domingo, 26 de agosto de 2012

O PAPEL DOS MENTIROSOS NA POLÍTICA

Em qualquer situação, mentir é, certamente, um dos mais graves erros que se pode cometer na vida publica. 
Mais que um erro, mentir é uma falha ética grave. Implica consequências muito sérias. Existem mentiras que muito dificilmente são perdoadas. São aquelas que ocorrem entre indivíduos que não se conheciam pessoalmente, mas que de alguma forma se uniram por um ato de fé e confiança. Este é o caso da mentira na política. A mentira é sempre um rompimento unilateral da confiança até então existente. É o rompimento de um pacto de honra que destrói a confiança daquele que foi alvo da mentira.
Otto Von Bismarck, estadista Alemão (1815-1898), dizia que “as pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçada, durante uma guerra e antes de uma eleição”. Bismarck entendia bem de guerra, caça, eleição e mentira. Primeiro chanceler do império alemão, patrono do sufrágio universal em seu país, foi idealizador do primeiro sistema de previdência social do mundo e um magistral manipulador de vaidades. 
Exageros, citações tiradas do contexto, omissões, montagens maliciosas de imagens do adversário, mentiras, falsificações e fraudes fazem parte do espetáculo eleitoral desde que as sociedades decidiram por essa forma de escolha dos governantes. 
O psicólogo americano Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia, calcula que, no decorrer de um dia normal qualquer (fora de períodos eleitorais), uma pessoa escuta, vê ou lê duas centenas de mentiras – uma inverdade a cada cinco minutos. A maioria delas são inofensivas mentiras sociais que ajudam a harmonizar as relações interpessoais no cotidiano. “Seu corte de cabelo ficou ótimo” ou “o trânsito estava um caos, por isso me atrasei” constituem exemplos clássicos. Só uma pequena porcentagem é de mentiras que machucam ou ocasionam prejuízo material ou moral aos outros. 
Em tempos eleitorais, a taxa de mentira se multiplica geometricamente. Mas também na vida pública existe uma gradação do potencial destrutivo das mentiras. Elas podem variar de uma omissão necessária e justificável até uma fraude com o efeito de enriquecer pessoas e grupos.
(...)
ELIAKIM ARARUNA
A continuação do artigo você pode ler em: 
http://eduardoabril.blogspot.com.br/2012/01/o-papel-dos-mentirosos-na-politica.html
 

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