A brincadeira é muito mais que uma forma de passar o tempo. De acordo com a integrante do Comitê de Especialistas em Desenvolvimento na primeira infância do Ministério da Saúde, Carolina Drügg, a brincadeira é a principal forma de expressão da criança e o principal meio de ela observar e interagir com o mundo. "É na brincadeira que ela vai vivenciar muitas questões relacionadas ao bem-estar. Então, vai vivenciar liberdade, criatividade, desenvolvimento do corpo, a imaginação, a tolerar as diferenças. Não tem limite a brincadeira, a criança precisa sempre com essa oportunidade de estar imaginando, de estar fantasiando, de estar inventando o mundo, de estar reinterpretando o mundo através da brincadeira. Não tem limite pra brincar, brincar é a atividade mais saudável que vai trabalhar desde a saúde mental dessa criança, seu bem-estar mental até seu bem-estar físico porque explora o corpo dela, ela pula, ela corre, ela rola."
O filho da nutricionista, Christiane Lopes, que vai completar três anos de idade tem uma excelente coordenação psicomotora. Christiane conta que o incentivo às brincadeiras do filho contribuiu para isso:"Sempre foi uma criança que não teve limites com relação a brincadeiras. A gente sempre brincou junto com ele, a gente tira aquele tempo pra desenvolver tarefas com ele, seja de pintar, seja de montar, seja de ir ao parquinho, seja de correr. A gente vem percebendo ao longo desse tempo que ele se desenvolveu muito rápido, pouco se machuca quando cai, cognitivamente, ele também pensa muito rápido, ele gosta de brincar de montar, de quebra-cabeça, essas coisas assim. Então, a gente percebeu que, a gente deixando, ele foi além do que a gente queria."
A especialista em desenvolvimento na primeira infância, Carolina Drügg, explica que as brincadeiras devem estar acordo não só com a faixa etária da criança, mas com a condição motora e intelectual e com o espaço comunitário e familiar onde ela vive. Carolina Drügg cita algumas dessas brincadeiras:"Quando é bebê eler brinca com o corpo da mãe, com o corpo daquele cuidador, do pai, da avó, brincando com as mãozinhas, batendo palmas, brincando com os sons que ela emite com a voz; depois maiorzinha ele vai poder explorar os brinquedos, explorar coisas que ele possa levar a boca, que ele possa aprender como é que esses brinquedos funcionam. Lá pelos quatro, cinco anos de idade, a criança entra no mundo da fantasia e aí entra o faz de conta, as histórias infantis. Uma criança que é , por exemplo, é uma cadeirante, o limite é o cuidado para que ela não se machuque, acho que isso é uma coisa presente para qualquer criança."
A especialista em desenvolvimento na primeira infância, Carolina Drügg, destaca que a mais importante de todas as brincadeiras é a interação da criança com as pessoas que convivem com ela.
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