Numa
localidade erma, encravada no vazio do semiárido brasileiro, existia uma vila
conhecida originalmente por Água de
Dentro. Seus habitantes, ornados por uma miséria tão coletiva quanto
próspera, eram pessoas simples; viviam da terra e dela tiravam o seu sustento.
Décadas depois Água de Dentro elevou-se
à categoria de cidade, desta feita sob a denominação de Riacho da Aurora. Aliás, (permita-me
o breve registro), foi na capela do Riacho
da Aurora que se verificou, segundo o folclorista “Leota”, a mais excêntrica
manifestação de regozijo por parte de um caboclo. Ao ouvir o oficiante
proclamar: “eu vos declaro marido e
mulher”, o recém-casado querendo reiterar à esposa o irresistível enlevo de
tê-la desposado, expressou assim seu contentamento: Zefinha, ou bom ou mau, a desgraça tá feita!
Agora
que bordei esta página com essa inusitada declaração de amor, possivelmente a mais
feia e mais desagradável, retomo o curso da história da cumbuca de ovos.
Pois
bem, numa casinha rústica da região interiorana do Riacho da Aurora residia uma viúva, Dona Etelvina, e seu único
filho, o Quincas, apelidado de Quinzin. Semanalmente, acompanhada de Quinzin, Dona
Etelvina, depois de enfatiotar-se de trajes domingueiros, endereçava-se à feira
do Riacho da Aurora para
aprovisionar-se de mantimentos próprios da despensa cabocla. Para custear essas
aquisições levava uma cumbuca contendo muitos ovos de cocar, geralmente uma
gros
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