quinta-feira, 22 de março de 2012

Professores da rede estadual confirmam prorrogação da greve nesta quinta-feira


Reunião de diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação com Wilson terminou sem consenso

A reunião de representantes dos professores da rede estadual de educação com o governador Wilson Martins (PSB) e o secretário Átila Lira (PSB), na manhã de ontem quarta-feira (21), terminou sem consenso.

Para tentar por fim à greve, que já completa 23 dias, o Palácio de Karnak apresentou uma proposta de reajuste para docentes das classes A e B, com nível médio, estabelecendo o piso nacional de R$ 1.451.

No entanto, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI), Odeni de Jesus da Silva, classificou a proposição feita pelo governo estadual como um retrocesso. "O governador ofereceu o piso nacional para os professores de classe A e B, mas determinou o fim da carreira. Ou seja, o professor começa a trabalhar ganhando um salário e, trinta anos depois, ao se aposentar, continua recebendo o mesmo valor", criticou Odeni.


Ainda nesta quarta-feira, após a reunião com o governador, os membros da diretoria do sindicato reuniram-se para discutir a proposta do governo e decidiram que a categoria continuará em greve até que outra oferta seja apresentada. A decisão, contudo, ainda precisa ser confirmada numa assembleia que acontecerá hoje quinta-feira, na Praça da Bandeira. "Com essa proposta não tem nem o que se discutir. Isso eu nem considero proposta", afirmou Odeni.

Durante a reunião, o secretário Átila Lira mostrou um discurso afinado com o do governador, enfatizando que, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, os Estados não podem comprometer mais da metade de sua receita corrente líquida com o pagamento da folha de servidores. Segundo Átila, caso a pauta dos professores seja completamente atendida, esse limite não poderá ser respeitado. "Vamos assegurar o reajuste para os professores de nível médio, de acordo com o que determina a lei do piso. O que vamos discutir agora é em relação à carreira dos professores, dentro das nossas possibilidades legais em função da aproximação do Estado do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal", argumentou o secretário.

A presidente do Sinte-PI rebate a alegação de Átila afirmando que o governo estadual recebe, desde o início do ano, 22% a mais do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
FONTE: PORTALODIA.COM

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