É realmente surpreendente que um general, figura tão austera e erudita, com décadas de estudo em ética, dignidade e respeito à democracia, tenha se envolvido em algo tão repugnante quanto uma tentativa de golpe de Estado. Afinal, quem nunca, em meio ao tédio de uma carreira pautada pelo serviço à pátria, resolveu brincar de subverter a ordem constitucional? A prisão do General Braga Netto pela Polícia Federal, longe de ser um escândalo, é quase um mal-entendido, pois sabemos que homens de sua estirpe são infalíveis representantes da moral e dos bons costumes.
Certamente, a culpa não é dele, mas de nós, que não compreendemos o contexto. Talvez seja só uma lição prática de como "proteger a democracia" requer... bem, um pouquinho de autoritarismo aqui e ali. E quem somos nós, pobres mortais sem as insígnias de um general, para questionar suas interpretações do que é certo ou errado?
Que o general tenha a oportunidade de refletir sobre suas ações em um local reservado, como uma cela, é apenas mais um ato altruísta de alguém que, com certeza, está sacrificando sua liberdade em nome de um bem maior. Resta-nos agradecer por essa nova lição de cidadania e continuar confiando cegamente nas figuras que, com o poder da farda, sempre souberam o que é melhor para todos nós.
Inimaginável tal conduta. Inimaginável que o assunto mais comentado no final de semana tenha sido a prisão de um general, que agora deverá prestar contas dos atos feitos e dos que faria de mal ao povo brasileiro.
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