O empresário José Janguiê Bezerra Diniz começou a vida como
engraxate, aos 8, e agora, aos 50, é o mais novo brasileiro incluído no
ranking de bilionários da revista "Forbes".
Ele é fundador e principal acionista do Ser Educacional, grupo dono das
faculdades Mauricio de Nassau e Joaquim Nabuco, e que lançou ações na
Bolsa de Valores no ano passado.
Diniz nasceu em Santana dos
Garrotes, na Paraíba, um dos sete filhos de Lourdes e João. Aos seis
anos, mudaram-se para Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Aos oito, começou a
trabalhar como engraxate e, logo depois, vendendo laranjas. Aos 14, a
família decidiu mudar-se para Rondônia e Diniz voltou sozinho para o
Recife, onde continuou os estudos em paralelo com o trabalho como
datilógrafo.
Formou-se em Direito, em 1987, pela Universidade
Federal de Pernambuco. No quarto ano do curso, já tinha uma empresa de
cobranças, com 30 funcionários. Em 1992, tornou-se juiz do trabalho.
Formou-se também em Letras, e passou a dar aulas na Faculdade de Direito
de Olinda.
Em 1994, fundou o Bureau Jurídico, curso
preparatório para concursos públicos. Em 1998, fundou o BJ Colégio e
Curso, que atualmente oferece turmas da educação infantil ao
pré-vestibular. Em 2003, criou a Faculdade Maurício de Nassau
acompanhada por uma nova marca, o Grupo Ser Educacional. Em 2007, é
fundada a Faculdade Joaquim Nabuco.
Ir para a faculdade ainda é um plano quase unânime para jovens americanos, que se preocupam desde o início do ensino médio com suas notas – um dos critérios usados pelas instituições de ensino superior para selecionar estudantes – e em como vão pagar pelo curso mais tarde. Quase. Nos últimos anos, o aumento do desemprego e índices crescentes de graduados que passam dificuldades para honrar o crédito estudantil recebido antes da formatura fazem com que uma parcela deles questione a validade do curso superior. Para esses adolescentes, ou outros que ainda não pensaram nisso, um livro lançado este mês nos Estados Unidos – Hacking your Education (Hackear sua educação, em livre tradução) – incentiva a largar a faculdade e dá dicas de como aprender – e muito - fora das salas de aulas.
Dale Stephen largou a faculdade e fundou um movimento pelo auto-aprendizado nos EUA O autor da obra, Dale Stephen, de 21 anos, desistiu dos estudos formais quando estava no segundo semestre e recomenda a experiência. Ele é líder do movimento sem fins lucrativos Uncollege (sem faculdade), cujo site foi lançado em 2011 para difundir a ideia de que é possível ter sucesso sem colocar os pés em uma universidade.
À época, descontente com o ambiente e o conhecimento que estava adquirindo no curso superior, decidiu que iria se desenvolver sozinho e transformar isso numa causa para revolucionar a educação. Para botar o projeto em prática, contou com a ajuda de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) do Thiel Fellowship , um programa que escolhe 20 jovens com menos de 20 anos por ano para abandonar a faculdade e se dedicar a algum projeto fora dela.
Dois anos depois, Stephen já concedeu inúmeras entrevistas, escreveu artigos, deu palestras, promoveu seminários e agora lançou seu livro pela editora Penguin. Em todos esses meios, o conceito essencial repetido por ele é o mesmo, de que o investimento realizado para cursar uma graduação nem sempre traz o melhor retorno e aprender sozinho fica cada vez mais fácil, através das informações disponíveis na internet.
“As pessoas aprendem de formas diferentes, em velocidade e tempo diferentes. E hackear a educação permite que você aprenda o que, quando, como e onde quiser”, explica Stephen em seu blog. Segundo ele, não é preciso ser um gênio para se sair bem fora da escola, mas ter criatividade e confiança.