segunda-feira, 29 de outubro de 2012

FELIZ DIA DO LIVRO

Hoje, dia 29 de outubro, é o Dia Nacional do Livro. E que invenção maravilhosa foi o livro, cujas páginas são folheadas com interesse e encantamento desde o antigo Egito. Era o livro o veículo principal de transmissão de conhecimento. Inicialmente tinha o formato de rolos feitos de papiro. Depois, o papiro deu lugar ao pergaminho, material mais resistente, podendo ser costurado, razão pela qual os cilindros foram substituídos pelo códice, um objeto de formato semelhante ao livro atual.

No Brasil, a impressão de textos só se deu com a vinda da família real, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia, em 13 de maio de 1808. No dia 29 de outubro de 1810, foi criada a Biblioteca Nacional, com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Rio de Janeiro. O Dia Nacional do Livro foi instituído para celebrar esta data. A história é interessante e nos ajuda a entender a necessidade que o homem teve de inventar a escrita e de criar meios pelos quais suas ideias pudessem ser comunicadas ao maior número possível de pessoas. Ajuda a entender a necessidade que o homem teve de dialogar consigo mesmo enquanto escrevia, para dialogar com o outro, que o leria. Necessidade de transmitir conhecimentos e de receber conhecimentos. Isto é o livro.


Mas, a facilidade que temos hoje de imprimir qualquer coisa que escrevemos se deve a um alemão chamado Johannes Gutemberg. Ele inventou a impressora de tipos móveis – século XV – agilizando a produção de livros. A partir daí as máquinas mecânicas e as máquinas cerebrais do homem não pararam de se movimentar, popularizando o livro, abrindo caminho para que a edição se transformasse num processo industrial. E nasceu, então, a possibilidade de que as diferentes ideias que se proliferam a cada minuto no mundo se espalhassem por todos os lugares e em todas as direções.


A leitura é uma porta aberta para horizontes infinitos, é um passaporte para o livre conhecimento. E o livro - objeto de desejo do ser humano - deixa, em quem o lê, a marca do autor com quem dialogou. Nós lemos e escrevemos porque somos movidos pela necessidade de conhecimento do mundo que construímos. Monteiro Lobato disse que “Um país se faz com homens e livros”, e, “Ainda acabo fazendo livros onde as crianças possam morar”. Na ideia de Mário Quintana, “O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê. Bill Gates, fundador da Microsoft, a mais importante e popular empresa produtora de software do planeta e um dos desbravadores no campo da criação de um produto que subverteu o modo de vida no mundo moderno – o Computador Pessoal ou PC -, declarou: “- É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história”. Jorge Luis Borges afirmou ser o livro “uma extensão da memória e da imaginação e André Maurois tinha razão ao dizer que A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde“.

 
Sim, o livro fala, a alma responde e a mente se abre para o infinito, pois como disse nosso grande poeta Castro Alves “Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar”.

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