A Batalha do Jenipapo, travada em 13 de março de 1823, é um marco na história do Piauí e do Brasil. A data simboliza o sacrifício de piauienses, maranhenses e cearenses na luta pela independência. No entanto, surpreendentemente, o governador Rafael Fonteles decidiu antecipar a solenidade para 12 de março deste ano, sob a justificativa de compromissos de agenda.
Essa decisão levanta questionamentos: qual o real interesse por trás dessa mudança? Se o governador não pode estar presente no dia oficial da Batalha, por que não delegar ao vice-governador a responsabilidade de representar o governo na cerimônia? A alteração enfraquece o simbolismo da data e desrespeita a memória dos combatentes que deram a vida pela liberdade.
Além disso, a medida gera um precedente perigoso. Se uma data tão significativa pode ser alterada por conveniência política, o que impede que outras efemérides históricas também sejam flexibilizadas? O respeito à memória coletiva exige comprometimento. A população piauiense merece uma explicação convincente para essa decisão que, até o momento, parece desnecessária e desrespeitosa.
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