Nesta terça-feira, Lelo Coimbra assumiu a presidência da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, no lugar do atual ministro do Turismo, Gastão Vieira.
Atualmente, União, estados e municípios investem, juntos, 5% do PIB em educação. O texto do Executivo propõe a ampliação desse valor para 7% até 2020, mas entidades ligadas ao setor pedem a aplicação de 10%. Segundo Vanhoni, uma meta intermediária é “a ousadia possível”.
Em reunião nesta terça-feira da comissão especial destinada a analisar a proposta do PNE, Vanhoni afirmou que seu parecer será apresentado até meados de outubro. Após essa etapa, os deputados do colegiado ainda terão o prazo de cinco sessões para apresentar emendas ao texto. As emendas serão analisadas pelo relator e só então o texto será votado.
Novo presidente
Segundo o novo presidente, dois pontos deverão causar maiores divergências nos debates: o percentual do PIB a ser investido na área e as possibilidades de parcerias entre o governo e instituições privadas de educação. “Um segmento minoritário, mas importante, entende que a educação deve ter natureza 100% pública. Contudo, não é correto desconhecer a importância das instituições privadas para o desenvolvimento da nossa educação”, disse.
Apesar das discordâncias que devem ocorrer, Coimbra promete buscar coesão entre governo e oposição. “A gente só deve colocar o relatório em votação quando tivermos uma convergência mínima. Teremos, sim, divergências em debate, mas, na hora do voto, essas divergências já devem estar bem organizadas e trabalhadas”, destacou.
A expectativa de Lelo Coimbra é que o relatório de Vanhoni seja votado até o final de novembro deste ano. Logo após, caso seja aprovado e não haja recurso para análise do projeto em Plenário, o texto segue para o Senado.
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