As eleições de 2014, que consolidaram a vontade do povo que nunca teve espaço, voz e vez, atordoou a elite que cria poder enganar os libertados.
O que vemos agora, com as bênçãos de uma rede de televisão que sempre tirou benefícios do governo e vem estraçalhando os valores éticos e morais da família brasileira, é uma tentativa de barrar as conquistas de liberdade e respeito aos que realmente constroem esse país.
Lembro, aqui, algumas estrofes do poeta africano (Luanda), Antonio Jacinto, que refletem o que até recentemente vivemos no Brasil. Embora forros, uma elite opressora continuava espalhando migalhas.
Naquela roça grande não tem chuva
é o suor do meu rosto que rega as plantações:
Naquela roca grande tem café maduro
e aquele vermelho-cereja
são gotas do meu sangue feitas seiva.
O café vai ser torrado
pisado, torturado,
vai ficar negro, negro da cor do contratado.
Negro da cor do contratado!
Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:
Quem se levanta cedo? quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa
a tipóia ou o cacho de dendém?
Quem capina e em paga recebe desdém
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinqüenta angolares
"porrada se refilares"?
Convido você a curtir um vídeo muito especial:
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