Terreiro incendiado em Boqueirão do Piauí Foto Canal 121.com |
É longa a história de intolerância religiosa aos adeptos das religiões de matriz africana: perseguição, morte, destruição de espaços sagrados, agressão verbal e tantas outras forma de violência. Ela é fruto de uma construção secular baseada em teorias racistas, que associavam os povos africanos a populações amaldiçoadas ou a uma raça inferior.
Nos nossos arredores o preconceito é grande, chegando-se até à destruição de terreiros em nome da fé cristã. Caso bem recente foi no vizinho município de Boqueirão do Piauí, onde uma tenda foi destruída através de um incêndio criminoso, que até hoje as autoridades policiais não conseguiram descobrir seus autores.
Tanto Pai Flávio de Ogum (ex-gerente de combate à intolerância religiosa da Secretaria de Direitos Humanos dfo Piauí), quanto Pai Rondinelle Santos, coordenador da Associação Nacional dos Povos de Matriz Africana no Piauí, a questão da intolerância que cerca os povos do Axé "é pura falta de conhecimento, quem não conhece a Umbanda, o Candomblé, têm tendências a ser intolerantes".
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