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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

MEC estuda separar Enem entre prova de certificação e prova para vestibular


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 11, que o governo estuda a separação de provas para os alunos que querem apenas a certificação no segundo grau dos que querem concorrer a uma vaga na universidade. Dos pouco mais de 6 milhões que prestam provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado, 800 mil tinham objetivo obter o diploma e os 5,2 milhões demais são candidatos às universidades.
A dificuldade de mudar o sistema, de acordo com o ministro, é que muitos estudantes que, a princípio, querem apenas o diploma de conclusão daquele ciclo escolar, depois acabam usando a mesma nota do Enem para acessar o ensino superior, sem precisar de nova prova.
"Por isso, estamos avaliando bem esta questão", declarou Mercadante.
Em caso de separação das provas, o aluno precisaria se submeter a novo exame. Mas o ministro entende que o método precisa ser alterado. "O sarrafo não é adequado", comentou, ao explicar que não seria preciso que todos se submetessem à mesma prova, já que, muitas vezes, o aluno se submete ao Enem para certificação de apenas uma ou duas disciplinas e não para todas as matérias.
"A dificuldade é exatamente fazer um exame que contemple as duas pontas, que certifique bem e permita um bom acesso à universidade", comentou, acrescentando que o objetivo é sempre aprimorar mais o exame, a segurança do sistema. "Precisamos analisar se, de fato, para a certificação, o Enem é adequado, ou se precisa mudar."
Dois Enens
O ministro da Educação não quis falar sobre a possibilidade da realização de dois Enens no mesmo ano, um pleito dos estudantes para terem duas oportunidades por ano de ingressar no ensino superior. Questionado se poderia ter dois exames, o ministro foi lacônico: "Não posso te dizer isso".

Mercadante explicou ainda que o Ministério da Educação (MEC) está trabalhando para "separar o Enem da certificação". Ele lembrou que hoje, Enem, certificação, Financiamento Estudantil (Fies), Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni), Ciência sem Fronteira (CsF) são feitos usando os mesmo critérios.
"É muito difícil você assobiar e chupar cana ao mesmo tempo, ou seja, é muito difícil ter um exame que dê conta das duas coisas", disse Mercadante.
Enade digital
Mercadante contou que o MEC pretende também fazer alguns provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de forma digital - a prova é destinada ao aluno que está concluindo o ensino superior.

Como exemplo, citou a possibilidade de Enade para cursos como Música, porque o exame pode se tornar mais interessante e mais específico. Mas ele reconheceu que ainda não é possível fazer isso para todos os estudantes do Enade, ao lembrar que o último foi prestado por 550 mil estudantes. A ideia é fazer com alguns alunos, de certas áreas.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Como mudar a Educação no Brasil?

1 Usar de modo eficiente o tempo em sala de aula
Muitas das medidas que poderiam causar grande transformação na sala de aula não acarretariam em gasto algum. Usar de maneira eficiente o tempo em que alunos já estão na escola é uma delas.
Estudo do Banco Mundial divulgado no ano passado, realizado a partir da observação in loco de pesquisadores da instituição, mostrou que apenas 66% do tempo de sala de aula no Brasil é gasto efetivamente com o ensino.
Outros 34% são desperdiçados com atividades burocráticas, como chamada, a cópia de deveres de casa ou pedindo disciplina. A cota de “desperdício” em países da OCDE é de apenas 15%. Usar sabiamente o tempo em sala de aula é uma das mais baratas e eficientes maneiras de melhorar a educação no Brasil.
2 - Abandonar ideia de que só vale agir com mais dinheiro
Virou moda no Brasil pensar que os problemas da educação só serão resolvidos se houver muito mais dinheiro para o setor. Nesta linha, a principal bandeira da União Nacional dos Estudantes e de alguns parlamentares é a destinação imediata de 10% do PIB para a educação.
país que mais investe no mundo hoje, a Islândia, despeja apenas 7,8% de sua riquezas.
“É um fetiche por um número redondo”, afirma Gustavo Ioschpe, economista especialista em educação.
O problema real desta ideia é que causa uma aparente paralisia dos envolvidos para as melhoras que podem – e devem – ser efetuadas agora. Enquanto a agenda quantitativa é perseguida com lobby no Congresso, a qualitativa fica esquecida por professores e gestores que compram a ideia de que só mais verba permitirá a melhora da educação no Brasil.
3 - Universalizar a educação de verdade
Nas últimas duas décadas, o Brasil quase conseguiu universalizar a educação pública em um processo notável e propalado pelos governantes de plantão.
A palavra universalizar, no entanto, esconde ainda um montante de 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola, segundo dados do Movimento Todos pela Educação.
O problema é concentrado no universo de crianças entre 4 e 5 anos e jovens acima de 14 anos. No meio deles, a educação é quase universalizada. Rumo a uma educação de qualidade, o Brasil deve avançar mais.
4 - Reformular o Ensino Médio
Do estado periclitante da educação brasileira, nenhum é tão ruim quanto do Ensino Médio. Entre as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a do ensino médio é a mais baixa: 3,1, de 10.
Parte das pessoas culpa o número de disciplinas ensinadas aos estudantes, 13; a outra, a maneira enciclopédica, que tenta ser passada de maneira mais profunda que o necessário.
Escreveu em um blog um aluno bolsista  da Fundação Estudar, quando estudava nos Estados Unidos: “Aqui o aluno não tem que aprender Matemática, Biologia ou Geografia em detalhe”, constatou.
O fato é que o assunto voltou à tona recentemente, quando o Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, mostrou disposição de mudar o ensino médio, tornando-o mais multidisciplinar e integrado.
5 Implantar a meritocracia para professor
Prática adotada em várias profissões com ótimos resultados, a meritocracia ainda precisa ser implantada de verdade no país, mas com cuidados. Em educação, o conceito não se restringe ao pagamento de bônus.
Este, inclusive, demanda cuidados. As pesquisas no setor não permitem concluir se o sistema funciona, ou como deveria funcionar.
O principal problema é isolar o papel do professor. Como dar menor bônus a um docente do 6º ano que conseguiu elevar o desempenho de alunos com deficiências em 50%, em relação ao professor que, com uma turma já melhor formada, quase nada fez? Mesmo que, ao final do ano, o desempenho da segunda turma ainda seja melhor.
Mas meritocracia é um conceito amplo que deve permear todo o sistema: da escolha dos gestores aos repasses para a escola, entre outros. 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

MEC quer integrar currículo do ensino médio nas 4 áreas do Enem

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira que o MEC estuda mudar o currículo do ensino médio, passando a seguir o modelo adotado pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que integra as disciplinas em quatro grandes áreas do conhecimento: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática.


Mercadante disse que a mudança no currículo do ensino médio – que hoje conta com pelo menos 13 disciplinas – será feita em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Hoje, 86% da oferta de ensino médio cabe às redes estaduais de ensino. De acordo com o ministro, a meta da parceria é atrair cerca de 970 mil jovens de 15 a 17 anos de idade que estão fora da escola.
Entre as ações em análise para reformulação do ensino médio está a oferta de bolsas de estudos e de pesquisas para estimular a vocação de jovens para as carreiras de professor e de cientista. Outra proposta é a ampliação do ensino profissionalizante, que pode ser feito paralelamente ao ensino médio. A meta é ofertar 8 milhões de vagas até 2014.
As propostas foram apresentadas pelo ministro durante audiência pública da manhã desta quarta-feira, na Câmara dos Deputados.