Governador do Ceará chamou a candidata pessebista de “reacionária” e diz que governo dela não duraria “nem dois anos”
Por Redação
Em um evento realizado em Fortaleza nesta segunda-feira (1), o
governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), não economizou críticas à
candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva. Cid, que já
foi do PSB, disse que vê com preocupação o crescimento da ex-senadora
nas pesquisas de intenção de voto. “Eu me preocupo muito porque a Marina
parece às pessoas uma liderança progressista, mas tem tido um prática
completamente conservadora. Eu diria até reacionária”, afirmou.
O governador defendeu que o eleitorado de Marina é formado por jovens
induzidos pela mídia e por cidadãos de classe média alta acomodados.
Prova disso, segundo ele, é que a candidata lidera em locais com maior
poder aquisitivo como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. No
Ceará, ele reforça que a candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff,
tem ampla vantagem. A última pesquisa Datafolha, divulgada na
sexta-feira (29), mostrou que, no Nordeste, a presidenta apresenta 47%
da preferência do eleitorado, contra 31% da pessebista.
Os comentários de Cid Gomes se estenderam à área econômica. Segundo
ele, não há futuro em um eventual mandato da candidata. “Eu não dou dois
anos de governo para Marina. Ela será deposta, pode escrever o que
estou dizendo. Me impressiona a proposta de autonomia do Banco Central.
Sabe o que significa? Entregar aos bancos o poder de arbitrar os juros.
Dizer quanto o capital financeiro quer ganhar”, criticou.
Para ele, é preciso analisar o que um governo como esse representaria
para o Brasil. “Se as pessoas não se tocarem, vão eleger a Marina
presidente da República. Meu Deus! Nada contra a pessoa da Marina, mas
essas coisas não são assim. A gente não pode [fazer isso] num
gesto de protesto, e é um protesto assim meio alienado, porque induzido
pela grande mídia, que afinal quer combater o PT, porque esse sistema é
mais progressista, distribui renda e eles querem é concentrar renda,
querem dar dinheiro para banqueiro, para meia dúzia de poderosos”,
destacou.
Foto de capa: José Cruz/ABr
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