terça-feira, 30 de agosto de 2016

Escola invertida? Wellington analisa modelo de educação americana


Antes da matéria divulgada pelo Portal Cidades na Net, anunciando a pretensão do Governo do Piauí em analisar o modelo da escola invertida, inovação da educação americana, gostaria de tecer alguns comentários sobre a sobrecarga vivenciada pelo educador da rede pública estadual de educação.


Sou muito afeito às inovações na educação. Não concebo um importante segmento da vida das pessoas, sem que seja dinâmica, viva. Não se pode ter uma educação com modelos do século XIX, professores do século XX e estudantes do século XXI.

Creio que o maior desafio do educador, atualmente, é manter a atenção de nossos estudantes em sala de aula. Para isso há a necessidade de aulas elaboradas a partir do interesse dos mesmos. A tecnologia em si não é suficiente para este mister. Devemos nos ocupar dos estudos que partam dos próprios estudantes.

Sem que seja acordado por quem está na sala de aula, formas de se fazer entender e compartilhar conhecimentos, quaisquer modelos mirabolantes ou destoantes da nossa realidade pode fadar a apenas mais recursos sendo jogados no "ralo".

Fui surpreendido com matéria da imprensa local, quanto a intenção do Governo do Piauí em adotar o modelo americano da escola invertida, onde os estudantes trazem de casa os conteúdos já estudados. Ora, uma das maiores dificuldades que temos é o aluno fazer e trazer as atividades que devem ser realizadas em casa.

Estamos anos luz distantes de um modelo dessa natureza. Sequer fomos capazes de assimilar o modelo cearense, bem mais próximo à nossa realidade, quanto mais uma inovação diante de um modelo completamente desgastado culturalmente.



 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Governo Temmer dá mais um golpe na Educação

Não podemos deixar de repercutir no nosso blog, a denúncia publicada na Folha de São Paulo, edição desta segunda-feira, 29 de agosto, quanto a mais um desmanche que o Governo Interino faz na educação. A ausência do Governo Federal em programas de combate ao analfabetismo é um golpe mortal na combalida estrutura social do país.

Segundo a Folha, "com uma das piores taxas de analfabetismo da América do Sul e sem cumprir compromissos internacionais na área, o Brasil interrompeu o programa federal que ensina jovens e adultos a ler e escrever. Ao todo, 13 milhões no país não sabem decifrar nem um bilhete simples, o equivalente a 8,3% da população com 15 anos ou mais. Esse contingente era alvo do Brasil Alfabetizado, executado por Estados e municípios com verba do governo federal".

A ação reflete em muitos estados e municípios brasileiros, inclusive Campo Maior. O Piauí, segundo dados do TSE apresenta um índice incomodo de pessoas analfabetas.

Confira a matéria do FOLHA DE SÃO PAULO  

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

COTAS PODEM ACABAR: Mais uma para massacrar os avanços sociais:

Nossa!" Até dá um arrepio na espinha quando imaginamos que muitos dos avanços sociais, em especial os que procuram diminuir as distorções culturais do país, podem de uma só canetada serem extinguidos pelo governo racista que está se instalado no Brasil.

Um projeto criminoso contra cotas


Considerando o currículo vergonhoso que o governo interino tem acumulado desde a posse, o ataque ao regime de cotas no serviço público até que estava demorando. Anunciado pelo Ministério do Planejamento, que responde pelo sistema de contratações da administração federal, é uma iniciativa que merece repulsa absoluta.
O esforço sem limites para garantir todo e qualquer apoio social para compensar sua fraqueza de origem levou o governo Temer a cortejar o eleitorado racista, ha bituado se esconder na teoria, muito conveniente para os brasileiros brancos, de que vivemos sob uma democracia racial.
Vamos combinar que era só uma questão de tempo.
Vitória histórica contra a discriminação e suas sequelas, admitidas por estudos acadêmicos de várias correntes de pensamento, a política de ação afirmativa sempre foi questionada por lideranças interessadas na manutenção de um sistema de privilégios apoiado na exclusão de mais de 50% dos brasileiros que trazem a descendência africana na pele, nos cabelos, nos olhos e, especialmente, em 400 anos de exclusão social, perseguição e violência.
A ideia de formar comissões que irão avaliar se uma pessoa tem descendentes negros -- ou se está mentindo para obter vantagens -- é ridícula como demonstração de ignorância sobre o conceito de "raça". Também é grotesca como projeto de Estado. 
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, quando a ONU realizou estudos sobre a origem do racismo, sabe-se que não há base científica para se definir raças humanas, como sintetizou o sábio Claude Levi Strauss, um dos gênios do século XX.
Isso porque os seres humanos tem uma formação genética diferente daquela que pode ser encontradas em cães -- que podem ser pastores, boxers, labradores e até vira-latas -- ou gatos, angorás ou siameses. Avaliando o horror do holocausto, que tinha no programa de extermínio de judeus seu maior instrumento ideológico, Levi Strauss explicou que raça é cultura. Partindo dessa lição do mestre, que seria confirmada décadas mais tarde pelo estudo de DNA das populações do planeta,  pode-se entender queos cidadãos que forem escalados para dizer se determinado sujeito é branco, ou negro, ou não passa de uma fraude, estarão expressando, acima de tudo, seus próprios preconceitos e convicções. Imagino o dedo em riste. As sombrancelhas duras. A voz indignada. Tudo para tentar submeter e envergonhar. Nos tempos de Hitler, os suspeitos eram convidados a colocar o pinto para fora das calças, caso fosse necessário dirimir maiores dúvidas.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

População não aceita "Escola sem Partido"

Escola sem Partido: boa piada
No dia em que completa duas semanas, a consulta pública sobre o projeto de lei que institui o programa Escola sem Partido entre as diretrizes e bases da educação ultrapassou nesta segunda-feira as 360 mil votações no portal e-Cidadania, do Senado Federal. Até as 14h30, quase 368 mil pessoas haviam se manifestado contrárias ou favoráveis à proposta – que defende a "neutralidade do ensino" por meio da proibição de suposta "doutrinação ideológica" nas escolas. Desse total, a maioria, com uma diferença de cerca de 10 mil votos, era contrária ao projeto.
A consulta bateu o recorde de votações na história do e-Cidadania -- a segunda proposta com mais participação, 183.597 manifestações, é a do projeto que propõe a reformulação da lei do Ato Médico.
A inspiração para o projeto de lei sobre o Escola sem Partido no Senado – a qual embasa outros quatro projetos do tipo, na Câmara dos Deputados, e além de sete Assembleias Legislativas e 12 Câmaras municipais – é a proposta idealizada em 2004 pelo advogado Miguel Nagib, procurador paulista.
Confira a matéria na íntegra AQUI