Estado surpreendeu ao ser referência na inclusão educacional no Brasil
O programa "Entre Aspas" da Globo News avaliou os resultados do PISA (Program for International Student Assessment) e concluiu que o Brasil foi o país que mais evoluiu na em termos de educação na escala mundial. Em relação ao Piauí, o programa afirmou que o Estado surpreendeu especialistas da educação por apresentar um dos mais altos índices de inclusão e desenvolvimento do ensino básico.
Em três anos, o Piauí saltou 10 posições no ranking nacional ficando a frente de Estados como Maranhão e Alagoas. Nas 10 primeiras colocações ainda figuram Distrito Federal, Santa Catarina, Minhas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Sobre o desempenho piauiense, o economista da educação, Gustavo Ioschpe, disse que o Estado fez, em escala nacional, o que Xangai fez em escala mundial. Para ele, o Piauí é melhor exemplo de que nem sempre existe correlação entre o nível de riqueza dos alunos e seu desempenho em sala de aula.
"Só para você ter ideia, é o Estado de São Paulo que está no mesmo patamar de Xangai em termos de investimento na educação e a surpresa ficou por conta de um Estado que vem crescendo aos poucos e aos poucos vem mostrando que é tudo apenas uma questão de inclusão educacional", diz.
Para ele, isso faz com que o governo pare de pensar em encontrar uma solução para todos os problemas que o país enfrenta de uma vez e perceba que a saída está no desenvolvimento de uma educação de qualidade.
Já o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Luiz Cláudio Costa, diz que o nível socioeconômico dos alunos influi diretamente no desempenho deles e pontua que existe um subfinanciamento da educação brasileira. "Um país que tem três vezes o tamanho de outros países do mundo é claro que vai ter três vezes mais gastos inclusive na educação. É preciso entender isso", diz.
Ele explica o bom desempenho do Piauí deve-se à inclusão educacional que o Estado tem trabalho com seus alunos e reitera que nos últimos em todo o país existem cerca de 10 milhões de jovens entre 15 e 17 anos e que o maior desafio no momento é colocá-los dentro das escolas. "Isso já tem sido feito e é claro que o resultado vai ser refletido imediatamente no avanços dos indicadores de qualidade da educação brasileira".
O financiamento educacional tem um patamar mínimo de 5% do PIB de um país e o Brasil já tem investido essa quantia em consonância com outras nações. "Há países em que esses investimentos chegam mal a 2,5% então nós estamos nos dando bem".
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