terça-feira, 28 de outubro de 2014

Chega de truculência: "Discriminação é crime, denuncie"

Nos últimos dois dias temos presenciado em importantes redes sociais uma campanha antes inimaginável contra nordestinos - e diga-se aí, eleitores de Dilma. Campanha que em tomado corpo e que deve começar a preocupar nossas autoridades policias e judiciárias, vez que é uma campanha criminosa contra os direitos mais elementares das pessoas.

Alguns jornalistas - e não escrevinhadores como temos visto por estas bandas de cá - têm alertado quanto ao perigo que representa o encorpamento de tais atos. Veículos de comunicação comprometidos com a notícia verdadeira, chamam a atenção para essas postagens e o que elas podem trazer de desagradável para muita gente.

Compartilhamos no nosso blog, matéria publicada no GGN, com informações da Agência Brasil, que servea para que possamos formular nossas denúncias quanto a conteúdos discriminatórios.

Eleições 2014: Discriminação é crime, denuncie

Jornal GGN - As discriminações contra os nordestinos durante as eleições presidenciais são considerados crime nos artigos 286 e 287 do Código Penal. E qualquer um pode denunciar.
Para mobilizar e facilitar o trabalho de reunir essas manifestações de ódio e preconceito pelo Facebook, Twitter e demais redes sociais, um grupo criou o site Esses Nordestinos
A página reune as postagens e fornece dicas de como denunciar diretamente para o Ministério Público Federal. "Enviar prints de manifestações xenofóbicas para este tumblr ajuda a expor o problema e gerar discussão, mas se você quer dar um passo adiante e fazer com que os autores das mensagens respondam por suas palavras, considere fazer uma denúncia formal no site do Ministério Público Federal", explica o portal.
Sem burocracia, é fácil fazer as denúncias. Basta registrar os dados no sistema de denúncia online do MPF.
Ainda, para aqueles que não querem se identificar, uma ONG que trabalha pela defesa dos direitos humanos, a SafernetBrasil, em parceria com o próprio Ministério Público Federal criaram o site de denúncias anônimas de discriminação, preconceito ou incitação ao crime na web: o www.denuncie.org.br, que encaminha as ações aos órgãos públicos competentes.
O presidente da Safernet, Tiago Tavares, em entrevista ao programa Ponto Com Ponto Br, lembrou de um caso que ocorreu no fim das eleições de 2010. Episódios semelhantes aos acompanhados nos últimos dias também ocorreram. Em um deles, uma estudante de direito publicou no Twitter: “Nordestisno (sic) não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”. 
Com a denúncia da mensagem preconceituosa, a estudante perdeu o seu trabalho como estagiária e foi condenada pela Justiça Federal de São Paulo pelo crime de discriminação, a 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão, que foi convertido em prestação de serviço comunitário e multa. "Infelizmente, a repercussão desse caso não foi suficiente para coibir o que os usuários fizeram após as eleições do dia 5", disse o presidente.
Por outro lado, houve o aumento de denúncias de crimes cibernéticos no site, refletindo uma conscientização maior da população. 
As mensagens preconceituosas dos últimos dias terão consequência jurídica: "alguns vão responder por crime, sofrer sanções civis e outros serão penalizados pela sua própria rede de relacionamento", garantiu.
Com informações da Agência Brasil.
Veja algumas denúncias publicadas em Esses Nordestinos:
    

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

É hora de comprar Brasil!

Raras vezes, na história da humanidade, um país se deixou cegar tanto pelo ódio político, pela intolerância e pela mentira, sendo tão vilipendiado por sua própria elite. Agora, que as eleições acabaram, relembre: o Brasil é exemplo global no combate à fome, tem a menor taxa de desemprego de sua história, uma nova classe média pujante, que adensa um dos maiores mercados de consumo de massa do mundo, e uma presidente revigorada pela vitória nas urnas; além disso, está prestes a se tornar um dos grandes produtores globais de petróleo, não há descontrole inflacionário e os ajustes necessários na economia são bem menos severos do que se apregoa; por último, mas não menos importante, o Brasil NÃO é bolivariano!. 

Por Leonardo Attuch
Roberto Stuckert Filho: Rio Grande - RS, 17/09/2012. Presidenta Dilma Rousseff durante visita ao local de construção da P-58 no Estaleiro Quip. Foto: Roberto Stuckert Filho/PrO Brasil amanhece, nesta segunda-feira, não muito diferente do que foi nos últimos dias, semanas e anos de governo Dilma – uma aposta renovada pelo eleitor brasileiro para os próximos quatro anos. O desemprego continua a ser um dos mais baixos da história, a inflação não está fora de controle e transformações estruturais, como o avanço na exploração do pré-sal, continuam em curso.

No entanto, raras vezes, na história da humanidade, um país foi tão vilipendiado e rebaixado por sua própria elite. Como jamais se viu, uma sociedade se permitiu cegar pelo ódio político, pela intolerância e pela mentira. Para citar apenas um caso, o dirigente de uma consultoria financeira lançou um livro intitulado "O Fim do Brasil", profecia que se realizaria em caso de reeleição da presidente Dilma. A julgar por seu catastrofismo, que foi levado a sério por alguns agentes do mercado financeiro, esta segunda-feira seria o "dia em que a terra parou", como diria Raul Seixas.

No entanto, basta abrir os olhos – sim, abrir os olhos, após a cegueira e a histeria das últimas semanas – para enxergar uma realidade bem diferente. O Brasil fechará o ano com a inflação dentro dos limites da meta pelo décimo ano consecutivo, com uma dívida interna estável, embora a situação fiscal seja menos confortável do que no passado, e com uma população que volta a confiar no futuro – este, um dos dados mais importantes das últimas pesquisas. Quando as pessoas acreditam que irão manter seus empregos e seu poder de compra, o motor do consumo e do crédito se mantém ligado e a pleno vapor.

Se há a necessidade de ajustes na economia, eles já são reconhecidos pelas autoridades, em Brasília. Especialmente em alguns setores, como o do etanol, que foi prejudicado pela contenção dos preços dos combustíveis e será beneficiado com a volta da Cide – um importo que tornará o álcool mais competitivo na bomba. A boa notícia é que os ajustes necessários são bem menos severos do que se apregoa – 2015, ao contrário do que muitos imaginam, não será o ano da catástrofe anunciada.

Passadas as eleições, é também a hora de superar antagonismos, divisões e retomar o diálogo. Em vez de enxergar o copo meio vazio, é hora de encarar a metade cheia, repleta de avanços. O Brasil é hoje reconhecido pelas Nações Unidas como exemplo global no combate à fome e às desigualdades sociais. É também um país montado num caminhão de reservas internacionais, capazes de amortecer qualquer crise internacional. E que, com sua nova classe média, possui um dos maiores mercados de consumo do mundo, que irá continuar recebendo investimentos por muitos e muitos anos.

Se isso não bastasse, o pré-sal, de onde se extraem mais de 500 mil barris de petróleo/dia, já não é mais uma promessa. É realidade concreta e palpável. Aliás, se o Brasil foi rebaixado e vilipendiado por sua elite, que daqui extrai suas fortunas, o que dizer, então, da Petrobras? Relatórios das agências internacionais de energia, feitos por quem realmente entende do setor, a apontam como uma das empresas de maior crescimento projetado para os próximos anos. Depois dos investimentos, virá a colheita. E o Brasil, que viveu agudas crises no balanço de pagamentos no passado, em razão de sua dependência energética, tem tudo para se transformar num dos grandes exportadores globais de petróleo – como já é no setor de alimentos.

Dilma venceu as eleições porque, em algum momento, os eleitores – e não apenas os supostamente mal-informados, como diria FHC – se deram conta de que a propaganda negativa não correspondia à realidade. Será mesmo que o Brasil dos novos aeroportos, das usinas do Rio Madeira e da hidrelétrica de Belo Monte é mesmo "um cemitério de obras inacabadas"? Aliás, o que aconteceu com o apagão elétrico previsto no início de 2014? E a Copa do Mundo? Por onde andam os arautos do #naovaitercopa? Se tiverem bom senso, depois de o Brasil ter realizado a melhor de todas as Copas – fato que, infelizmente, ficou ausente da campanha eleitoral – não farão o mesmo discurso terrorista em 2016, ano dos Jogos Olímpicos.

O Brasil que emerge dessas eleições também tem uma possibilidade única de enfrentar a corrupção. Depois de tantos escândalos, todos eles associados ao financiamento privado de campanhas políticas, o País se vê diante da oportunidade histórica de aprovar a reforma política, tornando as disputas eleitorais menos dependentes do poder econômico. E a presidente Dilma, sem uma reeleição pela frente, e reconhecida como honesta por seus próprios adversários, é a pessoa ideal para levar esse desafio adiante. "Estou pronta a responder a essa convocação. Sei do poder que cada presidente tem de liderar as grandes causas populares. E eu o farei", disse ela ontem, em seu discurso da vitória. Um discurso preciso – e de arrepiar.

Por último, mas não menos importante, há que se dizer com todas as letras. Apesar de toda a histeria e toda a estridência dos nossos neoconservadores, o Brasil não é bolivariano. Aliás, o próprio PT é um partido que, há muitos anos, fez um escolha. Optou pelo caminho democrático – e não revolucionário. O Brasil é um país capitalista, que respeita a propriedade e os contratos, e que, neste caminho, promove a inclusão social. Aliás, a aposta na radicalização interessa apenas a pequenos grupelhos, que se alimentam do discurso do ódio. A estes, basta dizer que Miami é logo ali. À verdadeira elite brasileira, comprometida com o País, o que importa é seguir adiante, com mais igualdade e liberdade.

Como diria Eduardo Campos, não vamos desistir do Brasil. Até porque, depois de tantas mentiras e ataques, o Brasil ficou barato. É hora de comprar Brasil!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MISOGINIA

“Não confio em homem que desrespeita mulher”: nossa colunista explica sua opção política

Postado em 22 out 2014

As eleições para presidente têm sido assunto desde o início da campanha (e ainda mais após o início da corrida pelo segundo turno) – e que bom isso. Apesar das queixas de alguns – “nossa, que chato todo mundo falando de política o tempo inteiro!” – acho que a repetição incansável do assunto deve ser motivo de comemoração. Afinal, noutros tempos – e ainda hoje, noutros países – o assunto fora terminantemente proibido. Então, que bom que podemos discutir abertamente o assunto, das redes sociais às mesas de bar, em que pese a blindagem midiática que insiste em se impor.
imagePor isso mesmo – entre outros infindáveis motivos que poderiam, sozinhos, compor este artigo – eu insisto em escrever sobre, e viva a liberdade de expressão! Compreenda que – apesar de quem quer que seja poder livremente defender a que partido julgar merecedor – isto não se trata de defesa partidária ou politicagem barata: este texto tem o condão de alertar as pessoas acerca de um aspecto crucial do presidenciável Aécio Neves: o visível machismo e misoginia. Como aspirante a militante do feminismo, sinto-me na obrigação de comentar.
O candidato escancarou a sua inegável covardia e desrespeito às mulheres na última campanha.
Notória a sua incapacidade em demonstrar o menor respeito por uma mulher – que além de mulher mais velha que ele, é presidente deste país – em vários momentos dos vergonhosos debates presidenciais dos quais participou.
Todas as vezes em que se sentia acuado com alguma colocação da presidente – as quais, esclareça-se, não são objeto deste texto – reagia com cinismo repugnante e agressividade assustadora: desde o dedo na cara da Luciana Genro, aos insultos em alto e bom som contra a presidente. “Leviana e mentirosa, candidata!”
Discussões políticas à parte, eu, particularmente, não consigo confiar em um homem – nem mesmo enquanto homem apenas, quem dirá enquanto presidenciável – que levanta, desrespeitosa e desnecessariamente, a voz a uma mulher mais velha e, independente de divergências políticas, digna de respeito.
Desfrutando da minha inegável liberdade de expressão, afirmo: Aécio é a personificação da misoginia, do desrespeito à mulher e da promoção da desigualdade de gêneros. A personificação da ignorância acerca das necessidades do gênero – e, pior ainda, uma ignorância proveniente do desinteresse. Não consigo vislumbrar – e não consigo por que o histórico do candidato não me permite – uma só possibilidade de Aécio Neves colocar-se enquanto defensor das causas feministas.
Por isso minha alma feminista se debate todas as vezes em que vejo uma mulher afirmar-se militante PSDBista. Uma mulher que pode pagar o alto preço de ser esquecida e negligenciada pelas leis de seu país durante quatro anos.
Que o movimento feminista não esteja – como, acredito piamente, não está – ao lado de um homem que não consegue apresentar uma só proposta em favor da mulher e desrespeita a presidente do país e toda mulher que ouse contrariá-lo. E que o contrariemos, e provemos, com a força feminina que ele menospreza, que os tempos são outros. Não somos levianas. Sabemos o que queremos e sabemos, mais ainda, o que não queremos: um playboy machista no Palácio do Planalto.

Crédito: Diário do Centro do Mundo

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Colunista que ataca pobres e nordestinos é afastado de jornal

: Jornal O Diário de Mogi, do município de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, afastou o colunista social Anderson Magalhães depois de ter publicado coluna em que idealiza que Alagoas, Piauí e Maranhão fiquem de "fora do cenário eleitoral por falta de fórum privilegiado", que Salvador só viva de dendê e cocada e que os pernambucanos sobrevivam apenas com a renda do Bolsa Família; ele prega ainda, ao defender voto contra o PT no domingo, que tranquemos em casa nossas "secretárias do lar" e não deixemos que os porteiros deixem os prédios...

Confira a matéria completa AQUI

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Datafolha: Aécio perde apoio quando vira vidraça

Aécio Neves (PSDB) faz campanha em Minas Gerais. (Foto: Flavio Tavares/Estadão Conteúdo)Aécio Neves (PSDB) faz campanha em Minas Gerais. (Foto: Flavio Tavares/Estadão Conteúdo)

Pela primeira vez neste segundo turno, Dilma Rousseff aparece numericamente à frente do tucano Aécio Neves em uma pesquisa Datafolha. A candidata à reeleição soma agora 52% dos votos válidos, contra 48% do rival. Apesar da mudança de posição, eles ainda estão tecnicamente empatados pela margem de erro, de dois pontos percentuais.

Mais do que as intenções de voto, porém, o instituto aponta um quadro um pouco mais confortável para a petista nesta reta final: a aprovação do seu governo chegou a 42%, o melhor desempenho desde os protestos de junho de 2013, quando o índice despencou para 30%. A reprovação também caiu para 20%.

A leitura mais óbvia é a seguinte: funcionou o esforço para reforçar o caráter plebiscitário da disputa. A estratégia ficou clara sobretudo no debate de domingo, na TV Record, pautado na comparação de números entre os governos petista e tucano. Dilma usou o espaço para enfatizar os programas populares como o Prouni, o Pronatec e o Minha Casa Minha Vida. E colocou em dúvida o futuro dos bancos públicos, chamados por ela de motores do desenvolvimento, em caso de vitória tucana.

A aprovação ao governo é captada por uma série de manifestações em apoio à petista nesta reta final, após um silêncio quase constrangido de quem, até a data final, se negava a defender publicamente a candidata - entre os quais personalidades como Chico Buarque. Coincide ainda com o aumento da artilharia sobre o candidato tucano, hoje mais rejeitado que a rival (40% contra 39%).

Aécio passara batido nas críticas mais contundentes durante boa parte do primeiro turno em razão do favoritismo de Marina Silva, até então a inimiga declarada do Planalto. Com as críticas centradas nela, o senador mineiro ficava ileso – em um dos debates, foi praticamente ignorado pelas então favoritas.

No início do segundo turno, ele ameaçou abrir vantagem sobre a presidenta após o anúncio do apoio da família de Eduardo Campos e da ex-candidata do PSB. Mas jamais ampliou a distancia para além da margem de erro. Pelo contrário: o potencial de transferência de votos de Marina, até o momento, tem sido menor do que o esperado.

Agora, a cinco dias da eleição, o desempenho de Aécio como governador de Minas, entre 2003 e 2010, é escrutinado pela campanha rival. No debate realizado um dia antes da divulgação da pesquisa, Dilma acusou Aécio de não ter investido o percentual mínimo exigido pela Constituição em Saúde – a compra de vacina para cavalos foi computada como investimento na área, citou a petista – e disse que sua única obra era a construção de um centro administrativo que custou quase o triplo da projeção inicial. As críticas pegaram no contrapé o discurso apresentado pelo tucano até então: a de que, caso eleito, levaria um modelo de gestão eficiente ao plano federal.

Antes, no debate SBT/Radio Jovem Pan/UOL de quinta-feira, o candidato se viu obrigado a falar sobre a construção de um aeroporto com dinheiro público em um terreno desapropriado da família. E a se explicar sobre o fato de não ter feito o teste de bafômetro quando parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro.

A troca de acusações pessoais desgastou a imagem dos dois candidatos, que tiveram de rever a estratégia no duelo seguinte. O fato é que Dilma, mais conhecida e, portanto, com apoio mais cristalizado entre os que já votavam nela, colocou os deslizes do adversário na vitrine e deixou com ele o trabalho de se explicar. Ele optou por chama-la de mentirosa e de promover a mais baixa campanha desde a reabertura democrática.

Dilma recebeu críticas pesadas pelo tom apelativo do discurso, inclusive deste blogueiro, mas de certa forma saía da defensiva sobre o caso Petrobras. Isso em um momento em que o nome do ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, aparecia entre os supostos favorecidos no esquema de propina da estatal.

Era o prenúncio de que as cartas sobre corrupção se anulariam. E que a ampliação da vantagem desenhada pelo candidato tucano após o apoio de Marina começava a arrefecer. Em vez disso, a campanha promete seguir disputada palmo a palmo até domingo. Qualquer deslize, a partir de agora, pode ser definitivo. Esta eleição, está bem claro, será decidida pelo voto da rejeição.
Crédito da matéria: br.noticias.yahoo.com/
 

Estudantes da rede pública farão exame para aferir alfabetização

Estudantes matriculados no terceiro ano do ensino fundamental em escolas públicas vão responder a testes de leitura, escrita e matemática (foto: educacao.uol.com.br)Escolas públicas urbanas e rurais com o mínimo de dez estudantes matriculados no terceiro ano do ensino fundamental participarão este ano da Avaliação Nacional da Alfabetização (Ana). O teste será realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), em parceria com estados, municípios e o Distrito Federal, no período de 17 a 28 de novembro, na escola onde a criança estuda. Os alunos vão responder a testes de leitura, escrita e matemática.

Para assegurar a participação de todos, o Inep produzirá provas com letras e número ampliados (fonte 18) e superampliados (24) para crianças com baixa visão. O número de provas ampliadas dependerá dos dados fornecidos pelas unidades de ensino no Censo Escolar. Estudantes com deficiência, transtornos globais ou específicos do desenvolvimento, síndromes ou outras necessidades de atendimento especial terão assegurado tempo adicional para responder aos testes.

A Avaliação Nacional da Alfabetização atende a uma série de objetivos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Entre eles, melhorar os padrões de qualidade e equidade do ensino, subsidiar a elaboração de políticas de alfabetização e aferir o nível de alfabetização e letramento em língua portuguesa e matemática.

Conforme a Portaria do Inep nº 468, de 19 de setembro último, os diretores das escolas terão acesso aos resultados preliminares da Ana em maio de 2015, com uso de senha específica. Os resultados finais serão divulgados pelo instituto em agosto do próximo ano.

O Inep também fixou índice de participação de alunos nos testes para que cada escola obtenha resultados individuais. A taxa mínima de participação é de 80% dos alunos matriculados no terceiro ano do ensino fundamental.
Fonte: Portal MEC

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Foi assim que Aécio levantou R$ 166 milhões para 2012-2014?

Aécio Neves e Eduardo Campos estariam unidos desde a eleição de 2012

Cartório autenticou assinatura de Danilo de Castro



O Procurador Federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO-MG), um documento que mostra uma lista de políticos, partidos e empresas numa operação para, supostamente,  financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e vereadores.

Conversa Afiada tem a informação de que o promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à Procuradoria Geral da República, já que entre os suspeitos estão políticos com direito a foro privilegiado.

No documento, onde se lê “consórcio” é possível entender que dele façam parte operações à margem da legislação eleitoral.

O arquivo teria sido enviado ao candidato a Presidente Aécio Neves (PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro, à época Secretário de Estado de Governo de Minas e possível operador do esquema. Nessas eleições, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao Governo de Minas.

A movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos – principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de 2012. Entre eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu este ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e 500 mil a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos.

Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos citados, estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São Paulo, que teria recebido R$ 3 milhões e 600 mil, o prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), R$ 7 milhões, Arthur Virgilio (PSDB), prefeito de Manaus (AM), R$ 600 mil, Geraldo Julio (PSB), prefeito de Recife (PE) R$ 550 mil e o senador José Agripino Maia (DEM), R$ 2 milhões e 300 mil “por intermédio” do deputado Gustavo Correia (DEM-MG), de acordo com o documento.

Os recursos podem ter saído de mais de 150 empresas dos mais diversos setores, como alimentação, construção civil, bancos, associações e sindicatos. Algumas foram citadas recentemente pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Correa.

Chamam a atenção supostas doações de grupos como Conselho Federal de Medicina, que se envolveu na polêmica do programa Mais Médicos, que teria cedido R$ 40 mil, Federação Mineira dos Hospitais R$ 45 mil, Federação das Santas Casas de MG com R$ 100 mil, Associação Espírita o Consolador com R$ 160 mil, Associação dos cuidadores de idosos de MG, com R$ 200 mil, UGT (União Geral dos Trabalhadores) R$ 50 mil e Sindicato dos ferroviários R$ 55 mil. Além de bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú e Mercantil do Brasil.

Outras que aparecem são empresas ligadas a governos, como a CEMIG, companhia de energia de Minas, que teria doado R$ 6 milhões, a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) R$ 3 milhões e a Fundep (Fundação de desenvolvimento da Pesquisa) instituição que realiza a gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Alguns dos doadores já são denunciados por participar de esquemas polêmicos. Um deles é o dono da Stillus Alimentação Ldta, Alvimar Perrela, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do deputado Zezé Perrela. Segundo matéria de O Globo, “ele é acusado de liderar um esquema de fraudes que o fez vencedor em 32 licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas para presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de 2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu cerca R$ 80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas”.
A Construtora Cowan, uma das responsáveis pela construção do viaduto que caiu em Belo Horizonte, de acordo com os documentos, teria cedido ao esquema R$ 650 mil.

Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas.

O dinheiro arrecado teria irrigado, principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.
Abaixo, o documento na íntegra:




















Em tempo: membros da oposição na Assembleia Legislativa de Minas chegaram a convocar uma coletiva para divulgar esse documento. Mas cancelaram, sobretudo, porque ele menciona  nomes que fazem parte de um grupo que pode vir a apoiar o Governo de Fernando Pimentel.

Em tempo2: Na ilustração do alto, o amigo navegante pode observar que o documento com o timbre do 7o ofício de notas de Belo Horizonte, situado à Rua dos Goytacases, número 43, centro,  datado de 04/09/2012, teve a assinatura de Danilo de Castro reconhecida no dia 02/10/2012, pelo escrevente Gustavo Correia Eunapio Borges no 7o ofício de notas de Belo Horizonte.

Filiado ao PSDB-MG, foi Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais e Deputado Federal, eleito por três vezes consecutivas.


Em tempo3: O Conversa Afiada encaminhou este post ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Dias Toffoli, com a pergunta: se for verdade, que Democracia e que eleições são essas?


Paulo Henrique Amorim com Alisson Matos



Danilo é o pau para toda obra dos Neves

Professores e alunos da UFF declaram voto em Dilm

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Em reação às declarações do ex-presidente FHC de que os eleitores do PT são "ignorantes", acadêmicos - professores e alunos - do curso de Pós-Graduação em Ciência Política divulgam abaixo-assinado em apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

 Professores e estudantes do curso de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense divulgaram um manifesto no qual declaram voto à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Entre os motivos para o apoio, segundo os docentes e discentes da UFF, está o "comprometimento" da candidata com a "redução da desigualdade", a "priorização" da América do Sul, América Latina e Caribe, o que eles entendem ser o "reconhecimento de que um mundo multipolar favorece a inserção internacional do Brasil e dos demais países em desenvolvimento" e por fim a apresentação de um "projeto nacional consistente". A carta dos acadêmicos é um manifesto em relação às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que os eleitores do PT são "ignorantes".
Leia abaixo a íntegra do documento: 

Confira a carta em: Clique aqui!

Zé Filho saca dinheiro da Previdência e pode deixar servidores sem salários

Ao receber os primeiros relatórios da equipe de transição, o governador Eleito Wellington Dias ficou estarrecido com a atual situação das finanças do estado, fato amplamente divulgado pela imprensa piauiense e que Zé Filho negava de pé junto.

Para Wellington a situação é "dramática", principalmente em relação aos saques que foram realizados na Previdência dos servidores, além do atraso no pagamento de terceirizados.

Foto facebook
Wellington se diz preocupado e "confesso que os primeiros dados que chegam são piores do que a gente previa. A situação da Previdência, a informação é de que saques no valor que era próprio para formação da poupança de proteção do servidor, nos planos de saúde Plamta e Iapep Saúde da mesma forma, com  mudanças que colocam instabilidade. Nessa área de folha de pagamento de terceiros e empresas terceirizadas, os contratos temportários estão com atrasos e servidores já manifestaram, pedem socorro ao Tribunal de Contas do Estado. Na folha de pagamento da Agespisa a situação é dramática", afirmou Wellington.
Zé Filho está deixando o estado numa situação perigosa, já que o Piauí está inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. " O Estado está no Cauc, no Cadin, e isso é algo dramático. O próprio governador e o secretário de Fazenda já veio a público para dizer que tem problemas", completou.

Wellington diz que já solicitou do TCE apoio para que se possa evitar o atraso no pagamento do pessoal nesses últimos meses, o que seria um verdadeiro caos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Por que Dilma insistiu nas creches e no Pronatec


De Roberto Xavier, que usou o Bessinha na montagem

O amigo navegante deve ter percebido que no DilmaBATE – segundo a abalizada opinião do Noblat – ela preferiu tirar o Aecioporto das cordas para falar, diversas vezes, no Pronatec e nas creches.

Sobre o Pronatec ressaltou que o Governo FHC proibia a construção de escolas técnicas.

E sobre as creches ressaltou que o “mau e machista” ignorava tudo sobre a matéria.

Creches e Pronatec são temas que incidem diretamente sobre mães e jovens de Classe C.

As creches deixam a mulher trabalhar, e os Pronatec aceleram a profissionalização.

Sao benefícios estrategicamente úteis em São Paulo, onde, como se sabe, o ódio anti-petista, de que o publicitário Fernando Meirelles se tornou símbolo, pode envenenar jovens e mães, como envenenou o Governo Joao Goulart.

Mas, para vencer esse obstáculo, a presidenta nos próximos debates ainda pode tratar da questão do consumo de drogas, especialmente sensível a mulheres evangélicas, e da edificante decisão de “preferir não usar o bafômetro“.

Paulo Henrique Amorim

Ser professor no país que prefere prender a educar jovens:

professora_alunos_081012Há um certo medo carregado de inexplicável rancor de muitos adultos em relação aos jovens: eles são alienados, irresponsáveis, atrevidos, dispersos, inquietos, barulhentos, superficiais, desrespeitosos, entre tantos outros adjetivos. No entanto, um simples olhar mais detido sobre esses adjetivos e fica claro que não são características, mas sintomas de uma juventude cada vez mais desamparada pelos adultos. Pais que não educam, escolas que não formam, mercado que explora, governo que não integra, religião que ilude, violência que coopta e destrói. Como é duro ser jovem em um país no qual os velhos não aceitam a jornada dupla de cuidar da própria vida e da vida deles.
Há tantos professores que são grandes mestres na arte de ouvir e falar com jovens. Há tantos outros que não falam e há uma incômoda maioria que não ouve. O espaço público da escola raramente se torna espaço democrático de acolhimento do jovem como igual. O que se consegue é no grito ou no braço. Espaço que deveria ser de palavras em festa e que se torna ringue de fúria e mágoa. Os lares, tantos e tanto, tornaram-se aquários de seres com as bocas em movimento, mas sem diálogo, muito mais um ambiente de fuga  do que  de encontro. A rua, as esquinas, os postos de gasolina, os grupos, as tribos, as turmas, os bandos, as gangues,  o lugar comum de reconhecimento, de pertencimento negado pelo mundo de muitos adultos atarefados e entediados.
Não é fácil ser professor em uma sociedade que vê o jovem como oportunidade de negócio ou  desperdício de energia, como máquina de sucesso e resultado ou como ameaça e perigo para as pessoas “de bem”.  Negam ao jovem suas inquietudes e inseguranças, sua imaturidade e falta de referencias e atribuem a eles a responsabilidade por aquilo que não é desprezo e rejeição, mas falta. Simplesmente falta.
Sei que a réplica a esse discurso são os casos de jovens violentos , sádicos mesmo, em sua sanha de destruição e morte. Sei que a réplica a esse discurso são as estatísticas de roubo, estupro e morte envolvendo jovens e que algo precisa ser feito. Concordo com o “algo precisa ser feito”.  Precisamos de mais professores que ouçam e deixem falar. Precisamos de mais pais carinhosos e presentes. Precisamos de mais Estado atuante com acolhimento social, cultural, esportivo, educacional. Precisamos de mais religião compreensiva que punidora. Precisamos demais de tudo isso. Para não sermos mais um país que prefere prender a cuidar de seus jovens.

Campanha quer maior envolvimento da família com a educação dos filhos


Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

O movimento Todos Pela Educação iniciou, hoje (14), em São Paulo, uma campanha que pretende estimular a família a se aproximar mais da educação das crianças na rede pública e privada de ensino. A intenção é fazer com que os responsáveis pelos menores acompanhem de perto o dia a dia deles, se preocupando mais com a evolução educacional, com os sentimentos das crianças, sonhos, dificuldades e necessidades de complementar a aprendizagem com esporte e cultura.
Estudantes
A campanha utilizará os meios de comunicação para envolver a família, a escola e a comunidade na no processo educacional, com mensagens baseadas em cinco metas: valorizar os professores, a aprendizagem e o conhecimento; promover habilidades importantes para a vida e a para a escola; colocar a educação escolar no dia a dia; apoiar o projeto de vida e o protagonismo dos alunos; e ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e dos jovens.
A coordenadora do movimento, Alejandra Meraz Velasco, explicou que essas ações partiram de um levantamento feito com pais, alunos, educadores e outras pessoas ligadas ao meio acadêmico, nas cinco regiões brasileiras. Segundo ela, diferentemente das demais campanhas em que o foco era os alunos a partir de políticas públicas, nesta ação o que se busca é a educação de qualidade, mas por meio de atitudes de engajamento da família.
Entre os exemplos mostrados pela campanha está a trajetória de vida da líder comunitária, Maria Aparecida Alexandre Custódio, de 49 anos. Dona de casa, moradora do bairro de Guaianazes, na zona leste, ela conta que mesmo tendo pouco estudo, apenas o ensino fundamental, fez diferença na formação educacional de seus cinco filhos.
“Um dos meus filhos, hoje com 30 anos, formado em educação física e engenharia elétrica, vinha com questionamentos que eu não sabia responder. Então, ele ia dormir e eu ia estudar para ensiná-lo depois”, relatou a dona de casa, cuja experiência de vida lhe permitiu estar envolvida com um trabalho de resgate social de pessoas que vivem em áreas de vulnerabilidade nos estados do Espírito Santo e de Goias.

Globo admite que Aécio mentiu


A Globo deve estar arrependida de ter criado uma seção exclusiva para detectar mentiras dos candidatos.  Está sendo obrigada a denunciar uma porção de mentiras de Aécio Neves, seu candidato querido.
Leiam, abaixo, o post publicado há pouco no blog dos Amigos do Presidente Lula.
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Primeiro; Até a Folha de São Paulo que está em campanha aberta para eleger Aécio Neves, admite que o tucano vai acabar com o Mais Médico. Veja o que diz a nota:
MAIS MÉDICOS
É bem assim….
Dilma diz que a proposta de Aécio para o Mais Médicos vai inviabilizar o programa. De fato, Aécio fala em aperfeiçoar o programa ajudando os médicos cubanos (maioria entre os profissionais) a serem aprovados no Revalida –prova federal de validação do diploma médico– e igualando os salários dos cubanos aos demais médicos. Isso jogaria por terra a base do Mais Médicos, que é forçar a fixação do médico em determinadas cidades vinculando o registro concedido pelo Ministério da Saúde.
Do Globo
No debate realizado nesta terça-feira, 14 de outubro, pela Band, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse que:
“Todas as eleições que eu disputei em Minas Gerais, eu venci”.
MENTIRA
O candidato do PSDB perdeu a eleição para a prefeitura de Belo Horizonte (MG) em 1992, em disputa com o petista Patrus Ananias. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do candidato.
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No debate realizado nesta terça-feira, 14 de outubro, pela Band, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, falou sobre a construção de um aeroporto em terras de parentes de seu adversário, Aécio Neves (PSDB), no município de Cláudio (MG) e afirmou que:
“O MPF não aceitou a ação criminal, mas mandou investigar quanto à improbidade administrativa”
AÉCIO MENTIU…DILMA FALOU A VERDADE
A decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre o assunto foi de determinar que a Procuradoria de Minas Gerais investigue se houve crime de improbidade na construção do aeroporto.
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Aécio e ranking da educação
No debate realizado nesta terça-feira, 14 de outubro, pela Band, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, falou sobre educação e afirmou que:
“Em todos os rankings, o Brasil está na lanterna”
AÉCIO MENTIU
Segundo “Programa Internacional de Avaliação de Estudantes-PISA”, que é da OCDE e é um dos principais indicadores educacionais, o Brasil não está na lanterna em seus três ranking sobre desempenho em Matemática (58º), Leitura (55º) e Ciências (59º). O ranking possui 65 países.
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Dilma e homicídios em MG
No debate realizado nesta terça-feira, 14 de outubro, pela Band, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, criticou seu adversário, Aécio Neves (PSDB), e disse que houve:
“52% do aumento de homicídios em Minas Gerais, está no Mapa da Violência de 2014″
DILMA FALOU A VERDADE. AÉCIO MENTIU
Segundo o Mapa da Violência, Minas Gerais teve um aumento de 52,3% no número de homicídios na última década.
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Dilma e Mais Médicos
No debate realizado nesta terça-feira, 14 de outubro, pela Band, a presidente Dilma Rousseff, candidato à reeleição pelo PT, criticou seu adversário, Aécio Neves (PSDB), e disse:
“O senhor foi contra o Mais Médicos”
DILMA FALOU A VERDADE. AÉCIO MENTIU
Em julho de 2013, Aécio Neves deu entrevista (disponível no Youtube) e classificou o programa Mais Médico como “uma violência que tem que ser repudiada”.
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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Governo de Minas não divulga seus gastos com rádios de Aécio

O governo de Minas Gerais se recusou várias vezes nos últimos anos a divulgar informações sobre despesas que realizou para veicular publicidade oficial em três rádios e um jornal controlados pela família do presidenciável tucano Aécio Neves, que governou o Estado de 2003 a 2010.
Embora reconheça que as empresas da família receberam verbas de publicidade no período em que Aécio era governador, o que não é vedado pela legislação, o governo estadual, que continua sob controle de aliados do tucano, diz não ser possível saber quanto cada veículo recebeu.
Aécio e sua família controlam a rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João del Rei, além do semanário “Gazeta de São João del Rei”. Aécio é sócio da Arco Íris com a irmã mais velha, Andrea, e a mãe, Inês Maria Neves Faria.
ANDREA NEVES
Quando o irmão era governador, Andrea Neves coordenava um grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuições “estabelecer diretrizes para a política de comunicação” e “manifestar-se previamente sobre a relação de despesas com publicidade”, de acordo com o decreto que o regulamentou.
Em 2011, o PT pediu que o Ministério Público investigasse a publicidade nas empresas da família. O governo mineiro informou à Folha na época que a rádio Arco Íris recebera R$ 210.693 no ano anterior e disse que faria um levantamento detalhado sobre os gastos desde 2003, mas jamais ofereceu esses dados.
Em junho deste ano, a Folha voltou a questionar o Estado, com base na Lei de Acesso à Informação. Não houve resposta. O governo só respondeu após um segundo pedido de informações. “Não dispomos, de pronto, das informações tal como solicitadas, por tipo de mídia e por veículo de comunicação”, disse, por escrito. “O sistema não é organizado dessa forma”.
PADRÕES
O governo diz ter condições de saber quanto gasta com as agências que cuidam dos seus anúncios, mas não os valores repassados a cada veículo que os divulga. Mesmo assim, o governo afirma que não houve favorecimento às empresas da família de Aécio e que os repasses nunca destoaram dos padrões de mercado. Procurada, a assessoria da campanha do PSDB preferiu não se manifestar.

As respostas do governo mineiro contrastam com o padrão adotado pelos petistas no governo federal. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulga na internet todos os pagamentos de órgãos da administração direta a veículos de comunicação desde 2009.

Em 2012, após pedido apresentado pela Folha com base na Lei de Acesso, o governo do Estado de São Paulo forneceu informações detalhadas sobre pagamentos feitos desde 2007. O governo federal não divulga os gastos das empresas estatais, assim como os governos estaduais.

AUMENTO DE 300%
Os gastos de Minas Gerais com publicidade oficial aumentaram em 300% durante o governo Aécio. Entre 2003 e 2010, último ano do seu segundo mandato, houve um salto de R$ 24 milhões para quase R$ 96 milhões, em valores corrigidos pela inflação.

A investigação aberta pelo Ministério Público Federal a pedido do PT em 2011 não chegou a lugar nenhum.

O caso foi conduzido pelo então procurador-geral de Justiça, Alceu Marques, que encerrou a apuração afirmando não ter encontrado nenhuma irregularidade, mesmo sem ter analisado os valores. Atualmente, ele é o secretário de Meio Ambiente do governo mineiro.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vox Populi: Dilma tem 51% x 49% de Aécio


A presidente Dilma Rousseff tem 51% dos votos válidos contra 49% de Aécio Neves, segundo pesquisa do instituto Vox Populi divulgada esta noite no Jornal da Record. Como a margem de erro é de 2,2%, os candidatos estão em empate técnico, apesar da vantagem numérica da petista.
: É a primeira pesquisa do Vox Populi no segundo turno.
Em relação a pesquisas anteriores, de outros institutos, é a primeira vez que a candidata à reeleição aparece em vantagem numérica, depois de uma semana de campanha agressiva na propaganda eleitoral transmitida por rádio e TV.

Dilma tem vantagem esmagadora no Nordeste: 67% a 26% — no cruzamento referente a votos totais –, o que pode representar, ainda que parcialmente, reação dos nordestinos à desqualificação que sofreram nas redes sociais por parte de eleitores de Aécio Neves.

Por faixa de renda, a candidata petista tem 56% a 35% entre os que ganham até dois salários mínimos, enquanto Aécio tem 57% a 32% entre os que ganham mais de 5 salários mínimos. Ou seja, a pesquisa confirma que está se delineando uma campanha de mais ricos contra mais pobres, com os “remediados” definindo o resultado. Por enquanto, Aécio tem 47% a 41% entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos.

Corrigir provas e lançar notas gera horas extras

Remuneração de professor


O tempo destinado ao preparo de aulas e à correção dos trabalhos e provas está incluído no período remunerado de aulas ministradas pelo professor. O entendimento é da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, que mandou pagar a uma professora as horas dispendidas com correções de provas e com o lançamento das notas no site do Colégio Notre Dame, no município de Passo Fundo. O acórdão foi lavrado na sessão de julgamento do dia 31 de julho.
A sentença da 4ª Vara do Trabalho local deferiu o pagamento de duas horas extras por mês, por reconhecer como trabalho a participação da autora nas reuniões pedagógicas mensais, que tinham esta duração. O juiz do Trabalho Roberto Teixeira Siegmann indeferiu, no entanto, as horas decorrentes de participação em outros eventos — reuniões de pais e professores, eventos e festividades escolares, entrega de boletins e pareceres, atualização de notas no site da escola e demais atividades extraclasse.
Para o juiz, nas festividades não há direito a hora extra se houve compensação com folga no dia posterior. A simples convocação para as reuniões, por outro lado, não prova efetiva participação. E, por fim, a atividade de registro de notas tem sua remuneração incluída no número de aulas semanais, conforme disposto no artigo 320 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Em segundo grau, ao analisar o caso, a relatora do recurso, desembargadora Maria Madalena Telesca, não viu provas de efetiva participação em vários eventos, assim como constatou contradições no depoimento das testemunhas nesse quesito. Estas, entretanto, foram firmes em atestar que a autora fazia o lançamento de notas no site da escola a partir de sua residência.
‘‘Ao contrário do entendimento adotado pelo magistrado de origem, entendo que o artigo 320, da CLT, não limita a remuneração dos professores à prestação das aulas. Estabelece, tão-somente, que a remuneração deve ser fixada com base no número de aulas’’, destacou a relatora.
Para ela, o artigo 67 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996) reconhece o direito dos professores a um período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído em sua carga horária, citando jurisprudência assentada na turma.
‘‘Assim, por certo que a tarefa de corrigir provas e lançá-las no site da escola deve ser remunerada, até mesmo porque a facilidade oferecida pela instituição de ensino funciona como um atrativo para que os pais optem pela referida instituição na hora de escolher a escola de seus filhos, o que propicia maior vantagem econômica à reclamada’’, concluiu a relatora, determinando o pagamento de três horas mensais.

A economia mundial, a economia brasileira e a economia mineira: cadê o choque de gestão de Aécio?


A discussão econômica não está sendo exatamente profunda.
O que se procura é atribuir ao governo Dilma uma administração ruinosa.
Não que Dilma mereça o Nobel da Economia, mas há um reducionismo cínico, obtuso e partidário neste debate.
Comecemos pelo essencial: o “Pibinho”.
Uma economia cresce a taxas altas, quando as coisas vão bem, quanto mais baixa é a base de comparação.
Isso quer dizer o seguinte: para a China, cuja base (o tamanho da economia) era baixa até o choque econômico de Deng Xiao Ping, há 30 anos, foi possível crescer a taxas de 10% anuais.
aecio-neves-durante-entrevista-a-josias-de-souza-1361532083015_615x300Para os Estados Unidos, em oposição, não. Na década de 1980, nos oito anos de Ronald Reagan, tidos como dourados por economistas ortodoxos, a economia americana cresceu em média 3,85%.
Foi um excelente desempenho, objetivamente. Mas, comparado com a China, você poderia dizer – se quisesse, para marcar um ponto – que os Estados Unidos nos anos 1980 se movimentaram a taxas frustrantes.
Observemos os Estados Unidos hoje, diante da crise econômica internacional iniciada em 2008.
Analistas econômicos têm saudado a recuperação americana. Mas por “recuperação” entenda um crescimento do PIB de 1,60% em 2013, segundo o insuspeito banco de dados da CIA.
Mesmo essa tímida reação está agora sob risco, por conta da crise alemã e suas implicações globais.
A economia da Alemanha – tema de uma discussão entre Dilma e Míriam Leitão numa sabatina — teve uma queda de 0,2% no segundo trimestre deste ano.
No terceiro trimestre, informa hoje a Reuters, “uma série de dados fracos, incluindo uma queda nas exportações, indica estagnação”.
Em consequência, as autoridades econômicas alemãs estão prestes a anunciar uma redução nas projeções de crescimento. Grandes institutos de pesquisa baixaram suas previsões para 1,3% em 2014 e 1,2% em 2015.
Isso na poderosa Alemanha da ortodoxa Angela Merkel.
É didático estudar a lista de crescimento de PIBs mundiais em 2013, país por país.
O Brasil, por exemplo, cresceu 2,30%, índice que colocou o país na 37.a posição entre 221 economias analisadas.
A Alemanha, com 0,50%, o motor da Europa, ficou na 185.a colocação. A França, com 0,30%, na 191.a. Os Estados Unidos, na 157.a. O Reino Unido, na 152.a
O número 1 da lista: Sudão do Sul, com um crescimento em 2013 de 24,7%. O primeiro, entre os vizinhos brasileiros, foi o Paraguai, quarto no geral, com 12%.
Isso tudo apenas para dar perspectiva ao debate. Economias pequenas, em bons tempos, podem dar passos enormes – até, caso haja constância, se tornarem grandes. Aí o milagre da multiplicação desaparece.
Quem conhece o mundo corporativo sabe disso muito bem. Uma pequena empresa pode avançar a taxas incríveis. Depois, grande, o avanço, em porcentagem, se torna bem menor.
A mesma lógica econômicas dos países pode ser observada, internamente, estado a estado.
Cada estado cresce, ou decresce, de um jeito. O crescimento de um país não é igual em suas diferentes partes.
Para São Paulo, que responde por um terço da economia brasileira, saltos no PIB são muito mais complicados do que para outros estados.
Em 1990, São Paulo respondia por 37,5% do PIB brasileiro. Agora, esta contribuição baixou para 31,4%.
São Paulo cresceu menos que outros estados, portanto. Gestões ruins de governadores? É uma possibilidade – ainda que não possa ser esquecido que, pela dimensão de sua economia, São Paulo não tinha como avançar como pequenos estados com base modesta.
No exame regional, é interessante observar Minas Gerais, sob Aécio.
Dados do IBGE mostram, estado por estado, o desempenho econômico acumulado de 2002 a 2010.
Minas cresceu, no período, 34,7%. Entre as 27 unidades da federação, ficou em 22.o lugar.
Minas: 22.o lugar
Minas: 22.o lugar

As primeiras colocações, como é previsível, ficaram com estados menores. O campeão em crescimento foi Tocantins (74,2%), seguido de Rondônia (63,9%).
Mais uma vez: é preciso levar em conta o tamanho das economias. São Paulo foi o 20.o da lista e o Rio o penúltimo, à frente apenas do Rio Grande do Sul.
É necessário considerar também que os números de 2002 a 2010 representam uma desconcentração de renda nacional, o que é bom.
Mas com tudo isso: se Aécio for julgado economicamente pela mesma ótica simplista pela qual ele julga a administração econômica de sua concorrente, levará uma retumbante reprovação.

Fonte e crédito da matéria: Diário do Centro do Mundo