Postagem em destaque

Academia de Letras do Território dos Carnaubais (ALTEC) celebra 14 anos com posse de nova imortal

Mazé Félix (ao centro) recebe as boas-vindas dos acadêmicos Ontem (30/08), ao comemorar seus 14 anos de criação, a Academia de Letras do Ter...

Mostrando postagens com marcador violência nas escolas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador violência nas escolas. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

SINTE-PI DIZ QUE VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES AUMENTOU NOS ÚLTIMOS ANOS

Crédito da matéria: Portal O Dia
O Piauí registra cerca de 48 casos de violência nas escolas públicas por mês. É o que aponta o levantamento realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí (Sinte/PI).
Somente em 2016, foram quase 600 casos em pouco mais de sete meses, número quatro vezes maior do que o registrado no ano de 2013, quando houve 136 ocorrências. Dentre os registros, os mais comuns são agressão física, furtos, ameaças, arrombamento, uso de drogas, apedrejamento, assaltos, entre outros. Somente nos últimos 15 dias, três casos de violências nas escolas, com agressão fí-sica a professores, foram registrados.
Um deles ocorreu semana passada, quando uma aluna agrediu fisicamente a diretora da Unidade Escolar Firmina Sobreira, na zona Norte de Teresina. O estudante teria se irritado diante das advertências acerca do fardamento inadequado. Já no começo do mês, um professor foi esfaqueado um dia depois de ter impedido uma aluna de colar em uma prova, na Escola Municipal Professora Cristina Evangelista, no bairro Três Andares, zona Sul de Teresina.
Segundo Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI, essas situações acabam desestimulando os professores de realizarem seu trabalho e podem ocasionar a evasão escolar dos alunos, devido ao medo e a constante sensação de insegurança. Para Paulina, o poder público deve criar políticas públicas com o intuito de minimizar ou acabar com os casos de violência nas escolas.
“A nossa luta é por escola de qualidade, socialmente referenciada, e não um ambiente desse. Profissionais procuram segurança pública. Temos buscado conversar com esses profissionais e reafirmamos que repudiamos esse tipo de violência”, afirma a presidente do Sindicato.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Professor esfaqueado na sala de aula por aluna é matéria nacional

Repercutiu nos grandes veículos nacionais de comunicação a violência contra um professor em sala de aula. Proibida de continuar a prova por ter sido flagrada "pescando", uma aluna do EJA da Escola Municipal Cristina Evangelista, no Bairro Três Andares, sul de Teresina, armou-se de uma faca e tentou ferir o professor. 

A aluna após desferir um golpe de faca na mão do professor, foi contida pelos alunos, que a retiraram da sala de aula.

Segundo a Semec (Secretaria Municipal de Educação), na noite anterior, a estudante, que cursa o EJA (Educação de Jovens e Adultos), foi flagrada colando e foi proibida pelo professor de continuar a responder a prova. Insatisfeita,no dia seguinte, ela foi armada com uma faca peixeira para escola e atacou o professor dentro da sala de aula.

Os casos de violência contra docentes em sala de aula no Piauí tem crescido assustadoramente, levando a categoria a ter receio de ministrar aulas em determinadas unidades escolares, quando é visível a violência no entorno da escola.

No caso da estudantes, embora maior, teve seu nome preservado pela Secretaria de Educação, bem como o nome do docente.

A família da aluna já foi avisada que a mesma será transferida, bem como o professor, que após o episódio, ficou abalado emocionalmente, além da ameaça da aluna que afirmou que matará o professor quando o encontrar.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Adolescente de 15 anos atira em aluna dentro de escola

A onda de violência dentro das escolas brasileiras continua preocupando professores e pais em todo o país. Na manhã de hoje (sexta-feira, 21), um adolescente de 15 anos conseguiu entrar numa escola municipal da periferia de João Pessoa e deflagrou três tiros contra uma adolescente de 14 anos.


Segundo informações da polícia paraibana, a menina estava em sala de aula quando o adolescente invadiu o local, entre uma aula e outra, e atirou contra ela. A garota foi atingida no abdômen por três tiros, sendo socorrida pela PM e submetida a cirurgia e seu estado é grave.

A polícia investiga se o crime tem motivação passional, pois colegas da garota informaram que eles já haviam namorado. Imagens das câmeras de monitoramento da escola foram recolhidas para serem analisadas pela polícia.

briga3
Fatos dessa natureza, que surgem diariamente, remetem à preocupação de educadores e famílias quais os caminhos que devem ser percorridos para inibir tamanha violência. O tema é, inclusive, a maior preocupação da sociedade brasileira, associada à falta de segurança nas escolas. Os dados foram divulgados hoje, na Conferência Nacional de Educação. A valorização de professores e funcionários vem em segundo plano.



Certamente que o jogo de se encontrar os culpados deve continuar, enquanto isso, vidas são interrompidas por armas que estão nas mãos erradas, sem contar com as ameaças e agressões físicas que povoam as redes sociais.

Que tipo de ação deve ser tomada para inibir sentimento de tamanha agressividade?

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Escola é violenta com aluno, diz Cristovam Buarque

Bastante interessante a entrevista do senador no Portal G-1 e que nós reproduzimos para que possamos ter uma noção mínima sobre os debates realizados sobre tão importante tema.

Para senador e ex-ministro da Educação, escola no Brasil está 'sem moral' e 'professores são tratados como seres sem importância'.

Da BBC
Para Buarque, para solucionar problema da violência no curto prazo 'só colocando valium na merenda' (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)Para Buarque, para solucionar problema da violência no curto prazo 'só colocando valium na merenda' (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Um dos grandes defensores da educação como instrumento de transformação do Brasil, o senador Cristovam Buarque considera que o problema da violência na rede pública de ensino do país é gerado principalmente por causa da desvalorização da escola como instituição.

Em entrevista exclusiva à BBC Brasil, Cristovam afirma que a escola no Brasil "está sem moral". "A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os jovens sabem que saindo com o curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, não vai fazer diferença, porque o curso não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno na escola", explica.

Ministro da Educação do governo Lula entre 2003 e 2004, Cristovam Buarque chegou a se candidatar à Presidência em 2006 levantando como principal bandeira a "revolução na educação de base". Ele acredita que só ela poderia resolver de vez o problema da violência e fazer com que a escola voltasse a ser respeitada no país.
BBC Brasil - Como o senhor define o problema da violência nas escolas do Brasil? Por que ele acontece?
Cristovam Buarque - A sociedade brasileira é uma sociedade muito violenta hoje, então as pessoas se sentem no direito de agir violentamente, às vezes, até não necessariamente com agressão física, mas com palavras.
As escolas estão rodeadas de traficantes, a violência do meio influencia. O outro é o fato de que a escola não é uma instituição valorizada e, ao não ser valorizada, as crianças também entram na mesma onda da não valorização, se sentem no direito de quebrar os vidros, se sentem no direito de levar as coisas pra fora.
Aqui mesmo na UnB (Universidade de Brasília), eu vi a enciclopédia britânica sendo rasgada, porque o aluno em vez de tirar o xérox da folha que ele precisava, arrancou a página e levou. Os próprios professores são tratados como seres sem importância, que ganham salários baixos. Além disso os jovens sabem que saindo com o curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, ele sabe que não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno da escola.
BBC Brasil - Quais as consequências da violência na escola para a educação no país?
Cristovam Buarque - A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os professores hoje estão fugindo, porque o salário é baixo e há muito desrespeito com relação à profissão deles. Quando a gente analisa o concurso para entrar na universidade, o vestibular, os últimos cursos na preferência dos vestibulandos são pedagogia e licenciatura, isso gera um clima de desvalorização.
Para entrar em medicina são 50 por vaga, para pedagogia às vezes têm mais vagas que candidatos. Isso gera desvalorização. E aí as pessoas ficam quebrando as coisas, são violentas. Cria um ciclo vicioso. A desvalorização da escola aliada à violência do país induz à violência dentro da escola.
É preciso ter disciplina na escola, mas para o professor ser agente da disciplina, ele tem que ter moral. Só que a escola hoje está sem moral. Uma das coisas básicas da disciplina é o aluno chegar na hora. Como chegar na hora se nem o professor dele chega na hora? Se o professor dele ficou dois meses de greve?
O professor se vai um dia, não vai outro. A ausência do professor no Brasil é tão grande quanto a do aluno. Eles faltam igualmente. Então está faltando moral na escola.
BBC Brasil - Quais seriam as medidas a curto prazo para conter o problema?
Cristovam Buarque - Eu não vejo como resolver isso no curto prazo, só se for atribuindo Valium (calmante) para todo aluno, se colocar Valium na merenda. Brincadeira, mas é que é difícil ver uma solução a curto prazo. Qual o caminho a médio e longo prazo? Valorizar a escola, hoje o salário médio do professor na escola é R$ 2 mil, se você pagar menos do que paga para quem vai ser engenheiro ou médico, os melhores não vêm, eles não vão querer ser professores.
Você tem que ter um salário compensador, eu calculo R$ 9.500. Só que para merecer esse salário, tem que ter um processo muito rígido de seleção do aluno, para ver se a pessoa tem vocação, tem que quebrar a estabilidade plena de que o professor continue no cargo sem se aperfeiçoar, tem que ser uma estabilidade sujeita a avaliações.
Para a escola ser respeitada, o prédio tem que ser respeitado. As pessoas não saem quebrando shopping, porque é um prédio bonito, confortável. As crianças se sentem desconfortáveis na escola, por isso que elas são violentas. A verdade é que a escola é mais violenta com o aluno do que o aluno com ela. Ela obriga o aluno ficar sentado 6, 7 horas numa cadeira desconfortável, num prédio feio e mal cuidado.
Como fazer isso funcionar no Brasil a curto e médio prazo? Ir implantando isso por cidade. Leva 20 anos no país todo, mas precisa de um ou dois anos para fazer em uma cidade. E até lá, como faz? É o que estão fazendo, colocar polícia, bom diretor. A polícia tem que ficar longe da escola, mas no longo prazo. No curto prazo ela é uma necessidade, porque ela diminui a violência da sociedade que está na escola.
Além disso, é preciso identificar os alunos violentos. Um só jovem faz uma violência que desmoraliza a escola inteira. Então identificando os jovens que são agentes da violência você resolve o problema, levando ao psicólogo, tratando esse jovem.
BBC Brasil - O que o senhor acha do modelo de educação nas escolas de hoje?
Cristovam Buarque - Não dá para seduzir uma criança com métodos seculares como quadro negro, tem que ser computador, vídeo. O professor tem que ser capaz de cavalgar a tecnologia da informação, de se comunicar com a criança usando o computador. E finalmente a escola tem que ser 6h ou 7h por dia. O menino se comporta melhor na escola que ele fica o dia inteiro porque ela passa a ser um pouco da casa dele, a escola tem que ser a extensão da casa da criança.
BBC Brasil - Aprovou-se no ano passado a medida de destinar 10% do PIB pra educação. Esse dinheiro é suficiente? Então qual é o problema da educação hoje em dia (se não é dinheiro)?
Cristovam Buarque - O problema é dinheiro, mas não é só dinheiro. Se chover dinheiro no quintal da escola, a primeira chuva vira lama. Se aumentar muito o salário do professor agora, isso não vai mudar nada. Precisa de todas ações juntas, a revolução mesmo da educação. Para pagar os R$ 9 mil (para os professores), para construir as escolas novas, você precisa de 6,5% do PIB (na educação de base, sem contar investimentos nas universidades).
Esse negocio de 10% do PIB foi uma farsa. Por que não colocaram 10% da receita? Porque ao dizer que é do PIB, ninguém sabe de onde vai sair o dinheiro. O PIB não existe, ele é um conceito abstrato de estatística.
Para fazer a revolução a qual eu me refiro, nós precisamos para a educação de base R$ 441 bilhões em 20 anos, por isso que eu digo 6,4% do PIB. Se supõe que pré-sal vai dar R$ 225 bi, ele poderia ser uma fonte desse dinheiro. Eu peguei 15 fontes de onde a gente poderia conseguir esse dinheiro e com elas a gente pode chegar a R$ 750 bi. (Quais fontes?) São várias, não vou citar todas aqui. Mas por exemplo, quem vai querer um imposto sobre as grandes fortunas, reduzir publicidade do governo, eliminar subsídio que se dá para educação privada, porque se a pública vai ser boa, não precisa bancar a privada, ou então voltar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), só que fazer ela ser toda destinada pra educação, pegar 50% do lucro das estatais que vão pro governo, usar rentabilidade de reservas?
Tudo isso dá o dinheiro que a gente precisa. Não precisa dos 10% do PIB. Isso não existe. Eu defendo a federalização das escolas para tornar o ensino público uma referência no Brasil. Hoje, das 196 mil escolas públicas que nós temos, pouco mais de 520 são federais e essas são boas. A seleção do professor é mais cuidadosa, as instalações são melhores o regime de trabalho é melhor. Temos que levar esse padrão para todas as outras.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

No Piauí, mais de 44 mil docentes trabalham em mais de uma instituição

Levantamento da Sinopse Estatística da Educação Básica 2012, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que utiliza como base o Censo Escolar, apontou que exatamente 44.351 mil professores dão aulas em mais de uma escola no Estado do Piauí. O número mostra pequena queda em relação ao registrado em 2011, quando o índice mostrava que mais de 45 mil professores – pertencentes a todas as redes de ensino – trabalhavam em duas ou mais escolas.

São várias as razões que levam os professores a pedir transferências, desde as questões práticas, como o desejo de trabalhar em uma instituição que fica perto de casa, até problemas mais preocupantes, como ameaças, condições precárias de trabalho e violência. A aprovação de docentes em concurso públicos também está entre os motivos de transferência. Para os alunos, o resultado desta migração dos professores, é a mudança comportamental dos estudantes e também a queda do rendimento e produtividade.

Existem diversas denúncias de professores que apontam para a insegurança sentida nas salas de aula e as escolas ainda não oferecem atendimento psicológico para alunos e profissionais e também não há ações que procuram envolver os pais com as escolas.
Os motivos de transferência dos professores são relativos e também dependem de cada região. Muitos professores que moram no interior, por exemplo, onde não há atendimento adequado de saúde, acabam pedindo transferência para outros lugares quando apresentam algum problema de saúde.

Cristina Garbuio é supervisora pedagógica de matemática do Instituto Qualidade no Ensino (IQE) e explica que os professores normalmente ficam inseguros em assumir uma turma na metade de um período letivo, porque na maioria das vezes eles precisam dar continuidade a um trabalho sobre o qual, em grande parte das vezes, falta mais detalhes e informações.Além disso, Cristina diz que o processo avaliativo dos alunos também fica prejudicado, porque ele é baseado no avanço de aprendizagem de cada estudante, o que é feito através de avaliações diárias feitas pelo professor. Além disso, ela considera que este avanço está ligado à didática utilizada pelo professor e também pela afetividade que há entre professor e alunos.
A especialista ainda considera que ainda está muito longe da realidade do Brasil a verificação de professores que trabalham em apenas uma escola, e que são remunerados pelo período diário em que se dedicam à preparação de aulas. Ela completa ainda que o trabalho do professor, sem dúvida fica comprometido quando ele dá aula em mais de uma instituição e é responsável por muitas turmas.

A especialista cita como exemplo a Coreia do Sul, país onde os professores trabalham respeitando regime de dedicação exclusiva e ainda têm direito garantido pela lei para trabalhar quatro horas por dia com foco no preparo das aulas e atendimento aos alunos.
FONTE: Notíciabr