domingo, 26 de novembro de 2017

O SOLDADO “CANINANA” E A CUMBUCA DE OVOS. (por Jacob Fortes. 23.11.2017).


Numa localidade erma, encravada no vazio do semiárido brasileiro, existia uma vila conhecida originalmente por Água de Dentro. Seus habitantes, ornados por uma miséria tão coletiva quanto próspera, eram pessoas simples; viviam da terra e dela tiravam o seu sustento. Décadas depois Água de Dentro elevou-se à categoria de cidade, desta feita sob a denominação de Riacho da Aurora.  Aliás, (permita-me o breve registro), foi na capela do Riacho da Aurora que se verificou, segundo o folclorista “Leota”, a mais excêntrica manifestação de regozijo por parte de um caboclo. Ao ouvir o oficiante proclamar: “eu vos declaro marido e mulher”, o recém-casado querendo reiterar à esposa o irresistível enlevo de tê-la desposado, expressou assim seu contentamento: Zefinha, ou bom ou mau, a desgraça tá feita!
Agora que bordei esta página com essa inusitada declaração de amor, possivelmente a mais feia e mais desagradável, retomo o curso da história da cumbuca de ovos.

Pois bem, numa casinha rústica da região interiorana do Riacho da Aurora residia uma viúva, Dona Etelvina, e seu único filho, o Quincas, apelidado de Quinzin. Semanalmente, acompanhada de Quinzin, Dona Etelvina, depois de enfatiotar-se de trajes domingueiros, endereçava-se à feira do Riacho da Aurora para aprovisionar-se de mantimentos próprios da despensa cabocla. Para custear essas aquisições levava uma cumbuca contendo muitos ovos de cocar, geralmente uma gros

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