As 90 questões de ciências humanas e da natureza cobraram competências e habilidades dos alunos, deixando de lado a "decoreba".
Foi uma prova mais exigente em termos de raciocínio interpretativo e menos conteudista do que nas últimas duas edições. Em geral, foi uma prova mais demorada de se fazer porque exigiu uma maior decifração de textos bases e enunciados. Não se pode dizer que foi uma prova mais complexa, mas mais trabalhosa. A prova se assemelhou mais às primeiras edições do novo formato do Enem.
No teste de ciências humanas, como esperava-se, apareceram temas recorrentes na atualidade. Dentre eles, a questão dos refugiados na Europa e o debate sobre igualdade de gênero. O exame confirmou a tendência de inserção de problemáticas do cotidiano.
O Enem aborda conteúdos clássicos e, em cima deles, cobra as competências e habilidades do estudante. Não se trata de uma prova especificamente de conteúdo, mas que, sabendo o contexto, dominando conceitos básicos e lendo com atenção, o aluno consiga decifrar para chegar à resposta correta. É uma tendência da prova de humanas do Enem vincular conteúdos com a realidade do país, abordando questões pertinentes da nossa sociedade em um contexto histórico. Não é que a prova esteja trabalhando política especificamente, mas quer que o aluno reflita e entenda o mundo em que está inserido.
De uma vez por todas, as habilidades de interpretação devem ser motivadas em todas as áreas.
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