quarta-feira, 28 de março de 2012

NORDESTINOS LEEM MAIS QUE A MÉDIA NACIONAL

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO
Postamos aqui no nosso blog uma estatística estarrecedora: 72% das pessoas não costumam ler. Para nós isso é terrível. Como pode uma pessoa numa sociedade letrada não ler ABSOLUTAMENTE NADA?
Calma! Nem tudo está perdido. Dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, publicados nesta quarta-feira (28) apontam o nordestino está lendo mais que a média nacional. Ponto para nós! O Instituto Pró-Livro, revela que o Nordeste está lendo mais e acima da média nacional. A terceira edição do estudo aponta também um aumento no número de leitores. O Piauí também fez parte do levantamento, mas não foram divulgados dados específicos por estado.
Segundo a pesquisa sobre o comportamento do leitor no Brasil, os nordestinos leem em média 4,3 livros por ano, mais que os 4 livros da média nacional. Só nos últimos três meses, base da pesquisa, os nordestinos afirmaram ler dois livros.
Em relação a 2007, data da pesquisa anterior, o Nordeste apresentou aumento de 4% no total de pessoas que afirmam ler. O percentual subiu de 25% para 29%, indicando 25,4 milhões de leitores em 2011.
“Percebemos que nesta região hoje muitos têm voltado para a escola, mesmo de diferentes faixas etárias, e isso se converte na crescente curva de novos leitores no Nordeste”, analisa Karine Pansa, presidente do Instituto Pró-Livro, elogiando o incentivo à leitura entre as políticas públicas de educação. “Temos a consciência de que o índice ainda não é dos mais satisfatórios, mas sabemos que estamos no caminho certo”, acrescentou Karine. 
Os novos leitores nordestinos têm também uma peculiaridade em relação aos demais do Brasil. Dos dois livros que leem nos últimos três meses, praticamente um é escolhido por iniciativa própria e o outro por indicação da escola. 
Ao optarem por ler um livro, a maioria da população do Nordeste revela que a motivação vem da atualização cultural e de conhecimentos gerais, apontado por 51% dos entrevistados. Em seguida, com 48%, é o prazer, gosto ou necessidade espontânea e um pouco abaixo, com 45%, exigência escolar ou acadêmica. Também aparecem na lista motivos religiosos (29%), atualização profissional (25%) e exigência do trabalho (8%).
Pelo índice, os optados de forma espontânea representam 0,94, enquanto que os acadêmicos somam 1,06. Ainda segundo a presidente do IPL, é preciso fortalecer a cultura da leitura na região. “Apesar de os números serem considerados bons, é necessário introduzir a leitura no cotidiano dessas pessoas. Por exemplo, do total de dois livros lidos, apenas 0,55 é lido inteiro”, alerta. Os principais gêneros lidos por iniciativa própria são: literatura (0,21), Bíblia (0,19) e livros religiosos (0,13). Outros aparecem com 0,39.

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