sábado, 22 de fevereiro de 2025

Greve Professora Marcilene Lima se destaca na mobilização da Greve da Educação

                                https://www.instagram.com/p/DGXkvRjOAgM/

A presidente do Núcleo Regional do Sinte-PI em Campo Maior, Professora Marcilene Lima, tem desempenhado um papel fundamental na mobilização da Greve da Educação, iniciada em 19 de fevereiro. Com uma atuação ativa, ela utiliza vídeos informativos para destacar a situação dos professores e as reivindicações da categoria. Os conteúdos abordam questões como a valorização profissional, o cumprimento do piso salarial e as condições de trabalho nas escolas.

A mobilização tem ganhado força nas redes sociais, ampliando o alcance das demandas do movimento. Segundo Marcilene, o uso das mídias digitais tem sido essencial para sensibilizar a sociedade e pressionar as autoridades. O Sinte-PI segue firme na luta por melhorias na educação, buscando o diálogo com o governo e reforçando a importância da participação dos docentes na greve.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

É greve!!!! Trablahadores e trabalhadoras em educação não suportam mais o arrocho do Governo Rafael


    Reunidos em Assembleia Geral, centenas de trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual de educação, por unanimidade, aprovaram a proposta apresentada pela presidente do SINTE-PI, Paulina Almeida, de entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão soberana da categoria é consequente ao sucateamento da educação pública no estado e a desvalorização profissional da categoria pelo governo Rafael Fonteles.
    Foi aprovada a agenda de luta, com Manifestação na SEDUC e mobilização intensa nas escolas de todo o Piauí.
    Em relação a Assembleia e a deliberação da categoria, a presidente do SINTE-PI afirmou que " a aprovação da greve geral por tempo indeterminado é a resposta da categoria a este governo que, como todo grupo neoliberal se julga acima da classe trabalhadora. A aprovação da greve é um momento histórico que exige coragem e luta dos trabalhadores para reagir e enfrentar a máquina do governo que a todo custo tentará desqualificar o movimento grevista, mentindo para a mídia e para a sociedade piauiense. Só a união da categoria será capaz de desmontar a estratégia de um governo que impõe seus desmandos sem o mínimo pudor.
    Em Campo Maior a realização de mobilização para conscientizar a categoria que é necessário a participação de todos já começou. Hoje pela manhã a equipe de mobilização junto com a Presidente do Núcleo Regional visitou ao CETI Cândido Borges Castelo Branco. Servidores efetivos deram sinal verdade para o início da greve na próxima segunda-feira (24 de fevereiro).

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Rafael e Washington massacram trabalhadores em educação e são denunciados nacionalmente pelo SINTE_PI

Paulina Almeida 
Presidente Estadual do SINTE


O Sinte-PI  participou nos dias 11 e 12 deste mês, na cidade de Bento Gonçalves-RG
do 11º Encontro Nacional de Aposentados, organizado pela CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, com participação de todos os estados brasileiros. Na oportunidade do encontro, foi denunciado em nível nacional o massacre que servidores da Educação estão sendo submetidos.

Professores e funcionários de todo o Brasil tiveram a oportunidade de saber qual a verdadeira situação em que se encontram os servidores da Educação do Piauí, de como o Governador Rafael Fonteles e o Secretário Estadual de Educação Washington Bandeira vêm tratando os servidores. Assim, todos puderam saber como está sendo travada a luta no Estado do Piauí.

O Sinte-PI tem se mobilizado para sensibilizar as lideranças políticas do estado, ressaltando a realidade vivida pelos profissionais da educação nos últimos anos, especialmente na gestão do atual Governo, que tem espalhado uma verdadeira onda de terror junto aos servidores da Pasta.




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Conto: Maria Preta

                                          Maria-Preta


                                      

    Jorge Câmara Lemos

Membro ALTEC

(Academia de Letras do Território dos Carnaubais)


As pequenas cidades têm características impressionantes. Muitas pessoas fazem parte do nosso cotidiano sem que sequer as conheçamos, apesar de estarem em nossas vidas. Estão ali, presentes, sem que sua presença seja importante — até que algo surpreendente venha a chamar nossa atenção. Não, não é redundância: presentes sem estar presentes…

Assim aconteceu com Maria. Maria Preta, como todos a conheciam na cidade.

Todos os dias, as pessoas viam Maria passar, para lá e para cá, pedindo um pouco de farinha, uma mão de arroz, uma ossada ou, quem sabe, até um dinheirinho vindo das almas mais caridosas.

E assim o tempo foi passando, e as pessoas continuavam chamando-a de Maria, como é de costume chamar aqueles cujo nome verdadeiro desconhecemos. Dado sua cor, precisava de um sobrenome. Maria Preta, pronto! Sua cor deu-lhe nome de família. Alguns até o diziam com chacota. Se fosse hoje, chamariam de bullying.

Não se sabia se era Maria de João Vieira ou Maria de qualquer outro sobrenome, pois nunca ninguém se importou em perguntar isso a ela. E Maria, sempre que chamada, passava a vida olhando com olhos de sofrimento e dor, carregando a amargura de ser uma alma sem rumo.

Era um verdadeiro mistério aquela mulher que estendia as mãos no comércio e olhava as pessoas com tanta dor que ninguém tinha coragem de encará-la nos olhos. Aquela negra, sofrida, quem sabe até oriunda de alguma senzala, mal falava. Ao receber alguma esmola, olhava desconfiada e só dizia: amém!

Início do século XX. Quem sabe se Maria não era realmente de alguma senzala? Ninguém sabia. Ninguém conhecia sua origem. Nunca se ouvira falar de seus parentes.

Sequer sabiam onde Maria morava.

Toda cidade que se preze tem na sua entrada um rio cortado por uma ponte. As pessoas raramente a viam descendo a ribanceira, no penedio, entre o rio e a ponte. Ninguém a via pegando a beira do rio.

Em uma manhã quente e ensolarada, de águas ainda abundantes do rigoroso inverno, algumas mulheres lavavam roupa — ou batiam roupa, como se costuma dizer no interior. No meio da algazarra das lavadeiras, de repente, uma delas soltou aquele grito que vem da alma, feito de medo e espanto: dois pés boiavam nas águas do rio Surubim.

Chamaram o destacamento da cidade. Um sargento, um cabo e dois soldados chegaram com toda a autoridade e foram ver o que estava acontecendo.

Sem querer molhar a farda, o sargento, homem alto e cheio de autoridade, pediu a um dos pescadores que jogasse uma tarrafa sobre aquele corpo que boiava. E qual não foi o espanto quando perceberam que era Maria. Maria Preta, a mesma Maria que todos viam na feira todos os dias, esmolando, tentando sobreviver.

Mas, de repente, surgiu mais um corpo. E outro. Três corpos nas águas do rio Surubim. O espanto foi geral. Alguém percebeu que os dois homens cujos corpos apareceram eram muito parecidos com Maria Preta.

Um dos curiosos acreditou que Maria morava por ali perto. Afinal, a pedra onde as mulheres batiam roupa ficava muito próxima do lugar onde Maria sempre descia ao rio.

Os curiosos logo se exaltaram, e foi aquela algazarra. Homens, mulheres, crianças, o próprio destacamento da polícia — todos se reuniram em uma verdadeira multidão exaltada na tentativa de encontrar a casa de Maria Preta.

O fim do mistério estava ali. A poucos metros do local onde as lavadeiras ganhavam seu sustento, apareceu o barraco daquela mulher que ninguém sabia de onde era. Uma panela no fogo, três redes amarradas, um quarto que talvez tivesse dois metros por dois metros. Uma casinha de palha, solitária, escondida.

E até hoje ninguém sabe de onde veio Maria Preta. Até hoje ninguém sabe de onde eram Maria Preta, seus filhos e o pai de seus filhos.


Nota de Esclarecimento



Peço desculpas às pessoas que acessaram o Blog do Professor Jorge Câmara e não encontraram novas postagens nos últimos dias. Passei por momentos delicados de saúde e, durante esse período, não me senti estimulado a produzir novos conteúdos, o que gerou reclamações de muitos leitores habituais.
    Esclareço, ainda, que o Pix Solidário não foi uma farsa. Na madrugada em que passei mal, fui atendido pelo SAMU e levado ao Hospital Regional de Campo Maior, apresentando crise de falta de ar, dores intensas e pressão alta. Após o atendimento inicial, os sintomas foram amenizados, mas retornaram de forma ainda mais severa na mesma madrugada. Diante da gravidade do quadro, fui transferido para Teresina e atendido na rede privada, onde recebi um diagnóstico importante.
    Ao término do atendimento, fui informado de que meu plano de saúde não cobriria os custos hospitalares. Sem condições financeiras no momento, precisei assinar uma promissória para o pagamento posterior, que ainda não foi quitado integralmente. Por esse motivo, mantenho ativa a vaquinha virtual e o Pix Solidário até que toda a despesa hospitalar seja coberta.
    Agradeço a compreensão e o apoio de todos que já colaboraram.