Você já se sentiu sozinho mesmo estando rodeado de gente? Esse sentimento, tão comum e muitas vezes silencioso, está afetando uma em cada seis pessoas no mundo, segundo um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). E mais: a cada hora, cem pessoas morrem por causas relacionadas à solidão — um número assustador que ultrapassa 871 mil mortes por ano.
Mas não estamos falando apenas de tristeza passageira. A solidão, como define a OMS, é uma dor emocional provocada pela distância entre as conexões sociais que desejamos e aquelas que realmente temos. Já o isolamento social é mais prático: é a falta objetiva dessas conexões. Ambos são perigosos.
O relatório mostra que os mais afetados estão em países de baixa e média renda, especialmente adolescentes e jovens entre 13 e 29 anos. Em alguns lugares, até 24% dessa faixa etária relata sentir-se solitária — mais do que o dobro dos índices em países mais ricos.
E não para por aí. Grupos como idosos, pessoas com deficiência, LGBTQIA+, indígenas e refugiados enfrentam mais obstáculos para criar vínculos sociais. As causas? Saúde frágil, baixa escolaridade, viver só, falta de políticas públicas e até o uso excessivo das redes sociais.
As consequências são graves: além da tristeza, a solidão pode aumentar o risco de AVC, diabetes, depressão, ansiedade e até morte precoce. E o custo não é apenas humano — a sociedade também paga a conta em saúde, educação e emprego.
Em tempos de hiperconectividade, repensar nossas conexões reais talvez seja mais urgente do que nunca.
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