Professor Jorge Câmara |
Sou um devorador de noticiosos. O controle remoto da velha TV,
frenético em minhas mãos, já não mais atende às minhas necessidades de saber as
notícias do mundo. Nem o rádio “made in
China” traz sossego à minha mente.
Nos 23 anos de efetivo exercício do magistério, sempre com
foco na produção de textos, aprendi a perscrutar o que se esconde nas
entrelinhas - no subliminar -, dos textos produzidos por pessoas das mais
variadas faixas etárias; classes sociais; religiões e segmentos profissionais.
Textos escritos ou orais, chamam a minha atenção. Sempre
chamaram.
Nesse momento de tantas (des)informações, não consigo
entender o porquê de tantas pessoas acharem que o passado pode ser apagado com
borracha branca.
Saudade de outrora, quando podiam manipular o voto dos sofredores?
Ou será da força que detinham e passavam incólumes nas tantas besteiras e
injustiças que praticavam?
Sei apenas, que como Sócrates, nada sei. Apenas imagino que a
atual crise é muito mais midiática que econômica. Muito mais de inveja, que de
corrupção. De ódio, que de verdades.
As análise que faço – e que me deixam com o estômago
embrulhado – principalmente dos textos das mídias orais, são os saudosistas
(parasitas, gigolôs do poder, preguiçosos) desesperados por não terem mais
chances de recapitularem suas nefastas ações.
Quando esses textos são produzidos por despreparados escrevinhadores
tupiniquins ou “babadores” de microfone, vemos a barbárie, a grosseria com que
tratam a informação. Desinformar é peça fundamental.
Lamento que estejamos sob a influência do apupo dessa corja –
despreparada e renitente em ideias que não fazem mais sentido na sociedade da
informação e da comunicação.
Campo Maior, 20 de setembro de 2015.
Professor Jorge Câmara
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