Uma grande indignação contra os salários dos vereadores de Campo Maior toma conta das redes sociais. As manifestações são inúmeras quanto à possibilidade dos edis aumentarem seus salários em mais de 42%, bem além da realidade econômica pela qual passa o Brasil e, certamente, o município.
A expectativa é que na sessão desta terça-feira (11 de outubro), único dia da semana que o parlamento municipal se reúne, seja o veto do prefeito Paulo Martins derrubado pela maioria dos vereadores. Com o aumento, a partir da próxima legislatura (2017-2020), os vereadores passem a ganhar um salário que não condiz com a realidade do município.
Dos autuais vereadores, cinco vereadores não integrarão a próxima legislatura: Josenaide Nunes, atual presidente do legislativo municipal e candidata a vice-prefeita derrotada; Professor Ribinha (eleito prefeito em 02 de outubro); Carlos Torres (que não concorreu à reeleição); Manoel Alvarenga e Zé Pereira, que não conseguiram a reeleição, portanto, não farão jus ao salário de mais de R$ 11.000,00 (onze mil reais).
Na justificativa do seu veto, Paulo Martins alegou que o município vem fazendo um grande esforço para manter equilibrada suas contas, no sentido de manter em dia as obrigações com salário dos servidores, custeio da máquina administrativa e a execução de obras essenciais à melhoria de vida da população, como a manutenção de estradas vicinais, ampliação da rede de abastecimento de água na cidade e implantação de sistemas de abastecimento nas comunidades rurais, dentre outras obras de alcance social.
O advogado do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Maior, Ribamar Coelho, pontuou em sua conta no Facebook que "Não se justifica um vereador ganhar R$10mil por 8h trabalhada por mês e um professor ganhar pouco mais de R$2.100 por 160 horas trabalhada por mês".
A postagem do advogado ocasionou um descontentamento generalizado, como o caso, inclusive, de campo-maiorenses que moram em outras cidades, como o economista Ricardo Reis que alertou que Em várias cidades do Brasil, a população mobilizou-se, e não apenas impediu o aumento dos salários, como em alguns casos, fez com que os vereadores reduzissem os seus vencimentos".
Fernando Miranda: a Câmara não tem orçamento para salário tão alto. |
Por telefone, o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Campo Maior, Fernando Miranda do PT, disse que a maioria manterá o veto de Paulo Martins, uma vez que "a Câmara não tem recursos orçamentários para suportar um aumento de tal grandeza". Segundo ele, já havia sido anunciado na sessão do dia 4 de outubro que o aumento não será esse. Segundo informações o vereador Zé Pereira também votará pela manutenção do veto, além do Professor Ribinha e Carlos Torres.
Espera-se na sessão dessa terça-feira, a presença de muitos populares que manifestarão seu repúdio, caso seja derrubado o veto do prefeito Paulo Martins.
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