A cidade de Campo Maior viveu momentos de profunda comoção nesta sexta-feira (25), durante a missa de sétimo dia da jovem Alice Borges, vítima de feminicídio. Realizada na Igreja Nossa Senhora das Mercês, no bairro São João, a cerimônia religiosa se transformou em um emocionante protesto contra a violência que tirou a vida de Alice e que, cada vez mais, assola famílias brasileiras.
Vestindo camisetas com a frase "A maior epidemia do Brasil é o feminicídio", familiares, amigos e membros da comunidade expressaram sua dor e indignação, clamando por justiça e mais proteção para as mulheres. O sentimento de revolta tomou conta da população campomaiorense, que se vê abalada diante de mais uma tragédia motivada pelo ódio de gênero.
O principal suspeito pelo crime é Darlan Sousa, ex-companheiro de Alice, que já havia sido denunciado pela jovem por violência doméstica. Segundo a delegada Emylle Kaynar, Darlan teria, inclusive, tentado afogá-la anteriormente no mesmo rio onde seu corpo foi encontrado, o Surubim. Ele foi transferido nesta quinta-feira (24) para a Penitenciária José de Arimateia Barbosa Leite, em Campo Maior.
O caso de Alice Borges escancarou o medo e a dor vividos por tantas mulheres e acendeu ainda mais o debate sobre a urgência de medidas eficazes de proteção. Campo Maior, consternada, pede justiça — e que outras vidas não sejam interrompidas pela violência.