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Indisciplina escolar: o Brasil no último lugar do mundo — e o preço que pagamos por isso

Imagem Internet Você sabia que o Brasil ocupa a última colocação em disciplina escolar entre 79 países avaliados pela OCDE, no relatório PIS...

terça-feira, 24 de junho de 2025

Indisciplina escolar: o Brasil no último lugar do mundo — e o preço que pagamos por isso

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Você sabia que o Brasil ocupa a última colocação em disciplina escolar entre 79 países avaliados pela OCDE, no relatório PISA 2018? Os próprios estudantes relatam que o barulho constante atrasa as aulas, impede a concentração e obriga o professor a se tornar mais um vigia do que um educador.
    Esse cenário não é apenas desgastante — é desastroso para o aprendizado. A indisciplina consome tempo, destrói o foco e corrói o respeito. Ela impede a construção de um ambiente de ensino digno, equitativo e transformador.
    Para o professor Jorge Câmara, esse problema tem uma causa clara: "A escola e os professores já cederam demais. Essa cessão de disciplina e autoridade tem um custo: estamos assistindo a um avacalhamento diário da rotina escolar."
    Na visão do professor, ao tentar agradar, ser “legal” ou evitar confrontos, a escola foi abrindo mão de seu papel formador. E quando a autoridade pedagógica se enfraquece, o caos se instala — e com ele vêm o desânimo, o adoecimento docente e a desistência de muitos profissionais da educação.
    Mas há avanços legislativos: desde 15 de janeiro de 2024, vigora a Lei 14.811/2024, que criminaliza o bullying e o cyberbullying e amplia as punições, inclusive prevendo penalidades de até quatro anos de prisão. Além disso, uma nova lei recentemente sancionada prevê penas de até 12 anos de prisão por agressão a professores, em resposta ao aumento de violência nas escolas — intencionalmente cometida por alunos ou até familiares. Esse é um reconhecimento explícito da gravidade da violência contra educadores e um passo concreto para protegê-los.
    É preciso compreender: disciplina não é autoritarismo. É o que garante que todos possam ensinar e aprender com dignidade. A escola só cumpre seu papel quando existe respeito, autoridade e responsabilidade — por parte de alunos, pais, professores e do Estado.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Cordel em alta: CETI 13 de Março inicia o dia falando em poesia

 


    Em tempos de globalização e consumo de culturas externas, valorizar o que é nosso torna-se um ato de resistência e pertencimento. Foi com esse espírito que a professora Isabel Reinaldo idealizou uma sequência didática que visa aproximar os estudantes da rica cultura nordestina, por meio do cordel. A iniciativa contou com a parceria do professor Assis Lima, membro da Academia de Artes e Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC), que é também advogado, historiador e poeta.
    Com vasta produção literária, Assis Lima compartilhou com os alunos não apenas suas obras, mas também os bastidores do fazer poético, revelando o cordel como forma de expressão artística e ferramenta de educação. O projeto despertou nos estudantes o interesse pela história, linguagem e identidade regional, promovendo um aprendizado significativo e afetivo.
    Ao unir escola e cultura popular, a proposta fortalece o vínculo com as raízes e mostra que conhecer a cultura local é essencial para formar sujeitos críticos, conscientes e orgulhosos de sua terra. Iniciativas como essa reforçam o papel transformador da educação.

sábado, 21 de junho de 2025

Machismo entre os jovens: um problema que a gente precisa encarar

Em poucos minutos, jovens entre 14 e 20 anos tem acesso a mensagens
misógenas em redes sociais.


    Você já parou pra pensar como o machismo ainda tá presente no dia a dia dos jovens brasileiros? Pois é, mesmo vivendo numa era de memes, redes sociais e liberdade, ainda tem muita gente jovem reproduzindo ideias ultrapassadas. De acordo com pesquisas recentes, 96% dos jovens reconhecem que o machismo existe no Brasil. Até aí, ponto positivo. Mas o problema é que boa parte deles ainda concorda com atitudes machistas. Demonstração encontrada com folga nas redes sociais.
    Por exemplo: muitos acham que a mulher tem que "se dar ao respeito" na forma de se vestir e que é errado ela ter muitos parceiros. E mais — cerca de 27% dos rapazes entre 18 e 24 anos acham que homens e mulheres não deveriam ter os mesmos direitos. Em pleno 2025!
    O ambiente virtual também reflete esse cenário. Um estudo revelou que 77% das meninas entre 15 e 25 anos já sofreram assédio online. E pior: 32% relataram controle digital por parte dos parceiros, tipo exigência de senhas, ciúmes de amigos, e até invasão de privacidade.
    Essas atitudes nascem em casa, na escola, nos grupos de amigos. E se espalham nas redes, onde discursos misóginos ganham força em comunidades “red pill” e afins. É como se uma parte dos jovens ainda estivesse agarrada a uma ideia de masculinidade tóxica, onde homem de verdade é aquele que manda, que controla, que não pode mostrar emoção.
    Mas calma, nem tudo está perdido. Tem muita gente boa — meninos e meninas — discutindo gênero, ouvindo, aprendendo e tentando mudar essa história. O caminho é educação, respeito e empatia. Porque machismo não combina com futuro. E o futuro é da nossa geração.

Professor Jorge Câmara
#EducaçãoComConsciência #JuventudeSemMachismo

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Corpus Christi: Fé, Tradição e Arte nas Ruas do Brasil

    
Fé e tradição
Foto: Divulgação redes sociais

Celebrado por católicos em todo o mundo, o feriado de Corpus Christi, que significa "Corpo de Cristo" em latim, ocorre sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. A data remonta ao século XIII, quando a Igreja Católica instituiu a celebração para destacar a importância da Eucaristia — sacramento que representa o corpo e o sangue de Jesus Cristo na hóstia consagrada.
    Para os cristãos católicos, a festa é um momento de profunda reverência e adoração, marcando a presença real de Cristo na Eucaristia. Missas solenes e procissões são realizadas em diversas cidades brasileiras, reforçando a fé e a união da comunidade.
    Uma das tradições mais encantadoras do Corpus Christi no Brasil é a confecção dos tapetes coloridos feitos de serragem, flores, areia e outros materiais. Cidades como Ouro Preto (MG), Santana de Parnaíba (SP) e Castelo (ES) se destacam pelas verdadeiras obras de arte que revestem as ruas por onde passa a procissão.
    Além de seu caráter religioso, a data movimenta o turismo e promove a expressão cultural local, unindo espiritualidade, arte e identidade regional. Corpus Christi, portanto, é mais que um feriado: é um testemunho vivo da fé e da criatividade do povo brasileiro.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

UESPI discute participação de alunos na Rota do Axé e fortalecimento da Lei 10.639

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveu, nesta semana, uma importante reunião entre o reitor, Professor Dr. Evandro Alberto, e representantes do movimento dos povos de matriz africana. O encontro teve como foco a participação dos alunos do curso de Comunicação Social na “Rota do Axé”, evento cultural que valoriza tradições afro-brasileiras.
Durante a reunião, o movimento apresentou propostas para aproximar a universidade das pautas étnico-raciais, destacando a criação de um curso de extensão voltado à história afro-brasileira. O objetivo da iniciativa é formar educadores mais preparados para aplicar a Lei nº 10.639/03 nas escolas piauienses.
Aprovada em 2003, a Lei 10.639 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as instituições de ensino fundamental e médio do Brasil. A medida visa combater o racismo, valorizar a contribuição do povo negro na construção do país e promover uma educação mais inclusiva e plural.
Para o reitor da UESPI, a discussão é fundamental para o fortalecimento da identidade cultural e da democracia. “A universidade tem o papel de fomentar a diversidade e a equidade no ensino”, afirmou.
A parceria entre a UESPI e os movimentos sociais é vista como um avanço concreto na luta contra o preconceito e na construção de uma sociedade mais justa. A expectativa é que as propostas apresentadas sejam implementadas ainda este ano.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Por que o Rio Grande do Sul é o estado com mais adeptos de religiões de matriz africana?



    Um dado do Censo 2022 surpreendeu muita gente: o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com o maior percentual de praticantes de religiões de matriz africana. São mais de 306 mil pessoas — o que representa 3,2% da população gaúcha. Mas por que justamente um estado do Sul, historicamente associado à imigração europeia, lidera esse ranking?
    
A resposta envolve história, resistência e, principalmente, consciência.
  Especialistas explicam que o RS tem se destacado por promover ações consistentes contra o racismo religioso e por valorizar as expressões culturais afro-brasileiras. Lideranças de terreiros, movimentos sociais e instituições civis atuam juntas para defender a liberdade de culto e combater o preconceito contra religiões como o Candomblé e a Umbanda.
    Outro ponto importante é o reconhecimento do passado escravocrata do estado. Ao encarar essa herança histórica de forma crítica, parte da sociedade gaúcha passou a apoiar políticas de valorização da cultura afro e ações de reparação simbólica.
    Além disso, os terreiros no RS são bastante organizados. Muitos estão reunidos em federações, desenvolvem projetos sociais e mantêm diálogo com o poder público. Essa visibilidade favorece não apenas a preservação das tradições, mas também fortalece a identidade dos praticantes.
    Em um país onde o preconceito contra religiões de matriz africana ainda é alarmante, o avanço do Rio Grande do Sul representa um exemplo de resistência e transformação. Mais do que estatística, esses dados revelam um processo de afirmação cultural e espiritual que precisa ser reconhecido e respeitado.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

DRACO deflagra operação contra facção em Campo Maior, Altos e Zona Norte de Teresina


    O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com apoio da Polícia Militar, deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) mais uma fase da Operação Pacto pela Ordem. A ação visa o cumprimento de 15 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa com atuação nos municípios de Campo Maior, Altos e na Zona Norte de Teresina.
    A ofensiva faz parte das medidas de intensificação da segurança nos últimos dias dos festejos de Santo Antônio, em Campo Maior, com foco especial no monitoramento de apenados que utilizam tornozeleira eletrônica.
    A operação tem como desdobramento a prisão de E. M., liderança de alto escalão da facção, conhecido como “geral do estado”. Entre os alvos, está F. C., o “Caça-Rato”, apontado como comandante da organização em Campo Maior, investigado por homicídio qualificado e tráfico de drogas.
    Também figura como alvo L. da S. A., identificada como “geral do estado – feminina”, com passagens por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e envolvimento direto com a facção criminosa. A ação reforça o compromisso das forças de segurança com a repressão qualificada ao crime organizado no Piauí.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Violenta operação destrói espaço sagrado de terreiro na Bahia e gera nota de repúdio


    Na manhã de ontem, o terreiro Ilê Axé Oyá Onira’D, na Bahia, foi alvo de uma ação policial que utilizou máquinas de demolição para destruir estruturas físicas e móveis do espaço religioso. A comunidade, profundamente abalada, afirmou que a operação foi conduzida sem qualquer aviso prévio ou diálogo com lideranças religiosas, apesar de haver “articulação e diálogo prévio com órgãos públicos”, segundo nota divulgada.
    A nota de repúdio descreveu o episódio como “ação violenta e desrespeitosa” e repudia a “operação arbitrária” que violou a integridade do local sagrado. A frase final, “Axé! Resistiremos!”, reforça a determinação dos filhos e filhas de santo em defender sua liberdade de culto.
    Especialistas ouvidos nesta manhã destacam que atos como este evidenciam persistente intolerância religiosa na região. Casos similares já foram documentados por entidades de direitos humanos em outros terreiros da Bahia, onde árvores sagradas e estruturas religiosas foram destruídas, gerando ações judiciais e mobilizações públicas teiadospovos.org+15cnnbrasil.com.br+15alagoinhas.ba.gov.br+15.
    O estado da Bahia instituiu em 2024 a Ronda Omnira, uma força especial para proteger espaços de religiões de matriz africana, mas episódios como este questionam a efetividade da medida. Representantes da comunidade agora exigem investigações rigorosas, responsabilização dos envolvidos e reparação pelos danos causados.
    Líderes religiosos relatam “frio e indignação” entre frequentadores, que se sentem desprotegidos e vulneráveis. A comunicação oficial das polícias ou das prefeituras envolvidas ainda não foi divulgada.
    O episódio reacende o debate sobre necessidade urgente de treinamento policial em liberdade religiosa e empatia cultural, reforçado por artigos do Código Penal que tipificam crimes contra culto religioso . A imprensa local e as redes sociais estão mobilizadas, com manifestações e protestos em apoio ao terreiro.
    Embora a operação tenha destruído fisicamente o espaço, líderes de fé afirmam que a força simbólica da ancestralidade e do axé permanece intacta — e que a resistência seguirá firme frente a qualquer tentativa de silenciamento.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Crescimento das Religiões de Matriz Africana no Brasil: Entre o Reconhecimento e a Intolerância

Cédito da Imagem:
Almapreta Jornalismo

    
O cenário religioso brasileiro tem passado por transformações significativas nas últimas décadas. Dados do Censo de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, cresceram de 0,3% para 1% da população brasileira. Embora ainda representem uma minoria, esse aumento indica uma maior visibilidade e reconhecimento dessas tradições religiosas no país.
    No entanto, esse crescimento tem sido acompanhado por um aumento alarmante nos casos de intolerância religiosa. Em 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou 2.472 casos de intolerância religiosa pelo Disque 100, representando um aumento de 66,8% em relação a 2023. As religiões de matriz africana foram as mais afetadas, com praticantes de umbanda e candomblé somando 289 dos casos reportados.
    Especialistas apontam que esse fenômeno está enraizado no racismo estrutural presente na sociedade brasileira. O preconceito contra as religiões afro-brasileiras é alimentado por fatores como a demonização dessas práticas por outras religiões, a falta de conhecimento sobre suas tradições e a associação racista com a população negra.
    Em resposta à crescente violência, líderes religiosos de matriz africana têm buscado maior representatividade política. Um estudo realizado pelo grupo de pesquisa Ginga, da Universidade Federal Fluminense (UFF), identificou 284 candidaturas associadas a crenças de matriz africana nas eleições municipais de 2024. Esse movimento é visto como uma reação à violência enfrentada pelos terreiros e uma forma de lutar por direitos e reconhecimento.
    A situação evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que promovam o respeito à diversidade religiosa e combatam o racismo religioso. É fundamental que a sociedade brasileira reconheça e valorize as tradições de matriz africana como parte integrante de sua identidade cultural e religiosa.

Movimentações no Piauí: Rota do Axé e Enfrentamento ao Preconceito

    No Piauí, o Povo do Axé tem se mobilizado para promover a valorização e o respeito às religiões de matriz africana. Uma das iniciativas é a criação da "Rota do Axé", um projeto que visa integrar terreiros de candomblé e umbanda ao circuito turístico do estado. A proposta é que esses espaços recebam visitantes interessados em conhecer e vivenciar as tradições afro-brasileiras, fortalecendo economicamente os terreiros e promovendo o combate à intolerância religiosa. Municípios como Teresina, Amarante, Floriano, Campo Maior, Pedro II, Piripiri e Parnaíba estão incluídos no projeto.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

PL 1.234/2025: Um retrocesso disfarçado de "liberdade" - Quando a montanha pari a serpente

    
Crédito da Charge: 
abrasco.org.br

O projeto "Liberdade Vacinal", do deputado Capitão Alberto (PL-PI), avança no Congresso como uma ameaça à saúde pública. Ao tornar a vacinação não obrigatória para acesso a escolas e serviços públicos, a proposta ignora décadas de evidências científicas e coloca em risco especialmente crianças e populações vulneráveis.
    Apoiado por grupos antivacina, o PL 1.234/2025 despreza pareceres técnicos de instituições como a Fiocruz, que alertam para o perigo do retorno de doenças erradicadas. A justificativa de "liberdade individual" esconde uma irresponsabilidade coletiva: vacinas são um pacto social, não uma escolha ideológica.
    A aprovação na CCJ, sem debate amplo com a comunidade científica, revela o viés ideológico da proposta. Enquanto países avançados reforçam campanhas de imunização, o Brasil caminha na contramão, incentivado por um discurso negacionista que já mostrou seus resultados trágicos durante a pandemia. Liberdade, sem responsabilidade, é apenas um nome bonito para o caos.

terça-feira, 3 de junho de 2025

Vereadora Conceição Lima (PT) propõe intérprete de Libras nas sessões da Câmara de Campo Maior: um passo importante pela inclusão

Vereadora Conceição Lima (PT)
Autora da Proposição
Crédito da imagem: TSE


    A acessibilidade está no centro de um novo requerimento apresentado na Câmara Municipal de Campo Maior. A vereadora Conceição Lima, do Partido dos Trabalhadores (PT), propôs que a Câmara disponibilize um tradutor ou intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para atuar durante todas as sessões ordinárias, extraordinárias, solenes e audiências públicas realizadas pelo Legislativo municipal.
    O objetivo do requerimento é claro: garantir o acesso de toda a população campo-maiorense às discussões e decisões políticas, especialmente das pessoas surdas ou com deficiência auditiva, que frequentemente são excluídas por barreiras comunicacionais.
    “É essencial que as pessoas surdas também possam acompanhar e participar da vida política da nossa cidade. Isso é um direito básico e uma questão de cidadania”, afirmou a vereadora Conceição Lima.
    A proposta também leva em conta a audiência que as sessões da Câmara alcançam pelas redes sociais. Sem a presença de um intérprete de Libras, parte importante da população continua sem acesso a essas informações públicas de interesse coletivo.
    A iniciativa da parlamentar reforça o compromisso com a inclusão, a transparência e o fortalecimento da democracia local. A presença de intérpretes de Libras nas sessões legislativas é um passo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e acessível.
    A inclusão começa com atitude. E a atitude já foi tomada pela vereadora Conceição Lima. Que a Câmara Municipal abrace essa causa e faça história pela acessibilidade em Campo Maior.

Desagravo: Contra o Preconceito Religioso em Pedro II – Yemanjá Merece Respeito

Entidades lutam contra o preconceito religioso

    
É inaceitável que, em pleno 2025, manifestações culturais e religiosas continuem sendo alvo de ódio. A instalação da imagem negra de Yemanjá em Pedro II, cidade marcada por raízes quilombolas e diversidade, foi recebida com uma avalanche de ataques preconceituosos nas redes sociais. Comentários ofensivos e ameaças revelam o quanto a intolerância ainda fere a liberdade de crença no Brasil.
    As palavras de Pai Carlos de Xangô ecoam como um grito de resistência: "Yemanjá é paz. É nossa ancestralidade". Os ataques não apenas ferem uma religião, mas atingem o direito de existir das comunidades afro-brasileiras. O Ministério Público do Piauí investiga os responsáveis, como deve ser em um Estado democrático.
    Em contrapartida, o movimento Caminho do Axé respondeu com dignidade, organizando um ato público de afirmação e respeito. Com cânticos, oferendas e união, mostraram que a fé não se cala diante da violência.
      A prefeitura e a Secretaria de Direitos Humanos reafirmaram o compromisso com a liberdade religiosa. A imagem será instalada, e que assim seja: como símbolo de resistência, cultura e justiça. Yemanjá merece seu lugar. E merece respeito.