sábado, 7 de fevereiro de 2015

UNE discute em Bienal Educação Artísitca

Apesar de ser obrigatória, a educação artística nas escolas de ensino fundamental e médio ainda é negligenciada pelo sistema escolar. A questão foi debatida na 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Educação artística
A professora de música aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Ermelinda Paz Zanini lembra que o ensino obrigatório de música foi incluído nos currículos escolares nos anos 1960, mas em todas as mudanças de legislação, como as ocorridas nos anos 1980 e depois em 2008, a lei veio primeiro do que a estrutura escolar e a formação de docentes, que até hoje não está satisfatória.

"A Lei 11.769/2008 prevê que tínhamos três anos para colocar o ensino obrigatório da música nas escolas. E vocês perguntam: implementou? Daí a gente começa a levantar os problemas. Então, é importante dizer que as leis vieram sempre antes das providências que deveriam ser tomadas para a sua implementação".
A professora de dança da Faculdade Angel Vianna, Márcia Feijó, acrescentou que ainda há muita dificuldade para levar o licenciado em artes para dentro das escolas, pois não há contingente de formados o suficiente nem de concursos para suprir a necessidade de professores de linguagens específicas. Para ela, é preciso ampliar o diálogo entre cultura e educação, para que a linguagem corporal possa contribuir mais sistematicamente na aprendizagem.

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