domingo, 1 de julho de 2018

REGINA SOUSA PASSA PITO NO MINISTRO DO TURISMO

Senadora Regina Sousa
Foto: CDH/Ass. Comunicação

A senadora Regina Sousa (PT-PI) criticou as declarações do Ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, que minimizou o assédio de brasileiros a jovens russas durante a Copa do Mundo da Rússia. Em pronunciamentos na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e na tribuna do Senado, a parlamentar disse que o ministro perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado quando disse que não era necessária tamanha polêmica porque “não morreu ninguém” e porque o episódio envolvia apenas cinco brasileiros, que estavam "passando vergonha".
“Nós não estamos preocupados com as cinco pessoas não, ministro! Essas cinco pessoas não estão passando vergonha não. Porque eles não têm vergonha, eles são sem-vergonha”, insistiu a parlamentar.

Ela lembrou que o desrespeito atingiu 52% da população brasileira – parcela feminina da população - que se sente ofendida pelas grosserias. E enfatizou que violência não é apenas uma questão física. “A violência verbal às vezes dói mais na alma da gente do que a violência física”, ensinou.

“O senhor está na Rússia para promover o turismo brasileiro, e diz isso? Está convidando os russos e outros turistas estrangeiros a assediar mulheres? “, questionou, dirigindo-se diretamente a Lummertz. Para Regina, o ministro deveria pedir desculpas às mulheres brasileiras, pois foi extremamente machista. “Em qualquer outro governo, um ministro que dissesse isso amanheceria demitido. Mas ele está na Rússia divulgando o Brasil”, estranhou.

Regina Sousa explicou ao titular da Pasta do Turismo que feminicídio é um drama no Brasil. E que começa exatamente com assédio, xingamento e deboche. "E depois, evolui para empurrão, uma queda da escada, um escorregão no banheiro até que chega à morte", prosseguiu.

Defensora dos direitos das mulheres, a parlamentar piauiense disse que fica constrangida com o comportamento sexista do ministro. “Como a gente vai trabalhar, como a gente vai combater a violência, como a gente vai ter condição de continuar fazendo a defesa da mulher, o combate à violência, se os estímulos que a gente recebe da autoridade são esses?”, perguntou.

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