segunda-feira, 10 de outubro de 2016

VERGONHA!!!!!!! População revoltada com salário de vereadores


Uma grande indignação contra os salários dos vereadores de Campo Maior toma conta das redes sociais. As manifestações são inúmeras quanto à possibilidade dos edis aumentarem seus salários em mais de 42%, bem além da realidade econômica pela qual passa o Brasil e, certamente, o município.

A expectativa é que na sessão desta terça-feira (11 de outubro), único dia da semana que o parlamento municipal se reúne, seja o veto do prefeito Paulo Martins derrubado pela maioria dos vereadores. Com o aumento, a partir da próxima legislatura (2017-2020), os vereadores passem a ganhar um salário que não condiz com a realidade do município.

Dos autuais vereadores, cinco vereadores não integrarão a próxima legislatura: Josenaide Nunes, atual presidente do legislativo municipal e candidata a vice-prefeita derrotada; Professor Ribinha (eleito prefeito em 02 de outubro); Carlos Torres (que não concorreu à reeleição); Manoel Alvarenga e Zé Pereira, que não conseguiram a reeleição, portanto, não farão jus ao salário de mais de R$ 11.000,00 (onze mil reais).

Na justificativa do seu veto, Paulo Martins alegou que o município vem fazendo um grande esforço para manter equilibrada suas contas, no sentido de manter em dia as obrigações com salário dos servidores, custeio da máquina administrativa e a execução de obras essenciais à melhoria de vida da população, como a manutenção de estradas vicinais, ampliação da rede de abastecimento de água na cidade e implantação de sistemas de abastecimento nas  comunidades rurais, dentre outras obras de alcance social.

O advogado do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Maior, Ribamar Coelho, pontuou em sua conta no Facebook que "Não se justifica um vereador ganhar R$10mil por 8h trabalhada por mês e um professor ganhar pouco mais de R$2.100 por 160 horas trabalhada por mês".

A postagem do advogado ocasionou um descontentamento generalizado, como o caso, inclusive, de campo-maiorenses que moram em outras cidades, como o economista Ricardo Reis que alertou que Em várias cidades do Brasil, a população mobilizou-se, e não apenas impediu o aumento dos salários, como em alguns casos, fez com que os vereadores reduzissem os seus vencimentos".  

Fernando Miranda: a Câmara não tem
orçamento para salário tão alto.
Por telefone, o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Campo Maior, Fernando Miranda do PT, disse que a maioria manterá o veto de Paulo Martins, uma vez que "a Câmara não tem recursos orçamentários para suportar um aumento de tal grandeza". Segundo ele, já havia sido anunciado na sessão do dia 4 de outubro que o aumento não será esse. Segundo informações o vereador Zé Pereira também votará pela manutenção do veto, além do Professor Ribinha e Carlos Torres.

Espera-se na sessão dessa terça-feira, a presença de muitos populares que manifestarão seu repúdio, caso seja derrubado o veto do prefeito Paulo Martins.


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