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Dia 13 de maio é dia de preto-velho na umbanda. Dia de comemorar com festa estas entidades que representam velhos negros e negras, espíritos de antepassados. Velhos escravos que voltam à terra para ajudar as pessoas, e são muito queridos pelos fiéis.
Não é à toa que o dia dessas entidades encurvadas, carregando às vezes um cajado e falando um português antigo é também a data da libertação dos escravos. Nesse dia cultuam-se os espíritos dos antepassados, dos velhos escravos que, retirados a força de suas aldeias na África e embarcados em navios negreiros, aqui inventaram uma rica cultura que viceja até os nossos dias.
O culto aos pretos-velhos nos terreiros de umbanda representa uma inversão do que se vive no dia-a-dia da vida na nossa sociedade. No ritual eles são reverenciados. Os consulentes têm de se ajoelhar diante deles para lhes beijar a mão e receber seus conselhos porque os pretos e pretas-velhas são encurvados e sua fala estranha, mansa e baixa tem de ser ouvida de perto.
Chamados de "Velho, Vovô ou Vovó", os termos designam pessoas sábias, vividas e bondosas. Assim, a mensagem que eles passam aos seus protegidos é sobre generosidade e, sobretudo, humildade.
Esses espíritos de luz afirmam que as pessoas são escravas de seu próprio egoísmo, portanto, quem lhe pede uma graça, recebe resignação e caridade, as quais devem ser aceitas de coração aberto.
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