Uma matéria que não podemos deixar de ler. O feminicídio cresce de forma escandalosa e precisamos combater essa chaga.
Famílias das vítimas de feminicídio ficam marcadas pelo crime. De acordo com os dados da polícia, 71% das vítimas no Piauí eram mães e em média deixam dois filhos. Somente este ano, 15 mulheres foram mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.
Em 2017 e 2018 foram mantidas a mesma média das vítimas de feminicídio no Piauí, uma variação entre 25 e 26 casos. Não são só as vidas das mulheres que são deixadas para trás. Familiares, amigos, vizinhos ficam para sempre marcados, principalmente os filhos.
"Todo dia quando eu chegava da escola, ela estava deitada, a gente ficava deitada junto, conversando sobre o que aconteceu na aula. Tudo, tudo que acontecia na minha vida, na vida dela a gente compartilhava uma com a outra. Não havia segredo entre a gente", contou a filha de Gisleide Alves dos Santos, morta pelo namorado que havia conhecido apenas há 15 dias, em maio do ano passado.
A filha de Gisleide Alves, que atualmente tem 15 anos, está grávida e mora com o namorado. Ela contou não ter recebido nenhum apoio de instituições públicas.
"Eles nunca vieram, mas fez muita falta, porque psicologicamente não estamos tão bem. A gente é muito confuso com o que aconteceu. Bate saudade às vezes e ficamos sem chão. Mudou tudo, só tinha ela para cuidar da gente. Ela era nossa vida, porque não temos pai", contou emocionada.
A psicóloga Claudete Ricardo comentou o que pode acontecer na vida do filho que teve a mãe vítima desse crime. Segundo ela, a criança pode se tornar agressiva ao longo da vida e ter dificuldade de se relacionar com as pessoas.
"Ela pode ter uma dificuldade de desenvolver o seu auto-conceito, podendo no futuro repetir este ato agressivo na sua convivência, na sua relação social. Ela talvez apresente dificuldade de aprendizagem escolar. A mãe não estará mais presente e a criança vai conviver com o pai ao longo de sua vida, com este homem que se tornou um bandido e que será preso e quer queira quer não, é a referência paterna", explicou.
"Eles nunca vieram, mas fez muita falta, porque psicologicamente não estamos tão bem. A gente é muito confuso com o que aconteceu. Bate saudade às vezes e ficamos sem chão. Mudou tudo, só tinha ela para cuidar da gente. Ela era nossa vida, porque não temos pai", contou emocionada.
A psicóloga Claudete Ricardo comentou o que pode acontecer na vida do filho que teve a mãe vítima desse crime. Segundo ela, a criança pode se tornar agressiva ao longo da vida e ter dificuldade de se relacionar com as pessoas.
"Ela pode ter uma dificuldade de desenvolver o seu auto-conceito, podendo no futuro repetir este ato agressivo na sua convivência, na sua relação social. Ela talvez apresente dificuldade de aprendizagem escolar. A mãe não estará mais presente e a criança vai conviver com o pai ao longo de sua vida, com este homem que se tornou um bandido e que será preso e quer queira quer não, é a referência paterna", explicou.
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