O "camaleônico" Açude Grande de Campo Maior, flagrado na tarde de hoje em tons cinza escuro. Numa cor plúmbea. |
Se ainda hoje causa estranheza a descrição feita por Bentinho do olhar de Capitu "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" na obra "D. Casmurro", de Machado de Assis, ou o enigmático olhar da Monalisa, do renascentista Leonardo Da Vinci, o mesmo não se pode dizer do odontólogo Herivelto Cordeiro, quando dos seus múltiplos olhares sobre Campo Maior.
Quem desfruta da rede social do ilustre cidadão campo-maiorense, lá vai encontra não só as posições políticas desse obstinado e irredutível homem de esquerda, mais é brindado com fotografias de Campo Maior que só um amante sabe enxergar. Dos simples passeios de pedestres na orla do nosso "Açude Grande", até ao malabarismo das nossas garças, que tanta graça traz até mesmo ao mais obtuso dos mortais; ou às nuances do período invernoso, demonstra o amigo seu sentimento dos mais fieis dos amantes.
Hoje (30 de maio), véspera do início da paixão dos nativos e adotados da Terra de Santo Antonio, fui surpreendido por uma descrição do nosso açude um tanto inédita: o "camaleônico" Açude Grande de Campo Maior, flagrado na tarde de hoje em tons cinza escuro. Numa cor plúmbea". Camaleônico só a um amante para ter esse "feeling".
Incontinente, vem o poetá Helano Lopes, em outra descrição sutil desses olhares de amantes: Esta tela cérulea e azulínea e tão bela... É cáften!... A grega hieródula a camuflar o idílio do astro rei morrente no fim de tarde". Não dá para ficar inerte diante de tamanha paixão.
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