sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O crime organizado é maior que o Estado brasileiro


    O Brasil enfrenta uma alarmante escalada do crime organizado, que se manifesta em todos os estados do território nacional. Não importa mais o tamanho da cidade. As quadrilhas deixaram de disputar espaço exclusivamente entre si para desafiar diretamente as forças de segurança, expondo a fragilidade do poder estatal. Essa situação é agravada pelo controle que essas facções exercem dentro e fora dos presídios, onde a privação de liberdade se transforma em oportunidade para a articulação criminosa.
    Os presídios, que deveriam ser espaços de ressocialização, tornaram-se verdadeiras escolas do crime. A superlotação, a falta de programas educativos e a convivência forçada com lideranças criminosas criam um ambiente propício para o fortalecimento das facções. Em vez de promover a recuperação dos detentos, o sistema prisional acaba alimentando o círculo vicioso da violência e da criminalidade organizada, tornando-se parte do problema.
    Essa realidade demonstra a falência do atual modelo de segurança pública e justiça criminal. As leis parecem fracas, o Estado parece incapaz de conter o avanço do crime organizado, que conta com recursos financeiros, armamentos e estratégias sofisticadas. Enquanto isso, a sociedade paga um alto preço, com o aumento da violência urbana e a sensação de impotência diante do crescimento desse poder paralelo.
    É urgente repensar as políticas públicas voltadas para a segurança e a ressocialização. Investir em educação, oportunidades de empregos e reestruturação do sistema prisional são passos fundamentais para reverter essa situação. Apenas com ações integradas e eficazes, será possível enfrentar o crime organizado e resgatar o papel do Estado como guardião da ordem e da justiça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que o povo continue fazendo o L