Acompanhamos com atenção a luta dos policias militares quanto às melhorias das condições de trabalho e de salários. Luta árdua de anos a fio, sem que o governo tenha se sensibilizado para a gravidade do problema, foi preciso que a PM se aquartelasse para o governo Wilson Martins acordasse para o problema.
A demonstração de coesão e força da PM foi o ponto marcante do movimento. Embora detido (ou presos – não sei o termo técnico correto) praças e suboficias se levantaram contra o que podemos chamar de tratamento desumano.
Pena que essa união e o compromisso com a luta da categoria não sejam a tônica de todos os sindicatos e seus representantes. Os trabalhadores em educação que o digam. Anos a fio de luta por melhores condições salarias e, simplesmente, numa brincadeira de compadres, saímos quase sempre de ‘mãos abanando’.
A posição dúbia de alguns segmentos de nosso sindicato é de fazer vergonha. Se de um lado os policias souberam se impor e aí tiveram em sua pauta de reivindicações avanços significativos, o mesmo não ocorre com os trabalhadores em educação.
Diante de tão patente observação de falta de zelo, é hora da categoria se levantar e quebrar essa hegemonia do grupo que domina o SINTE há várias décadas. Necessário se faz por um ponto final nessa apatia que demonstra que por baixo do tapete tem muita sujeira.
Jorge CâmaraSindicalista e professor da Rede Estadual de Ensino
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