Após uma reunião com a Secretaria de Educação (Seduc) e a recusa da proposta da Secretaria, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) anunciou a possibilidade de greve dos professores da rede estadual de ensino.
O desacordo se deu pela proposta do Estado de parcelar o aumento do piso salarial de em duas vezes. A primeira parcela, de 4%, já foi paga no mês de janeiro, a segunda, de 3,64% está prevista para julho. No entanto o Sindicato pede o pagamento dos 7,64% em parcela única.
"O Sindicato irá se reunir em todas as 27 Regionais para debater a proposta do Estado, mas de imediato já nos posicionamos contra esse parcelamento. O Piauí deu um aumento de 3% na Previdência para todos os trabalhadores, isso fez com que o nosso reajuste recebido até então tenha sido, na realidade, de apenas 1%", explica Francisco das Chagas, vice-presidente do Sinte.
O Sindicato observa que este ano o Estado deve receber um incremento na receita de várias ordens, como a previsão de R$ 827 milhões do Fundeb, os recursos da repatriação de cerca de R$ 400 milhões que deve por lei destinar 25% desse total para a educação.
A assembleia geral da categoria está marcada para o próximo dia 10 de fevereiro, nela será decidida se será ou não deflagrada a greve. "Até lá aguardaremos uma reunião com o governador, mas já deixamos clara nossa posição contra o parcelamento", conta o vice-presidente.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) anunciou que no dia 15 de março haverá uma paralisação nacional dos professores. O indicativo de Greve Nacional da Educação foi aprovado durante o 33º Congresso da CNTE, realizado entre 12 e 15 de janeiro, em Brasília.
As principais reivindicações da categoria são a não aprovação da reforma previdenciária e o cumprimento do piso salarial dos professores. "O ato é um repúdio aos governadores que estão propondo parcelar o piso e aqueles que nem pagando estão", observa Francisco das Chagas.
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