quarta-feira, 31 de maio de 2017

Sim, senhor... É fé mesmo!!!!




Sem discussões históricas, sociológicas ou filosóficas. Sem a crendice do casamento nos próximos meses. Sem a insistência midiática ou a expectativa de rever parentes e amigos ou as celebridades ou os anônimos que desfilam os treze dias na Praça Bona Primos, a abertura dos Festejos de Santo Antonio, mais uma vez nesse 31 de maio de 2017, representa a grandeza da fé do povo campo-maiorense.




Ver essa multidão saudando o Santo Padroeiro da Terra dos Carnaubais, cantando do fundo dos pulmões o responso do Santo Casamenteiro, vibrando na alegria do agradecimento por tantas graças alcançadas, são sinônimos da confiança inabalável que "a fé move montanhas" e traz todos os Antônios e Antônias, os zés, marias, franciscos... de volta ao que tem de mais precioso: sua fé.

Santo Antonio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e de ficar mais recolhido.
Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra ele  foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação. 
D. Mirtes Bona Andrade (in memoriam)
O Santo, que conhece São Francisco de Assis pessoalmente por um desvio de rota, demonstra grande carinho e compaixão pelas pessoas. Aos 36 anos, em 13 de junho de 1231, na cidade de Pádua, na Itália, morre Santo Antonio, após fazer uma prece à Virgem Maria. Seus milagres foram tantos que onze meses após a sua morte, foi considerado santo, num dos mais rápidos processos de canonização da Igreja Católica

Aqui por estas terras de campos infinitos, a devoção a Santo Antonio chega com os portugueses que instalaram seus currais e suas moradas nos primeiros momentos de nossa povoação. Mesmo considerado apenas em 1932 como Padroeiro de Portugal, tem-se por devoção a Santo Antonio nos primórdios de Campo Maior.
A tradição desse respeito a tão honrada e suave devoção passa de geração em geração, por isso se explica que, mesmo diante de tantas armadilhas que afastam as pessoas da pureza da fé, desde cedo aprendemos o quanto é importante esses momentos de tamanha graciosidade.  
Gerações que se encontram
Fé externada

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