sábado, 21 de janeiro de 2023

Hoje é dia de se combater a Intolerância Religiosa


Babalorixá Antonio Pinto foi o precursor do combate a into-
lerância religiosa contra Religiões de Matriz Africana em Campo Maior


Dia 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa e o Dia Mundial das Religiões. A data, que relembra o dia em que Mãe Gilda foi vítima de intolerância religiosa, sancionada em 2007 pelo Presidente Lula, tem o objetivo de promover respeito, tolerância e diálogo entre as diversas religiões.

A data foi escolhida em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda, que foi vítima de intolerância religiosa no final de 1999 e em referência ao Dia Mundial da Religião. O objetivo da data é promover respeito, tolerância e diálogo entre as diversas religiões. O projeto que deu origem à essa lei foi de autoria do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). O terreiro Abassá de Ogum foi alvo de intolerância com duas invasões, por parte de membros de uma igreja, no ano de 2000, resultando na morte da ialorixá Mãe Gilda por infarto fulminante.

No Brasil, o direito à liberdade de religião ou crença é garantido pela Constituição, que assegura o livre exercício de cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias. Há, também, benefícios fiscais para igrejas e templos.

A intolerância religiosa gera preconceito e malefícios para a sociedade. Ela é caracterizada quando alguém não reconhece ou não respeita a religião ou crença do outro. Uma prática que deve ser combatida porque traz à tona falta de liberdade, respeito e diversidade. 

A intolerância religiosa, mais detalhadamente, é discriminar, ofender, caluniar e rechaçar religiões, liturgias e cultos. Quem é intolerante não aceita a diversidade de crenças, e, muitas vezes, a questão também pode estar relacionada ao racismo, já que as religiões de matrizes africanas são as que mais sofrem preconceito na sociedade atual, como o candomblé e a umbanda.

Em Campo Maior, grupos como a Associação Umbandista Campo-maiorense e o Coletivo da Associação Nacional de Povos de Matriz Africana têm desenvolvido ações de esclarecimentos através de rodas de conversa, eventos festivos públicos e nos meios de comunicação como forma de conscientizar, principalmente, os adeptos do Candomblé, Umbanda, Jurema, Catimbó dos direitos e garantias individuais de expressar a fé publicamente sem medo de ser vítima de alguma forma de intolerância.

Um dos precursores de combate a intolerância religiosa em Campo Maior foi o Babalorixá Antonio Rodrigues de Sousa (Antonio Pinto) que iniciou um árduo trabalho para o reconhecimento público da Umbanda. Ele foi o responsável pela articulação de duas Leis municipais que incluíram no Calendário de Eventos Culturais oficiais do Dia de Ogum e o Dia de Yemanjá.


Um comentário:

Anônimo disse...

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