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A educação brasileira tem muitos problemas, todos já devidamente diagnosticados e estudados por especialistas de norte a sul do país. Não precisava, pois, arrumar mais um. Mas ele veio, justamente na pessoa de quem deveria resolvê-los: o Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.
Até agora, esse colombiano naturalizado brasileiro não apresentou uma ideia ou proposta consistente para melhorar a educação em qualquer dos níveis. Ao contrário, tem assumido o comportamento de um macaco em loja de louças, provocando desastre de todas as formas, com declarações e documentos estapafúrdios, que em nada contribuem para o aperfeiçoamento dos alunos brasileiros.
A infeliz entrevista concedida à Revista Veja, por si só, já seria motivo suficiente para sua demissão. Falar publicamente para um grande veículo de comunicação que os jovens brasileiros se comportam “como canibais, quando viajam ao exterior, roubando tudo que encontram pela frente”, é de uma leviandade sem tamanho. Sem conhecer os jovens brasileiros, o ministro que deveria zelar pelo futuro deles, jogou-os todos na vala comum da marginalidade. Imagine agora como serão recebidos os adolescentes que partirem daqui para fazerem intercâmbio, ou simplesmente turismo, em outros países!
Achando pouco tamanha asneira, escreve um documento oficial com o slogan de campanha do já não mais candidato, mas agora Presidente da República, pedindo que, ao cantarem o hino nacional, os alunos fossem filmados. O que ele pretende com essa filmagem? Usar as crianças como garotos de uma propaganda ideológica que ele cisma em implantar no ensino brasileiro? O maior problema do senhor Ricardo Rodríguez é que ele parece estar mais preocupado em ideologizar o ensino do que em oferecer uma educação de qualidade aos estudantes.
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Tomei aqui a liberdade, mesmo sem a autorização da autora, de reproduzir a opinião da jornalista Cláudia Brandão por considerar importante que tenhamos, cada vez mais, opiniões das questões que começam a tomar corpo com ações do novo Governo brasileiro.