Crianças meditam para combater o stress
As aulas da professora de educação física Rosângela Martins dos Santos, na Escola Básica Municipal Henrique Veras, em Florianópolis (SC), começam com cinco a dez minutos de meditação. Os estudantes se sentam em posição confortável, com a coluna reta, unem o polegar e o indicador ou espalmam as mãos sobre o rosto com os olhos fechados e fazem respirações. Depois, falam em voz alta as frases: “eu estou em paz, minha família e meus amigos estão em paz, a nossa escola está em paz, o lugar onde eu moro está em paz, o nosso país e o nosso planeta estão em paz”.
O ritual se repete há mais de dez anos dos quase 30 anos de atuação de Rosângela no magistério. “Percebi que eles modificam o relacionamento consigo mesmos, com os colegas e comigo. Tenho mais colaboração deles e são mais afetuosos. Temos uma comunicação não violenta, amorosa, um convívio com mais carinho e compreensão”, explica Rosângela.
A professora apresenta a prática aos pais dos alunos todo início de ano. Eles questionam se a meditação tem algum viés religioso. Ela explica que não, que o foco é criar um ambiente de paz na escola. “Uma mãe me disse que o filho, antes de entregar um copo de água para ela, segurou com as duas mãos, falou as frases que aprendeu na meditação e disse que a água ia ficar com uma energia boa. Ela disse que se sentiu muito bem em ver o filho falar coisas boas”, conta a educadora.
Rosângela diz que a meditação é bem aceita pela direção da escola e pelos professores, que fazem a prática antes de iniciar reuniões pedagógicas. A educadora usa como base o programa da ONG Mente Viva, que oferece conteúdo educativo gratuito sobre práticas e exercícios meditativos.
Crédito: Porvir.org
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