segunda-feira, 1 de abril de 2019

Para que educar para a paz

Vivemos momentos insuportáveis de violência. Para todos os lados que nos voltamos, deparamo-nos com toda espécie de agressão. Trânsito, seio familiar, trabalho e, principalmente, as escolas. Há poucos dias a chacina de Suzano deixou o mundo boquiaberto. O último reduto da paz e da confiança foi invadido pelo ódio e pelo despreparo das instituições escolares em enfrentar tema de importância vital para todos.

Uma educação voltada para acultura da paz já não é sem tempo. Ainda podemos salvar esse espaço importante para o desenvolvimento das pessoas e do Brasil. Ficar de braços cruzados, receosos, esperando que a qualquer momento o mundo desabe sobre a cabeça de todos, parece, não ser uma atitude sensata.

Muitos conceitos sobre educação precisam ser revisto, reconstruídos. A Cultura da Paz deve ocupar espaços significativos nas práticas pedagógicas, no calendário escolar, nas ações governamentais e, principalmente, no seio da família. Não se pode "esperar que o ladrão roube para se fechar a porta".

Educar para a paz passa pelo exemplo de cada um. 

Precisamos, como adultos e educadores, contribuir para uma formação que valorize o respeito, a cidadania, o bem ao próximo. Afinal, as crianças aprendem pelo exemplo. Durante a primeira infância (0-6 anos) o aprendizado acontece essencialmente por imitação: pais que jogam lixo na rua, que gritam, batem e falam palavrões estão educando seus filhos para uma cultura de violência, que hoje predomina no mundo e precisa ser combatida com urgência.

"A educação é um direito de todos e dever do Estado". Não são apenas as letras constitucionais que irão garantir que todos possam ser educados. O engajamento de todos é fator preponderante para garantir uma sociedade em que a violência seja apenas matéria do passado. 

Utopia? Não! Quando todos nós colaboramos  para melhorar o nosso meio, certamente que o sonho se torna realidade. 

Nenhum comentário: