A elaboração do programa é uma parceria da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), por meio da Superintendência de Direitos Humanos, com a Agência de Tecnologia da Informação do Piauí e movimentos sociais.
“Com o mapeamento nós podemos gerir, planejar e executar políticas públicas voltadas para a comunidade de terreiro e o aplicativo vai facilitar também a identificação de algumas problemáticas que são vivenciadas de modo que trabalharemos buscando sempre o planejamento das políticas públicas”, explicou a superintendente de Direitos Humanos da Sasc, Janaína Mapurunga.
O sistema permite duas formas para catalogar as comunidades seja por meio de celulares ou tabletes ou pelo site de cadastro. O diferencial do aplicativo com relação ao site é que o aplicativo possui uma funcionalidade de capturar a geolocalização offline.
“O cadastro feito pelo aplicativo tem a vantagem de fazer o georreferenciamento através do GPS do celular e caso no momento do cadastro não haja sinal de internet, a localização poderá ser capturada e ficará salva para que seja incluída quando o usuário tiver acesso à internet”, explicou o diretor-geral da ATI, Antônio Torres.
Os líderes religiosos deverão cadastrar seus terreiros por meio de um questionário de identificação, disponibilizado no sistema e que será validado, posteriormente, pela equipe da superintendência de direitos humanos da Sasc.
De acordo com o gerente de Enfrentamento à Intolerância Religiosa e Apoio à Comunidades Tradicionais, Flávio Monteiro, em 2009 um mapeamento apontou que só na capital foi identificado 412 terreiros. “Hoje, essa realidade é outra, tanto na capital como em todo Estado e a necessidade do aplicativo é muito grande, pois nós temos dados fixos sobre as comunidades quilombolas, ciganas e indígenas, porém, ainda não temos sobre as comunidades de terreiro”, disse.
O app “Eu Creio”também poderá ser acessado também por visitantes que queiram conhecer especificidades dos terreiros, como outras manifestações culturais que são praticadas dentro dessas casas, além das atividades religiosas.
Fonte: AsComPI
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