticas precisa ser restaurada urgentemente.
A Lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010, impede que candidatos condenados por crimes graves concorram a cargos públicos. A sua aplicação é um passo importante, mas não suficiente para transformar a política nacional. É preciso que os eleitores compreendam o poder de seu voto e a responsabilidade que ele carrega. Quando votamos, não estamos apenas escolhendo um nome para representar nossos interesses, mas validando um conjunto de valores e práticas que moldam nossa sociedade.
Em Campo Maior, a conscientização dos eleitores é urgente. Muitos ainda se deixam levar por promessas populistas e imediatistas, sem considerar o histórico e as propostas dos candidatos. Campanhas de educação política, que envolvam escolas, universidades e associações comunitárias, são necessárias para informar os eleitores sobre a importância de analisar o passado e as qualificações dos candidatos.
Por outro lado, as instituições públicas locais precisam demonstrar que estão comprometidas com a transparência e a ética. Somente assim a confiança da população poderá ser restaurada. Campo Maior tem potencial para se reerguer, mas isso só acontecerá se seus cidadãos exigirem lideranças limpas e comprometidas com o bem comum.
A restauração da confiança nas instituições começa com a escolha consciente de representantes éticos, que respeitem as leis e trabalhem em prol da comunidade. A cidade de Campo Maior merece e precisa dessa mudança.