A Câmara Municipal de Campo Maior realizou na manhã desta segunda-feira (30.08), Audiência Pública Ações de Violência Contra a Mulher, como forma de colocar no cenário local o Poder Legislativo. A audiência é uma proposição da Vereadora Michele Maroca, que abriu a Sessão, falando da "importância da mobilização de toda a sociedade, e, principalmente, do Poder Público, tendo o Poder Legislativo a obrigação de se colocar ao lado das mulheres que sofrem da violência".
Várias representações participaram do evento: Coordenação de Políticas Públicas do Estado do Piauí, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Polícia Militar, Casa Abrigo Mulher, OAB, Hospital Regional de Campo Maior, Polícia Civil, Coordenadoria da Mulher da Prefeitura de Campo Maior, Secretaria de Habitação, além de vários segmentos representativos da sociedade que tratam do tema.
Para a vereadora Michele Maroca a questão da violência contra a mulher a cada dia se agrava a cada dia no Brasil nesse período de pandemia, e "Campo Maior não se exclui desse contexto nacional e que é necessário dar visibilidade ao tema". A vereadora apresentou dados da violência contra a mulher e que "apesar de se ter a falsa ideia que tem diminuído os casos notificados, percebe-se que há uma subnotificação desses casos, vez o receio de muitas mulheres quanto à sua subsistência".
O Presidente da Câmara, Vereador Sena Rosa (PP), afirmou que várias ações são tomadas pelo Poder Legislativo Municipal no tocante ao combate à violência contra a mulher. "Dentro de poucos dias iremos implantar a Procuradoria da Mulher, Resolução aprovada recentemente e que representará um marco significativo na defesa da mulher".
Zenaide Lustosa, Coordenadora Estadual de Políticas para as Mulheres afirmou que o grande desafio é que todos os municípios piauienses estejam engajados na criação de Coordenadorias Municipais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes. "dos mais de 200 municípios piauienses, apenas vinte têm coordenadorias de políticas pública para as mulheres o que implica dizer que em muitos lugares ainda prevalecem pouco enfrentamento contra as mulheres.
Zenaide afirmou, ainda, que os casos de violência contra mulheres no Piauí aumentaram em mais de cinquenta por cento. "Mais de oitenta por cento das vítimas de feminicídio não apresentaram em nenhum momento qualquer ajuda, embora existam vários canais que a mulher pode procurar.".
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