Ildo Gaúcho Imagem Facebook |
A imprensa nacional deu destaque nesta semana a um absurdo caso de intolerância religiosa praticado pelo prefeito da cidade natal de Bolsonaro: Glicério, em São Paulo. Ildo Gaúcho, que é do PSDB, ao publicar um artigo em que diz que "macumbeiros têm pacto com o demônio". Por conta da publicação, Ildo enfrenta uma Comissão Parlamentar de Inquérito, onde poderá perder o mandato.
A cidade, que fica a mais de 400 km da capital, São Paulo, ficou conhecida nacionalmente por ser a cidade do ex-presidente Bolsonaro.
Seus 4.000 habitantes foram surpreendidos com as declarações do prefeito, que em seguida à pressão da sociedade, apagou a postagem, e publicou nota de esclarecimento afirmando não ter tido a intenção de agredir a quem quer que seja.
A postagem inicial de Ildo Gaúcho contava com outras ofensas aos praticantes de religiões de matriz africana, como “vagabundos do diabo”, “vão queimar no fogo do inferno” e “vocês são vazios de Deus no coração porque quem habita na sua casa e na sua vida é o diabo, o capeta (sic)”. Ele disse ainda que nunca viu “macumbeiro fazer o bem”.
Pelo código penal brasileiro, “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, tem pena de detenção de um mês a um ano e pagamento de multa. “Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”. Ainda pelo código penal, penas de “detenção” são cumpridas desde o início no regime aberto, inadmitindo cumprimento no regime fechado.