segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Centro Espírita anuncia a 11ª Jornada de Campo Maior

O Centro Espírita Caridade e Fé realizará nos dias 13, 14 e 15 de agosto, a 11ª Jornada Espírita de Campo Maior. O tema dessa edição será em homenagem aos 150 anos do livro: “O céu e o Inferno” de Allan Kardec.
A programação das palestras será a seguinte: Dia 13 (quinta-feira) Reencarnação: Lei Natural, Palestrante: Luís Henrique Canuto;
Dia 14 (sexta-feira) Responsabilidade Moral nos Atos da Vida, Expositor: Neto Pimentel;
Dia 15 (sábado) A Justiça Divina, Expositora: Kátia Marabuco.
Para os organizadores do evento, os temas despertam no público a necessidade de reflexões sobre a imortalidade da Alma, Penas Eternas, assim como outros que vêm sendo debatidos nas casas espíritas.
As palestras serão realizadas no Centro Espírita, a partir das 19 horas, aberto ao público em geral, estudiosos e simpatizantes do movimento espírita.    
Com 58 anos dedicados a todos que desejam conhecer a Doutrina Espírita Caridade e Fé atua com vasta programação semanal, por meio de palestras, orientações, passes e trabalho social, direcionado às crianças, jovens e idosos. Desde agosto de 2014, iniciou um trabalho com crianças, através da creche Maria de Nazaré, em parceria com a Prefeitura de Campo Maior.  

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Enem 2014 por Escola: quase metade das escolas 'reprova' em redação

Segundo os dados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014 por Escola, 7.435 instituições tiveram média abaixo de 500 na redação, nota mínima requerida pelo MEC (Ministério da Educação) para que um aluno tenha o certificado de conclusão do ensino médio.
Ou seja, quase metade das escolas avaliadas (47,53%) não conseguiu média 500, numa escala que vai até 1.000. No total, 15.640 escolas de um grupo de 29.635 tiveram suas notas divulgadas.
A situação piorou em relação ao ano passado, quando uma a cada três escolas (33,87%) eram "reprovadas". O colégio São Bento, no Rio de Janeiro, é a instituição com a melhor média em redação (886,56). A menor média pertence à escola estadual Dr. Augusto Monteiro (186,67), em Rio Branco, no Acre.
O índice foi publicado na manhã desta quarta-feira (5) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia responsável pelo Enem e pelo Enem por Escola, além de outros índices e estatísticas de educação.
Este ano, a novidade é o indicador de permanência na escola, que mostra se o estudante cursou total ou parcialmente o ensino médio no mesmo estabelecimento de ensino. "Essa informação é importante para que a sociedade conheça quais são as escolas que realmente ajudam seus alunos a melhorarem, que oferecem educação de qualidade durante todo o ensino médio, e quais são aquelas que, simplesmente, selecionam alguns para cursarem apenas o 3º ano", destacou o presidente do Inep, Chico Soares.
Outra novidade é que as taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono), levantadas pelo Censo Escolar da Educação Básica e já disponibilizadas no portal do Inep, foram incluídas no sistema de divulgação. Há, ainda, os dois indicadores lançados na edição anterior: o nível socioeconômico (INSE) e a formação docente.

domingo, 2 de agosto de 2015

Eu acredito que as mudanças na educação acontecerão no Governo Dilma

LULA VAI USAR EDUCAÇÃO PARA RODAR O PAÍS NOVAMENTE

: 14/04/2015- Guarulhos- SP, Brasil- O ex presidente Lula cumprimenta o ator americano Danny Glover, durante o Congresso da CNM/CUT – Confederação nacional dos metalúrgicos da CUT contra a PL 4330. Foto: Ricardo Stuckert/ Fotos Públicas
Nas últimas semanas, o ex-presidente se reuniu com ministros, secretários municipais de educação e especialistas no tema para discutir o plano para a área encomendado pela presidente Dilma Rousseff ao secretário-chefe de Assuntos Estratégicos da Presidência, Mangabeira Unger; segundo a colunista Vera Magalhães, Lula acredita que o resgate do slogan "pátria educadora" é uma forma de a presidente voltar a dialogar com a sociedade

sábado, 1 de agosto de 2015

RETALHOS DESBOTADOS, DAS RUAS. (Por Jacob Fortes. 17.07.2015).


Quem, por demoradas imersões, se der ao trabalho de mergulhar nas profundezas da mendicidade e examiná-la com toda minudência, concluirá que o ofício esmoleiro é protagonizado por duas confrarias: uma é real, outra inverídica ou, a bem dizer, uma verdadeira outra falsa. Dificílimo distinguir uma da outra, pois, numa indistinção, apresentam a mesma cara, o mesmo indumento, enfim todos os traços caracterizadores da face dolorosa e pungente da miséria humana, que confeita as ruas. O propósito de ambas é o mesmo: mendigar. A verdadeira, em decorrência das fatalidades ou destino insidioso, pede por justa precisão, pela imprestabilidade laboral: invalidez, cegueira, aleijão, hemiplegia, decrepitude arrimada em cajado, enfim, os que sucumbiram. A falsa, porém, pede por comodidade, por desfastio, por malandrice, por aversão ao trabalho, por desvergonha abominável; que não choca mais a ninguém. Os personagens da falsa mendicidade, — hábeis na extorsão pelo rogo, em nome de Deus — buscam na representação, na fantasia, no simulacro, os recursos para delinear um cenário de enfermidades, dores e aniquilamento, impossível de ser recusado por qualquer pessoa: crédula, incrédula, cauta, incauta. Se do sexo feminino, de pronto se dizem viúvas, desamparadas. Costumam, envoltas em chalés pretos, pedinchar durante a noite ocasião em que puxam, eventualmente, um ou dois petizes, tão sonolentos quanto andrajosos, mais das vezes alugados da vizinha; acumpliciada. Nesse cenário de engambelar e iludir, maior serventia terão os petizes de caras borradas ou confeitadas de bexigas. Pedinchar à noite atesta maior lugubridade; passa a todos, até aos sovinas, dolorosa impressão de confrangimento. Há dentre as farsantes as que têm vocação lamurienta, as chamadas carpideiras que, por terem facilidade de verter, eventualmente são até contratadas para prantear mortos durante os funerais; haja lenço, o pranto é verdadeiro.
Pedinchando na via púbica, nas calçadas, na sacristia, no vão das portas, a malandrice, dotada de grande vocação dramática, vai-se aprovisionando à custa das pessoas de boa-fé.  Mas os pedintes embusteiros sabem que a esmola é óbolo incerto, depende da generosidade e estado psicológicos das pessoas, das circunstâncias. Daí a necessidade do emprego de recursos de grande poder de convencimento e comoção dentre os quais os patéticos “atestados”, (apócrifos evidentemente), que dizem o tamanho e a natureza da desgraça que lhes vão por casa: o acometimento de graves enfermidades; a prole faminta e numerosa; o cadáver à espera de caixão, invencionices correlativas e acessórias conforme a ocasião e o espectador. Há casos, insólitos, em que até se rojam para esmolar, é recurso extremado para fazer emergir a caridade hesitante. Mas nisto fiquem atentos os avarentos, que tanto prezam o dinheiro, pois óbolos reles podem desgostar os malandros, circunstância que, via de regra, enseja praguejamento em chuva.
Se, no bairro em que exploram a caridade pública aparece algum neófito os decanos vitalícios martirizam-no como nas escolas aos estudantes calouros. Pontos de pedinchar de alta cotação, os mais rentáveis, são, por vezes, vendidos como se fossem cadeiras de engraxate.
Se a mendicidade verdadeira é instada a pedir, e o faz incomodamente, a malandrice esmola foliando, com enorme alacridade de espírito. Ela vê na mendicância não somente um meio de vida, mas uma pândega, uma faina das menos fatigantes, sem responsabilidade.

E enquanto não se pode distinguir o inverídico do real segue, à sombra da miséria verdadeira, o cortejo das práticas enganosas. A confraria sanguessuguense vai, à folia, amealhando provisões junto à toleima incauta dos que dão esmola. Enquanto existir mosaicos de povos e de consciências há de haver condutas picarescas: não há meios capazes (ainda mais quando se tem a descura do poder público) de dissuadir essa confraria da viciosa profissão: nem oferta de um bom trabalho, nem umas cócegas no dorso com corda de sedenho, nem um longo tour por essas enxovias bolorentas, mesmo porque muitos desses hipócritas são velhos frequentadores dos calabouços.