quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Escola do Piauí vira manchete por conta de descaso governamental

Mais uma escola do Piauí é manchete nacional por conta do descaso do governo.

Veja abaixo a matéria na integra.

Alunos assistem à aula no chão por falta de carteira em escola no Piauí


Cerca de metade dos alunos da Unidade Escolar Marcos Parente, localizada na cidade de Redenção do Gurguéia (a 641km de Teresina), estão assistindo aulas no chão por falta de carteiras na escola. A situação se estende pelos últimos 5 anos, segundo a diretoria da escola, que atende 287 estudantes.

Para diminuir o número de alunos estudando no chão, a direção faz rodízio de cadeiras usadas durante a hora da merenda.

"Quando chega a hora do lanche, colocamos as cadeiras num espaço perto da cantina, que fica colado com os banheiros. Quando as aulas retornam, colocamos de volta as cadeiras na sala, mas mesmo assim elas são inadequadas, pois os alunos ficam sem ter apoio para colocar os cadernos", contou Ângela Guerra, diretora da escola.

A secretaria estadual de Educação do Piauí respondeu, por meio de nota, que não tinha conhecimento da precariedade da situação dos alunos e que tomaria providências ainda na sexta-feira quando foi contatada pela reportagem do UOL. 
Falta de estrutura

A falta de carteiras não é o único problema da escola. Segundo a direção, os alunos se alimentam num espaço junto da porta dos banheiros. "A escola possui 50 anos e desde que foi fundada a estrutura é a mesma. O prédio é pequeno e não tem como atender as necessidades atuais. Estamos usando o mesmo banheiro das crianças porque tivemos de desativar o banheiro dos professores para colocar as máquinas de xerox", contou a diretora.

Guerra relatou que a escola necessita da construção de mais duas salas de aula, espaço para biblioteca – a atual está amontoada de livros -, além da cobertura de um espaço de terra para recreação dos alunos. O espaço é em chão batido. "Perdi as contas de quantos ofícios e relatórios fizemos e enviamos para a 14ª GRE e para a própria Seduc. Eles dizem que vão mandar as carteiras, vão construir mais salas, mas há 50 anos a escola continua sem nenhum investimento estrutural", afirma Ângela. "Não temos verba para bancar as construções nem compra de carteiras, pois nossos alunos são muito carentes e damos do caderno ao chinelo para eles virem estudar".



Bom desempenho

A escola possui 287 alunos matriculados no ensino fundamental, EJA (Educação de Jovens e Adultos) e Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Apesar dos problemas estruturais da escola, os alunos tiveram destaque no desempenho no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). 

A escola obteve 5,2 no Ideb -- para se ter uma ideia a meta do ensino fundamental para 2002 é 6. Isso garantiu à escola a melhor pontuação em Redenção do Gurguéia e a segunda melhor pontuação na região da 14ª GRE (Gerência Regional de Educação).
Resposta

Em nota, a Seduc (Secretaria Estadual de Educação do Piauí) informou ao UOL que não sabia da real situação da Unidade Escolar Marcos Parente porque a 14ª GRE não informou como "prioridade" ao setor responsável pela distribuição e controle de material enviado às escolas.

A pasta afirmou que, ao tomar conhecimento do problema, "já enviou, na manhã desta sexta-feira (20), novos 600 conjuntos/aluno para atender não só a referida escola, mas também os estudantes da Unidade Escolar Petrônio Portela e do Centro de Ensino Médio de Tempo Integral – Cemti José Soares, no município de Redenção do Gurguéia."Segundo a Seduc, o governo do Estado adquiriu este ano novos 123 mil conjuntos/aluno e 15 mil carteiras universitárias.

domingo, 15 de setembro de 2013

MEC apresentará proposta ao Senado sobre educação inclusiva

O Ministério da Educação (MEC), em conjunto com entidades e instituições que atuam na área da educação, vai levar ao Senado Federal uma proposta sobre a Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), que trata do direito à educação inclusiva. O documento será apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que examina o PNE. A proposta foi divulgada na noite desta sexta-feira (13) pelo MEC.
O PNE estabelece metas para o setor para os próximos dez anos. No mês passado, entidades ligadas à defesa dos direitos de pessoas com deficiência, como as associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e a Sociedade Pestalozzi protestaram contra as modificações feitas no Senado na meta que trata da inclusão de pessoas com deficiência.
A versão aprovada pelos deputados dizia que é preciso universalizar para a população entre 4 e 17 anos com deficiência o acesso à educação, preferencialmente na escola regular. No entanto, a redação aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado retirou a palavra "preferencialmente" do texto. Representantes de entidades não governamentais que atuam com pessoas com deficiência dizem que a alteração é vista como uma ameaça.
A nova proposta, elaborada pelo MEC, traz a seguinte redação: “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades-superdotação, o acesso à educação básica, assegurando-lhes o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, nos termos do Artigo 208, Inciso 3 da Constituição Federal e do Artigo 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional e promulgada pelo Decreto nº 6949, de 25 de agosto de 2009”.

Segundo o MEC, isso significa que todas as crianças e adolescentes têm direito a um sistema educacional inclusivo com duas matrículas – um período na classe regular no sistema público de ensino e outro no atendimento educacional especializado de forma complementar. A proposta esclarece também que as entidades filantrópicas conveniadas ao Poder Público continuam recebendo recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), tal como é feito hoje e sem prazo para acabar.

O documento define, ainda, estratégias sobre parcerias do Poder Público com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos para uma série de atividades como criar condições de atendimento escolar integral a estudantes com deficiência, formação continuada de professores e produção de material didático acessível e favorecer e ampliar a participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

QUANDO DEVEMOS DAR UM NÃO AOS NOSSOS FILHOS

 Bem interessante matéria publicada no site http://www.bonde.com.br quanto ao NÃO dado às nossas crianças. Nem sempre temos tido a noção de limite, o que pode estragar todos os que estão à nossa volta.
Vale a pena conferir.

 
Educação: quando o "não" é uma forma de amor
Redação Bonde*


Reprodução
Quando pensamos em educação dos filhos, parece que é uma coisa simples e fácil, que desenvolvemos na prática do dia a dia, mas infelizmente não é assim que funciona.

A responsabilidade que temos em relação à educação de uma criança é um grande desafio. Ela tem início já na gestação e nos primeiros meses depois do nascimento. O cuidado com alimentação, higiene, saúde, sono e outros fatores fazem parte da educação, pois desde então estamos ensinando aos nossos filhos amor, ética, responsabilidades e valores.

Conforme a criança cresce, além de todos os cuidados que devemos ter, é função dos pais e/ou responsáveis impor limites. Com isso, entra em cena o temido "NÃO". Uma palavra tão pequena, de apenas três letras, mas como é difícil dizê-la; mais difícil ainda é manter-se firme na decisão negativa!

Em razão de trabalhos e afazeres diários, muitos pais não veem seus filhos praticamente o dia todo e, como forma de suprir essa ausência, permitem a eles fazer o que quiserem, pois se sentem culpados por não participar da rotina das crianças. Isso sem contar com o receio que pais muitos têm de serem tachados de "autoritários", "conservadores", com medo de reproduzir a educação repressiva que receberam. Com isso, acreditam que estão educando adequadamente.

Portanto, o não às vezes é necessário, mas alguns cuidados são necessários. Pense bem antes de negar algo ao seu filho. Uma vez decidida, a imposição deve ser mantida. Ceder ao choro ou à chantagem fortalece ainda mais a criança, que cada vez mais irá insistir, chorar, fazer birra, pois ela sabe que, ao final, conseguirá o que deseja. Ela está te testando. Ceder é a fórmula para a criança crescer achando que as pessoas estão no mundo para realizar seus desejos.
Outra coisa importante: pai e mãe devem sempre estar de acordo em relação às decisões sobre os filhos. Quando não houver consenso, o casal não deve discutir na frente da criança. Se ela perceber que os pais não estão se entendendo sobre determinada situação, ganha ainda mais força para aquilo que deseja, pois percebe a vulnerabilidade deles.

A maior dificuldade nisso tudo é que fazer a criança entender que, enquanto ela ainda é pequena, pode ter (alguns) de seus desejos satisfeitos, mas que, na escola e, futuramente, no trabalho, as coisas não serão assim.

Na escola, a criança se socializa mais rapidamente e acaba aprendendo que existem outras crianças no mesmo espaço e que regras e limites são necessários. Devemos lembrar que a escola é um aliado, e não uma substituição dos pais.

Lembre-se: o "não" também é uma forma de amor! Dizer não aos filhos é um modo de demonstrar amor e carinho, além de ensiná-los que a vida impõe limites o tempo todo, querendo eles ou não. Com isso, eles serão poupados de maiores sofrimentos por serem "mimados" ou "imaturos" e, nos momentos de decepções e frustrações que surgirão ao longo de suas vidas, saberão como lidar e conduzir da melhor forma essas situações.

E você, está sabendo impor limite aos seus filhos?

*Por Daniele Vilela Leite (daniele.leite@vitaebrasil.com.br) é orientadora educacional na empresa Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br).

Educação – Professores dão dicas para estudantes que vão fazer a prova do Enem 2013

Enem 2013


Além de uma prova para avaliar o conhecimento, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é considerado também um teste de resistência física e equilíbrio emocional. Na reta final de estudos, faltando menos de 50 dias para as provas, dois professores ouvidos pela Agência Brasil dão dicas aos candidatos para que façam uma boa prova.

Resolver questões de provas anteriores, a partir de 2009, é uma das dicas. Quanto mais o estudante treina, mais se familiariza com o tipo de questão do Enem. “O Enem não cobra tanto os detalhes de memorização, é mais uma questão de compreensão e de raciocínio lógico. Aconselhamos os alunos a resolverem essas questões para que possam ir se aprimorando”, sugere a coordenadora do pré-vestibular Charles Darwin, em Vila Velha (ES), Heloísa Mannato.

Administrar o tempo é outro ponto chave diante de uma prova extensa. No primeiro dia, os estudantes terão quatro horas e meia para responder 90 questões. No segundo dia, além das 90 questões, será aplicada a prova de redação e o tempo aumenta para cinco horas e meia.

Para não correr o risco de deixar questões sem resposta por falta de tempo, a sugestão é que os estudantes resolvam as provas de exames anteriores cronometrando o tempo para treinar. O ideal é gastar, em média, três minutos para responder cada questão. Embora essa seja a média recomendada, o comum é que o tempo passe por ajustes, à medida que uma questão demande mais tempo e outras tenham solução mais rápida.

Quando o assunto é a redação, leitura e treino são essenciais. Fazer redações dos exames anteriores e também de vestibulares de universidades é uma das dicas. Ler textos opiniativos, como artigos e editoriais de jornais, é o que recomenda o professor de redação do pré-vestibular Alub, em Brasília, Marcelo Freire. Ler notícias também é importante para adquirir informações necessárias para redigir o texto dissertativo-argumentativo que é exigido na prova.

O professor Marcelo Freire alerta que a prova do Enem está pronta desde julho, então é importantes revisar o noticiário anterior àquele mês. “Esse ponto causa muita confusão entre os alunos. A prova já está pronta, então, o quente em termos de noticiário é o que ocorreu até julho. Você não pega prova do Enem com fatos que ocorreram no mês ou na semana anterior”, explica.

Estar bem preparado fisicamente também conta para o sucesso dos candidatos que vão enfrentar a maratona de dois dias de provas. Dar uma pausa nos estudos para se exercitar e ter uma alimentação saudável são recomendáveis. “Falamos para os alunos que façam caminhada, exercício físico, atividades que gostem, para relaxar, desestressar. A prova do Enem depende de um conjunto de fatores para o aluno se dar bem”, diz a professora.

Ler o edital do Enem 2013 e o Guia do Participante na internet, com orientações sobre a redação também está entre as recomendações para os candidatos. Para ajudar o estudante a se preparar para a prova, o Portal EBC criou uma página na internet que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2012. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento o candidato quer estudar. O banco de provas seleciona as questões de maneira aleatória.

Com informações da Agência Brasil.