Postagem em destaque

Academia de Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC) celebra 14 anos com posse de nova imortal

Mazé Félix (ao centro) recebe as boas-vindas dos acadêmicos Ontem (30/08), ao comemorar seus 14 anos de criação, a Academia de Letras do Ter...

Mostrando postagens com marcador Estatuto do Idoso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estatuto do Idoso. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Solidão maltrata o corpo e a mente dos idosos

Resultado de imagem para foto idoso abandonado

O que nos impede de sermos generosos com os nossos idosos? Será se não vamos envelhecer? Por que essa cultura de abandonarmos os nossos idosos?

Essas perguntas deveriam ser feitas diariamente. A cada dia a população brasileira envelhece e não nos preparamos para os desafios que enfrentaremos. A nossa pressa é tamanha que pensamos que não envelheceremos nunca.

Há uma cena que o voluntário José Elias Vieira dos Santos já se habituou a ver. Não que se acostume com a ideia. São pessoas chegando ao Lar Samaritano, uma instituição para idosos em Águas Lindas de Goiás, com ordem judicial. “Como o Estatuto do Idoso estabelece que mais de 30 dias sem visita já é abandono, os parentes são acionados pelo Ministério Público”, explica o administrador da casa. A realidade do abrigo localizado no Entorno do Distrito Federal não é diferente da de outras cidades e países. Com o aumento da expectativa de vida, o mundo observa a formação de um exército de solitários.

Embora esse sentimento possa recrutar para suas fileiras pessoas de qualquer idade, o idoso está na linha de frente. “Nessa fase da vida, ele se depara com situações delicadas, como a perda ou o afastamento de pessoas queridas, doenças, aposentadoria, perda do corpo jovem e da independência, entre outros”, destaca a psicóloga Cecília Fernandes Carmona, autora do artigo A experiência de solidão e a rede de apoio social de idosas, publicado na revista Psicologia em Estudo. “Esse é um período de muitas transformações, marcado especificamente por várias perdas. O sentimento de solidão pode ser percebido como mais agudo pelo idoso por ele estar passando por todas as vicissitudes dessa fase”, explica.

Nos últimos anos, diversos estudos têm apontado uma forte associação entre a solidão e a incidência de doenças crônicas em idosos. De fato, pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram que o isolamento pode aumentar o risco de morte em 14% nas faixas etárias mais avançadas. O trabalho, liderado pelo psicólogo e especialista no assunto John Cacioppo, descobriu que o estresse provocado por essa sensação induz respostas inflamatórias nas células, afetando, entre outras coisas, a produção dos leucócitos, estruturas que defendem o organismo de infecções.

Uma outra pesquisa, da Universidade de Brigham Young, publicada na revista especializada Perspectives on Psycological Science, comparou estatísticas de mortalidade e constatou que a solidão é tão prejudicial à saúde quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólico. Recentemente, a revisão de 23 artigos científicos levou pesquisadores da Universidade de York a concluir que a solidão aumenta em 29% o risco de doenças coronarianas e em 32% o de acidentes vasculares. “Intervenções focadas na solidão e no isolamento social podem ajudar a prevenir duas das principais causas de morte e incapacidade em países de renda alta”, alertaram os autores.

Está interessado pela matéria?

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Violência contra idosos

Imagem: asdbnotícias.com

Nos dias de hoje, as questões relativas a violência está fortemente presente em nossa sociedade. As causas podem ser originárias de uma crise geral seja política, social e/ou econômica, que envolvem todos os setores da vida social.

Os grupos mais vulneráveis atingidos pela violência, seja ela de qualquer origem, têm maior prevalência na população infantil, jovens, pessoas portadoras de deficiência, mulheres e pessoas idosas.

Em relação à pessoa idosa, a violência é uma violação aos direitos humanos e é uma das causas mais importantes de lesões, doenças, perda de produtividade, isolamento e desesperança. É um fenômeno universal e representa um importante problema de saúde pública.

Não se trata apenas de violência física, pois existem várias outras formas veladas e mascaradas. Ela pode se manifestar como psicológica, econômica, moral, sexual, ocorrendo no meio familiar, social, institucional, estrutural, resultando em atos de omissão e negligência.

Mesmo com a existência do Estatuto do Idoso, os direitos dos idosos são desrespeitados, sento tratados ou como “crianças” ou como “pessoas incapazes”.

Apesar destes problemas estarem ganhando mais visibilidade, tendo se tornado uma importante questão para a saúde pública em nossa cidade, ainda há muito que avançar. 

Será necessário que todos participem ativamente deste movimento, envolvendo a comunidade, estimulando o compromisso e a responsabilidade de todos, a fim de que todos estejam imbuídos no seu papel de responsabilidade para a preservação dos direitos das pessoas, construindo assim, um caminho de cultura de paz na cidade de São Paulo.

Nós, os profissionais de saúde, temos grande responsabilidade na prevenção, diagnóstico e tratamento da violência contra pessoas idosas. Para tal, necessitamos organizar nossos serviços para garantir a atenção a esse grupo etário, oferecendo condutas adequadas através de profissionais preparados e sensibilizados que garantam acesso e acessibilidade, tratem com respeito e dignidade, garantindo assim, o direito à saúde e condições importantes para que também não sejam os perpetradores de violência contra essas pessoas.

É fundamental que a sociedade vença a postura de negligência em relação as questões de violência, e enfrentem de frente tais questões, denunciando todo tipo de violência, ampliando assim, o papel cidadão de toda uma sociedade.

Somente assim será possível erradicar as causas das diversas violências sofridas por esta fatia da população.

Um rico instrumento para garantia dos direitos da população idosa é o Disque Denúncia, já que a grande maioria não denuncia, por medo, vergonha e principalmente por ter uma relação próxima com os agressores, e que geralmente se inicia no próprio seio familiar.

O Estatuto do Idoso prevê todas as formas de aumentar o respeito, todas as políticas públicas voltadas para sua proteção, cuidado e qualidade de vida.