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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Chefão da Abril: "Imprensa pecou feio. É a vida"

Jornalista José Roberto Guzzo, membro do conselho editorial da Editora Abril e um dos responsáveis pela linha editorial de Veja, que previu estádios prontos apenas em 2038, reconhece a pisada de bola; "É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou de novo, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites. O Brasil, coitado, iria se envergonhar até o fim dos tempos com a exibição mundial da inépcia do governo", diz ele; "deu justamente o contrário", lamenta, antes de um conformado "é a vida"; de fato, a Abril perdeu de goleada ao apostar no mau humor


247 - A revista Veja deste fim de semana traz um mea culpa de um dos homens fortes da Editora Abril, o jornalista José Roberto Guzzo, que já dirigiu Veja e Exame, pertence ao conselho editorial da casa e é um dos responsáveis pelas políticas editoriais do grupo. O texto, chamado "Errando à luz do sul", confirma a tese da presidente Dilma Rousseff, que na sexta-feira, falou que a imprensa nacional errou bastante ao prever um desastre na Copa.

Sem rodeios, Guzzo vai direto ao ponto. "É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou de novo, e pecou feito, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites. O Brasil, coitado, iria se envergonhar até o fim dos tempos com a exibição mundial da inépcia do governo para executar qualquer projeto desse porte, mesmo tendo sete anos para entregar o serviço", diz ele.

"Deu justamente o contrário. A Copa de 2014, até agora, foi acima de tudo o triunfo do futebol", diz ele. "Para efeitos práticos, além disso, tudo funcionou: os desatinos da organização não impediram o espetáculo, os 600 000 visitantes estrangeiros acharam o Brasil o máximo e 24 horas depois de encerrado o primeiro jogo ninguém mais se lembrava dos horrores anunciados durante os últimos meses. É a vida", lamenta.

Guzzo reconhece ainda o risco das apostas erradas, como fez Veja ao prever que os estádios só ficariam prontos em 2038. "A Copa de 2014 é uma boa oportunidade para repetir que a imprensa erra, sim - mas erra em público, à luz do sol, e se errar muito acabará morrendo por falta de leitores, ouvintes e telespectadores. Ao contrário do governo, que jamais reconhece a mínima falha em nada que faça, a imprensa não pode esconder suas responsabilidades".

Na última linha, porém, ele faz um alerta. "Esperemos, agora, a Olimpíada do Rio de Janeiro". Será que Veja vai liderar o movimento #naovaiterolimpiada?

Crédito da matéria: http://www.brasil247.com

domingo, 22 de junho de 2014

Diretor bom, escola que funciona

Para o bem ou para o mal, ele faz a diferença. Um bom profissional aumenta o desempenho dos alunos; com o mau, se dá o contrário


João Batista Araujo e Oliveira

Alunos na lousa, na sala de aula
Alunos na lousa, na sala de aula (Getty Images/BananaStock RF)


Ensino de qualidade

Este artigo faz parte de uma série publicada quinzenalmente em VEJA.com sobre os desafios do ensino fundamental no Brasil — e as estratégias para superá-los.

Os textos são de autoria do Instituto Alfa Beto, que promove o Prêmio Prefeito Nota 10, iniciativa que vai identificar e recompensar o município brasileiro que mantém a melhor rede de ensino. A premiação será realizada no segundo semestre.


Prefeitos fazem diferença. Há prefeitos dinâmicos e prefeitos passivos. Há prefeitos empreendedores e prefeitos reativos. Há prefeitos que fazem um primeiro mandato excelente, mas se acomodam no segundo. Em qualquer organização humana, qualquer que seja o grau de padronização, pessoas fazem diferença. Não poderia ser diferentes nas escolas.


Diretores fazem diferença. Para melhor ou para pior. Bons diretores conseguem aumentar rapidamente o desempenho dos alunos. Maus diretores conseguem piorar o desempenho rapidamente.

Mas o que são bons diretores? Como eles agem?


As características de um bom diretor não são bem conhecidas, mas são muito semelhantes às características dos bons executivos: liderança, capacidade de juntar as pessoas para atingir resultados e capacidade de usar os recursos da administração para facilitar a vida das pessoas.  


Diretores agem indiretamente. Eles criam um clima de respeito, ordem e disciplina dentro da escola. Eles cuidam que a infra-estrutura esteja à disposição do trabalho acadêmico. E eles concentram sua energia junto aos professores, para que esses ensinem o que precisa ser ensinado de forma adequada. Como a função da escola é ensinar, quando o diretor foca o trabalho da escola no ensino, os resultados tendem a aparecer mais rapidamente. E quando ele não faz isso, ou faz isso mal, os resultados logo pioram.


Diretores bons conseguem melhorar os resultados quando ficam mais tempo na escola. Alguns estudos indicam que até 6 ou 8 anos é um prazo adequado para o diretor permanecer na mesma escola e conseguir melhorá-la. Na prática, a maioria dos diretores permanece entre 3 e 5 anos nas escolas – o que não permite que essas atinjam o seu melhor desempenho.


Bons diretores procuram boas escolas: bons sistemas de ensino evitam isso, colocando os bons diretores nas escolas que mais precisam deles. Bons sistemas de ensino também evitam que maus diretores permaneçam nas escolas. Nem todo diretor dá certo sempre: há pessoas certas e estilos gerenciais adequados para diferentes momentos da vida de uma escola. O homem certo no lugar certo na hora certa.

João Batista Araujo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa Beto
Crédito da matéria e da foto: veja on-line