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Imagem Internet |
Você sabia que o Brasil ocupa a última colocação em disciplina escolar entre 79 países avaliados pela OCDE, no relatório PISA 2018? Os próprios estudantes relatam que o barulho constante atrasa as aulas, impede a concentração e obriga o professor a se tornar mais um vigia do que um educador.
Esse cenário não é apenas desgastante — é desastroso para o aprendizado. A indisciplina consome tempo, destrói o foco e corrói o respeito. Ela impede a construção de um ambiente de ensino digno, equitativo e transformador.
Para o professor Jorge Câmara, esse problema tem uma causa clara: "A escola e os professores já cederam demais. Essa cessão de disciplina e autoridade tem um custo: estamos assistindo a um avacalhamento diário da rotina escolar."
Na visão do professor, ao tentar agradar, ser “legal” ou evitar confrontos, a escola foi abrindo mão de seu papel formador. E quando a autoridade pedagógica se enfraquece, o caos se instala — e com ele vêm o desânimo, o adoecimento docente e a desistência de muitos profissionais da educação.
Mas há avanços legislativos: desde 15 de janeiro de 2024, vigora a Lei 14.811/2024, que criminaliza o bullying e o cyberbullying e amplia as punições, inclusive prevendo penalidades de até quatro anos de prisão. Além disso, uma nova lei recentemente sancionada prevê penas de até 12 anos de prisão por agressão a professores, em resposta ao aumento de violência nas escolas — intencionalmente cometida por alunos ou até familiares. Esse é um reconhecimento explícito da gravidade da violência contra educadores e um passo concreto para protegê-los.
É preciso compreender: disciplina não é autoritarismo. É o que garante que todos possam ensinar e aprender com dignidade. A escola só cumpre seu papel quando existe respeito, autoridade e responsabilidade — por parte de alunos, pais, professores e do Estado.
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