segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Prefeito Bolsonarista diz que povo do Axé tem pacto com o demônio e causa protestos da sociedade

Ildo Gaúcho
Imagem Facebook

A imprensa nacional deu destaque nesta semana a um absurdo caso de intolerância religiosa praticado pelo prefeito da cidade natal de Bolsonaro: Glicério, em São Paulo. Ildo Gaúcho, que é do PSDB, ao publicar um artigo em que diz que "macumbeiros têm pacto com o demônio". Por conta da publicação, Ildo enfrenta uma Comissão Parlamentar de Inquérito, onde poderá perder o mandato.

A cidade, que fica a mais de 400 km da capital, São Paulo, ficou conhecida nacionalmente por ser a cidade do ex-presidente Bolsonaro. 

Seus 4.000 habitantes foram surpreendidos com as declarações do prefeito, que em seguida à pressão da sociedade, apagou a postagem, e publicou nota de esclarecimento afirmando não ter tido a intenção de agredir a quem quer que seja.

A postagem inicial de Ildo Gaúcho contava com outras ofensas aos praticantes de religiões de matriz africana, como “vagabundos do diabo”, “vão queimar no fogo do inferno” e “vocês são vazios de Deus no coração porque quem habita na sua casa e na sua vida é o diabo, o capeta (sic)”. Ele disse ainda que nunca viu “macumbeiro fazer o bem”.

Pelo código penal brasileiro, “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, tem pena de detenção de um mês a um ano e pagamento de multa. “Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”. Ainda pelo código penal, penas de “detenção” são cumpridas desde o início no regime aberto, inadmitindo cumprimento no regime fechado. 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Campo Maior: Senzala de Pai José completa 50 anos

 


A Senzala de Pai José, um dos centros de Umbanda mais antigos de Campo Maior festeja seu Jubileu de Ouro. Ao completar 50 anos, a casa realiza sua festividade a Santa Luzia.

Vereadora Miszarlea e o Secretário de 
Iluminação Paulo de Társio

Homenagem prestada pela Câmara de Vereadores

Na última segunda-feira (11.12), a Câmara Municipal de Vereadores realizou Sessão Especial em alusão ao Jubileu de Ouro da Casa. Com a presidência da Vice-presidente, Vereadora Miszarlea Almeida, foram realizadas homenagens a pessoas que vem contribuindo com as atividades da Senzala.  Para a vereadora, "é muito significativo que o Poder Legislativo reconheça o trabalho que vem sendo realizado nesses 50 anos pela Senzala de Pai José e o que ela significa para os adeptos de religiões de matriz africana".

 Hoje, 13 de dezembro, finaliza com uma vasta programação: missa em Ação de Graças, procissão, descerramento de placa e gira de confraternização.

Para a Mãe de Santo Ynaiara da Oxum, esse "é um  momento muito especial para todos nós que fazemos a Senzala de Pai José é um momento muito importante e significativo. Há cinquenta ano realizamos um trabalho de caridade e de muita fé, o que tornou nossa casa referência em Campo Maior".

Mãe Ynaiara de Oxum


Justiça condena evangélico por racismo religioso


A Justiça paulista condenou, após quatro anos, o evangélico Adriano Cássio Bordin por racismo religioso. O homem de 42 anos, em 2019 invadiu um terreiro de candomblé e fez todo tipo de ofensa ao presente no recinto. Adriano afirmava que os membros da 
Axé Egbe Oia Bale eram de satanás, enquanto ele congregava e era de Deus. Além das ameças, o homem condenado agrediu uma mulher que estava presente no centro.

O agressor recorreu da Sentença, porém a 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de São Paulo manteve a sentença. Adriano foi condenado a 1 ano e quyatro meses de pena em regime semiaberto e ainda terá que pagar uma indenização de R$ 1.500,00 à mulher pelas agressões físicas sofridas.


quinta-feira, 20 de julho de 2023

Chega de tanta violência contra a mulher.

Não importa se é mulher ou menina. O Brasil continua sendo um país que mais violenta sua mulheres. 


O Brasil hoje viu estarrecido a publicação do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 e com ele os dados que a violência contra a mulher cresce vertiginosamente, independentemente da leis que as protegem. E o que mais preocupa que essa violência, em sua maioria - mais de 61,0%,, atinge meninas com até 13 anos. Um verdadeiro terror para a nossa sociedade.

O estupro é o maior índice da violência sexual contra as mulheres. Foram mais de 74.000 mulheres vitimadas, em grande parte, por seus companheiros. E esse tipo de violência aumentou 8,0% em apenas um ano.

“Os números são escandalosos e chocantes, mas a gente também está falando de dados que talvez não traduzem a total massa do problema. A gente lida com um crime que é muito subnotificado. Primeiro, a gente precisa lidar com essa fragilidade, que é a dificuldade de se denunciar um crime como esse”, avalia Juliana Brandão, pesquisadora-sênior do FBSP.

Os técnicos avaliam que a legislação é falha e que por se tratar de um crime que ocorre dentro de casa é mais difícil de ser punido.

Para a Ministra da Mulher, Cida Gonçalves, o aumento da violência contra a mulher se dá pelo aumento do ódio e o corte de recursos para o enfrentamento dos casos.

Confira mais informações no site: Anuário Brasileiro de Segurança

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Intolerância religiosa dentro de escola é inadmissível

Com o aumento do discurso de ódio tão bem propagado nos últimos anos, temos visto que a intolerância religiosa contra praticantes de religiões de matriz africana tem sido o alvo preferencial, principalmente daqueles que se dizem "evangélicos". E quando essa turma tem algum tipo de poder, o massacre toma proporções ainda maiores.

Incito você a ler a matéria abaixo, do site G1 de Rondônia, para tomar consciência de até que ponto chegamos. Uma escola deve ter o condão de aperfeiçoar a educação através do debate e reconhecimento de que somos um Estado laico e multicultural, incluindo-se, aí, as questões religiosas e sua multiplicidade de formas como são desenvolvidas.

Mãe denuncia funcionárias de escola por intolerância religiosa em RO: ‘chamaram minha filha de macumbeirinha’

Entendo a escola como um espaço de exercício da democracia e um espaço de segurança absoluta, onde todos devem ser tratados com igualdade, independentemente de suas particularidades econômicas, sociais, étnicas e religiosas. Mas quando esses pilares não são observados e que ferem mortalmente a formação de uma criança, deve ser crime inafiançável.

Precisamos frequentemente analisar como estamos recebendo tantas informações e de que forma elas interferem em nosso cotidiano enquanto pessoas sociáveis e enquanto profissionais, principalmente educadores. Como os discursos de ódio de cunho religioso-conservador têm afetado as nossas vidas e as nossas vivências.


 

domingo, 16 de julho de 2023

Vereadora MIszarlea realiza 4ª Edição do Ação Solidária MISZARLEA E AMIGOS

A Vereadora Miszarlea Almeida, Vice-presidente da Câmara de Campo Maior, realizou na manhã da última sexta-feira (14 de julho), na área social da Igreja de Nossa Senhora das Dores, no bairro Fripisa, em Campo Maior, a 4ª Edição Ação Social MISZARLEA E AMIGOS, como forma de comemorar seu aniversário.

Anualmente, um dos bairros de Campo Maior é escolhido pela vereadora para comemorar o aniversário. Segundo Miszarlea, é uma forma de comemorar com a população que sempre está ao lado dela.

Além de inúmeros voluntários, participaram da ação social como Odonto Company, Ótica Diniz, Clínica Maior, Casa dos Cosméticos (Téo), Barbearia Social, Dental Campo Maior, Massa Fina Industrial, Jupi Alimentos, Deputado Federal Jadyel Alencar, Clínica Equilíbrio e Saúde, Escola de Enfermagem Ana Nery, Governo Do Estado do Piauí, Prefeitura Municipal de Campo Maior, Compunet.

Vários serviços foram oferecidos, desde a produção de beleza, a cuidados médicos, orientação jurídica e muitos brinquedos para a criançada, além de lanche e almoço.

Confira as fotos do evento.




























quinta-feira, 13 de julho de 2023

Atenção agressores de mulheres: ALEPI aprova Lei que pune agressores com multa


 
Todos dizem que "quando se mexe no bolso as pessoas sentem a pancada". Talvez tenha sido essa a ideia da Assembleia Legislativa do Piauí que aprovou Projeto de Lei de autoria do Deputado Fábio Novo (PT) onde os agressores de mulheres devem ressarcir todas as despesas com atendimento à mulher vítima de violência. Além do ressarcimento, o agressor será multado em valores que vão de R$ 500,00 até R$ 5.000,00.

Para o autor da proposta, deve-se punir os infratores com outras medidas, já que parece que as medidas atuais são insuficientes para coibir as agressões sofridas diariamente por dezenas de mulheres piauienses.

O dinehiro arrecadado com o pagamento das multas serão destinados aos programas de combate à violência, prevenção, assistência e amparo às vítimas, garantindo que o agressor seja responsável também pela sociedade e não apenas à vítima.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Até quando seremos intolerantes?

     O crescimento de casos de intolerância religiosa acendeu o sinal amarelo das autoridades de segurança de todo o território brasileiro. Os crimes de incompreensão mais que dobraram em um ano, chamando à necessidade de se combater essa expressão de ódio.

    As manifestações de intolerância religiosa se refletem das "piadas" com ar de humor caricato, da invasão de templos (católicos, protestantes, de matriz africana...), agressões físicas e até assassinatos. Já não é mais velada as manifestação contrárias de extremistas. Reflexo de uma sociedade doente? De pessoas que se mantiveram no anonimato ou nas sombras e agora encontram respaldo para ações bizarras?

     Muitos acusam as plataformas de relações sociais na Internet como o grande meio de propagação de pensamentos mesquinhos, doentios. Sem o menor pudor, as pessoas são bombardeadas com toda sorte de informações - sem cunho de nenhuma veracidade - e, sem perceberem, tornam-se propagadoras de discursos inadmissíveis em pleno século da comunicação.

     Alvo frequente de manifestações de intolerância religiosa, estão as religiões de matriz africana -  candomblé, umbanda, jurema, catimbó, terecô, xangô e ainda outras mais - aparecem no topo das perseguições. Composta em sua maioria por pessoas pobres, pouco letradas, negras, seguem na incompreensão histórica da importância que têm os adeptos  em suas raízes, na sua ancestralidade.

     Sem menos importância, encontram-se nessa esteira a invasão de templos católicos, com os ícones da sua História - as imagens - destruídas. Lideranças e adeptos de religiões protestantes sofrendo ataques verbais. Uma verdadeira Torre de Babel.

     A questão da intolerância reverbera em todos os cantos. 

     Embora o Estado brasileiro traga em sua Lei Maior a laicidade, não é isso que se observa na prática. A coisa pública tem sido tratada como questões religiosas, os exemplos não faltam. Bancada católica, bancada evangélica (tem até a da bala) são demonstrações que não há nada de laico e cada uma dessas bancadas tentam impor suas convicções, suas doutrinas. União, estados e municípios estão longe de cumprirem suas determinações legais.

     Resta às pessoas de bom senso, que respeitam o próximo, terem a sensibilidade da propagação de ideias capazes de dirimirem ações voltadas pera o bem estar de todos.

     


 

segunda-feira, 13 de março de 2023

Redpill: grupos de ódio simbolizam grave ameaça aos direitos da mulher


Replicar informações sobre o crescimento da violência contra a mulher é necessário e importante, principalmente para estudantes que enfrentarão o Enem 2023 e precisam enriquecer o repertório sócio-cultural.

Matéria do Portal Metrópoles traz importantes informações quanto aos grupos organizados que pregam o retorno da "masculinidade" e, consequentemente, a pregação de atos de violência contra a mulher. Com análise bem fundamentada, a reportagem desnuda o que tem de verdade nas entrelinhas de movimentos misóginos que povoam a Internet, a famosa "machosfera digital" e seus efeitos práticos na vida da sociedade: o aumento da violência contra a mulher.

"Ganhou visibilidade, nas últimas semanas, a existência de grupos que incitam a violência e o ódio contra mulheres. Encabeçados por homens que buscam recuperar sua “masculinidade“, conforme eles mesmos justificam, esse movimento é acompanhado de outro problema: o aumento dos crimes de gênero contra elas.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, todas as formas de violência contra a mulher tiveram aumento em 2022. “As pessoas me perguntam se isso pode representar aumento da denúncia ou aumento dos casos e, nesse caso, a violência realmente aumentou”, explica Luciana Terra, diretora do movimento Me Too Brasil.

Vale a pena a leitura da matéria e o aprofundamento de tema tão caro nos dias atuais.

Confira a matéria do Portal Metrópoles


quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Florentino Neto denuncia tentativa de golpe através de conta falsa no whatsapp

Florentino Neto é vítima de golpe no WhatsApp


O deputado federal eleito Florentino Neto foi surpreendido na manhã desta quarta-feira com a circulação de mensagens em rede social com tentativa de golpe envolvendo o seu nome através de uma conta falsa criada no whatsapp, aplicativo de troca de mensagens instantâneas por celular. Os golpistas estão usando perfis falsos com fotos roubadas de redes sociais, e enviando a vereadores piauienses mensagens falsas oferecendo doações de empresas que fazem parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os golpistas se passam pelo deputado utilizando o número de whatsapp (61 99684 0550). 
 Na mensagem eles dizem que Florentino teria indicado o município que o vereador representa para ser contemplado com a doação de cestas básicas, peixes, álcool em gel, máscaras e pedindo para entrarem em contato para o envio da documentação necessária para formalização da entrega dos ítens. 
 Florentino Neto alerta as pessoas que receberam a mensagem que trata-se de um golpe. “ O número de telefone não é meu e de ninguém da minha equipe”, esclarece. Ele pediu para ser avisado, caso novos contatos sejam feitos por criminosos junto a políticos do estado. “Já estou tomando as medidas cabíveis junto à polícia e peço que não repassem dados e nem documentos para esse número”, solicita.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Veja como funciona o Piso Nacional dos Professores

Manifestação dos professores piauienses na greve de 2022

 

Final de dezembro e o mês de janeiro sempre são períodos de angústia para os profissionais da educação. Professores aguardam o anúncio do Piso pelo Ministério da Educação e o começo do embate com gestores para o cumprimento da Lei.

No Piauí, temos sempre informações distorcidas. O Governo garante que cumpre a Lei e o que vemos é a categoria realizando intensas movimentações, chegando quase sempre à greve. Só de índices não aplicados já se somam mais de 43%.

Confira, através da matéria do site JC o que diz o Governo, Sindicatos, para entender como se compõe o Piso e quais os estados que já garantiram o cumprimento da Lei do Piso. 

Intolerância religiosa aumenta no Brasil aponta relatório

Mãe Maria Pereira em foto por Luciano Klaus
70 anos de Umbanda
Continuamos a falar sobre intolerância religiosa por crermos ser um tema que deve ser debatido à exaustão, vez envolver uma quantidade significativa de pessoas, especialmente aos adeptos das religiões de Matriz Africana.

O 2º Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, organizado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas e pelo Observatório das Liberdades Religiosas com apoio da Representação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, apontou um aumento dos casos de intolerância religiosa no país nos últimos anos. O levantamento foi divulgado no sábado (21.jan.2023) como parte do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Os dados do estudo indicam que as religiões de matriz africana, mesmo sendo uma minoria, são as mais atingidas pela intolerância.

É necessário, assim, que se tenha o conhecimento necessário para o entendimento da importância e o significado da Umbanda, do Candomblé, dentre outras, para que atos de violência verificados pela intolerância não sejam algo frequente.

O relatório pode ser visualizado aqui.

domingo, 22 de janeiro de 2023

Conselho dos Direitos da Mulher é empossado pelo prefeito Joãozinho Félix

Prefeito Joãozinho Félix


O prefeito Joãozinho Félix, empossou na manhã da última sexta-feira (20 de jan.), o mais novo Conselho Municipal de Campo Maior, o dos Direitos da Mulher. A solenidade contou com a presença de autoridades locais e estaduais.

Na cerimônia promovida pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), o prefeito Joãozinho Félix, deu posse a Antônia Soares, Maria das Graças Camelo e Jorge Câmara Lemos, presidente,  vice-presidente e secretário, respectivamente, além dos conselheiros titulares e suplentes.

Os membros do Conselho  participam e votam nas reuniões, relatam matérias em estudo, promovem e apoiam o intercâmbio e a articulação entre as instituições governamentais e privadas, encaminham as demandas da população feminina, sensibilizam e mobilizam a sociedade para a promoção da igualdade de oportunidades e de direitos, e o combate a todas as formas de discriminação.

Fotos: Bringel/Ass. Com. Semas 










Ainda sobre preconceito e intolerância religiosa

Terreiro incendiado em Boqueirão do Piauí
Foto Canal 121.com

O tema intolerância religiosa não se esvai apenas no dia 21 de janeiro. Todos os dias são necessárias ações que esclareçam o quanto é necessário o conhecimento para extirparmos do nosso cotidiano tão dolorosa chaga que atinge centenas de pessoas diariamente.

É longa a história de intolerância religiosa aos adeptos das religiões de matriz africana: perseguição, morte, destruição de espaços sagrados, agressão verbal e tantas outras forma de violência. Ela é fruto de uma construção secular baseada em teorias racistas, que associavam os povos africanos a populações amaldiçoadas ou a uma raça inferior.

No século 15, período que marcou o início das grandes navegações europeias, a relação entre os estados daquele continente e a Igreja Católica era intrínseca. Em nome da fé cristã, países ganharam a chancela religiosa para dominar novos territórios e subjugar populações.
Logo, uma série de teorias baseadas na mitologia judaico-cristã foram criadas para justificar a condenação dos povos não europeus, e consequentemente, sua escravização. Entre elas, a mais popular foi a Maldição de Cam.

Nos nossos arredores o preconceito é grande, chegando-se até à destruição de terreiros em nome da fé cristã. Caso bem recente foi no vizinho município de Boqueirão do Piauí, onde uma tenda foi destruída através de um incêndio criminoso, que até hoje as autoridades policiais não conseguiram descobrir seus autores.

Tanto Pai Flávio de Ogum (ex-gerente de combate à intolerância religiosa da Secretaria de Direitos Humanos dfo Piauí), quanto Pai Rondinelle Santos, coordenador da Associação Nacional dos Povos de Matriz Africana no Piauí, a questão da intolerância que cerca os povos do Axé "é pura falta de conhecimento, quem não conhece a Umbanda, o Candomblé, têm tendências a ser intolerantes".  

 

sábado, 21 de janeiro de 2023

Hoje é dia de se combater a Intolerância Religiosa


Babalorixá Antonio Pinto foi o precursor do combate a into-
lerância religiosa contra Religiões de Matriz Africana em Campo Maior


Dia 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa e o Dia Mundial das Religiões. A data, que relembra o dia em que Mãe Gilda foi vítima de intolerância religiosa, sancionada em 2007 pelo Presidente Lula, tem o objetivo de promover respeito, tolerância e diálogo entre as diversas religiões.

A data foi escolhida em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda, que foi vítima de intolerância religiosa no final de 1999 e em referência ao Dia Mundial da Religião. O objetivo da data é promover respeito, tolerância e diálogo entre as diversas religiões. O projeto que deu origem à essa lei foi de autoria do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). O terreiro Abassá de Ogum foi alvo de intolerância com duas invasões, por parte de membros de uma igreja, no ano de 2000, resultando na morte da ialorixá Mãe Gilda por infarto fulminante.

No Brasil, o direito à liberdade de religião ou crença é garantido pela Constituição, que assegura o livre exercício de cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias. Há, também, benefícios fiscais para igrejas e templos.

A intolerância religiosa gera preconceito e malefícios para a sociedade. Ela é caracterizada quando alguém não reconhece ou não respeita a religião ou crença do outro. Uma prática que deve ser combatida porque traz à tona falta de liberdade, respeito e diversidade. 

A intolerância religiosa, mais detalhadamente, é discriminar, ofender, caluniar e rechaçar religiões, liturgias e cultos. Quem é intolerante não aceita a diversidade de crenças, e, muitas vezes, a questão também pode estar relacionada ao racismo, já que as religiões de matrizes africanas são as que mais sofrem preconceito na sociedade atual, como o candomblé e a umbanda.

Em Campo Maior, grupos como a Associação Umbandista Campo-maiorense e o Coletivo da Associação Nacional de Povos de Matriz Africana têm desenvolvido ações de esclarecimentos através de rodas de conversa, eventos festivos públicos e nos meios de comunicação como forma de conscientizar, principalmente, os adeptos do Candomblé, Umbanda, Jurema, Catimbó dos direitos e garantias individuais de expressar a fé publicamente sem medo de ser vítima de alguma forma de intolerância.

Um dos precursores de combate a intolerância religiosa em Campo Maior foi o Babalorixá Antonio Rodrigues de Sousa (Antonio Pinto) que iniciou um árduo trabalho para o reconhecimento público da Umbanda. Ele foi o responsável pela articulação de duas Leis municipais que incluíram no Calendário de Eventos Culturais oficiais do Dia de Ogum e o Dia de Yemanjá.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

CEJA Mulata Lima oferece cursos técnicos


 Centro de Educação de Jovens e Adultos amplia suas ofertas de vagas para 2023. Serão mais dois cursos técnicos oferecidos a partir deste ano: Contabilidade e Vendas, que se somam aos cursos de Técnico Jurídico e Informática.

Além dos cursos técnicos, o CEJA Mulata Lima oferece vagas para os Ensinos Fundamental e Médio. 

No fundamental, são oferecidas as 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries (IV e IV etapas), sendo exigida a idade mínima de 15 anos e 7ª e 8ª séries.

No Ensino Médio, são oferecidas vagas para o 1º, 2º e 3º anos (normal e técnico), com idade mínima de 18 anos e conclusão em apenas 2 anos.

As matrículas se encerram neste dia 20 de janeiro.

O CEJA Mulata Lima oferece essas oportunidades aos jovens e principalmente adultos que por algum motivo tenham interrompido seu ciclo de estudos.  

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Precatórios do Fundef: Governo do Piauí deverá pagar até 6.000 reais a mais de 44 mil profesores

Mesmo sem ota divulgada oficialmente do SINTE-PI, o Governo do Piauí deverá pagar a mais de 44 mil professores o repasse da parcela do FUNDEF 2022 dentro dos próximos dias, segundo divulgação da imprensa piauiense.

Segundo o site cidadeverde.com, "foram identificadas mais de 40 mil matrículas de professores aptos para receber os valores. Os recursos para pagamento, algo em torno de R$ 108 milhões já estão disponíveis em uma conta judicial e é aguardado apenas o retorno do recesso do judiciário para que seja realizada a transferência dos valores ao Governo do Piauí. Cada professor vai receber por matrícula. Os professores vão receber em média R$ 6 mil, alguns vão receber menos e o valor é proporcional ao tempo de serviço".


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Rede Estadual de Ensino intensifica ações de matrículas. U. E. 13 de Março realiza seu Dia "D"

Gestores, coordenadores, professores e servidores da Unidade
Escolar 13 de Março no Dia D de matrículas

Com a pandemia, verificou-se significativa redução no número de alunos no retorno das aulas presenciais. Com o objetivo de trazer os jovens de volta às escolas, o Governo do Piauí realiza uma intensa campanha de retorno nesse período de matrículas.

A Gerência Regional de Educação em Campo Maior está mobilizando as comunidades escolares de toda a rede para o desafio que a campanha de matrículas representa. A Unidade Escolar 13 de Março, no bairro de Fátima, em Campo Maior, realiza durante todo o dia de hoje seu Dia "D", como forma de mobilizar a comunidade da importância da educação na vida de crianças, jovens e adultos e o engajamento de todos.

A escola oferece Ensino Fundamental (8º e 9º anos), Ensino Médio (1ª, 2ª e 3ª séries), nos turnos manhã e tarde e e EJA todas as etapas no turno noturno. A escola coloca como atrativo para as matrículas sua equipe de professores, salas climatizadas e o Novo Ensino Médio.

As matrículas só encerrarão no dia 20. O período letivo de 2023 está previsto para iniciar no dia 6 de fevereiro.

Diretora Cláudia Rocha


Para a diretora da Unidade Escolar 13 de Março, "essas ações significam a preocupação que tem a escola em oportunizar uma educação completa a crianças e jovens, além de adultos através da Eja" e da "necessidade de mobilizar toda a comunidade da importância