O termo “estelionato político” refere-se a uma prática cada vez mais comum em campanhas eleitorais: a promessa de ações e projetos que nunca se cumprem após o candidato eleito assumir o poder. Esse tipo de engano, além de lesar o voto e a esperança da população, perpetua um ciclo de descrença no sistema político e afeta diretamente o desenvolvimento das cidades. Mas o que realmente significa enganar a população e quais são as consequências desse ato?
A frase de Rui Barbosa, mencionada como desabafo, reflete bem o sentimento de frustração de muitos cidadãos. A cada eleição, assistimos à “vitória das nulidades” e ao crescimento da injustiça social, com poderes concentrados nas mãos de quem pouco se importa com o bem público. A prática do estelionato político não se resume a promessas não cumpridas, mas envolve a manipulação das expectativas e a distorção dos reais interesses da população, gerando não apenas decepção, mas também uma perda gradual de valores éticos.
Esse cenário, além de desmotivar o cidadão comum a buscar uma vida honesta e pautada pela honra, fragiliza os pilares da democracia. Quando as pessoas deixam de acreditar nas lideranças, o custo é alto: não só pelo investimento perdido em candidatos e campanhas, mas pelo impacto na educação, na saúde e na segurança. A população é forçada a arcar com os prejuízos de uma administração que finge compromisso e entrega resultados insatisfatórios.
Se não houver uma mudança nesse ciclo, corremos o risco de enfrentar uma sociedade cada vez mais apática e desiludida. É urgente que todos – eleitores e eleitos – reconheçam a necessidade de resgatar valores como a transparência, a responsabilidade e a honestidade. Somente assim será possível restabelecer a confiança na política e assegurar que o futuro da nossa cidade seja guiado por mãos verdadeiramente comprometidas com o bem-estar coletivo.
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