Não é à toa que nós, servidores estaduais, temos, nos últimos anos, nossa saúde mental mais do que abalada. Se não bastassem os reflexos da pandemia da Covid-19, o governo Rafael Fonteles e seus "Rafaboys" impõem uma verdadeira onda de terror no serviço público.
Os trabalhadores e trabalhadoras em educação do Piauí, sem falar da realidade das outras categorias, ressentem-se da forma como o governador vem tratando a classe. Desejoso de "aparecer" no cenário nacional com uma educação de qualidade, Rafael mantém uma mídia pesada e ostensiva, que engana o público, além de exercer pressão psicológica sobre gestores e coordenadores pedagógicos, o que deságua em uma sobrecarga desumana sobre os professores – jamais vista em todos os tempos.
Os gestores da Educação Pública Estadual – membros dos "clubinhos" das escolas particulares de ponta do Piauí, que nunca pisaram em uma sala de aula da educação básica pública, nem tiveram salários tão humilhantes – engendram políticas públicas que, à primeira vista, parecem eficazes, mas, na realidade, prejudicam aqueles que realmente fazem a educação acontecer, consequentemente, as respostas não são tão eficazes.
Somente quem pisa o chão da escola conhece as necessidades e as múltiplas realidades de uma sala de aula: as angústias, os desafios e as esperanças. Somos nós, que estamos dentro da sala de aula na labuta diária, que conseguimos reconhecer os olhares de socorro de cada estudante, imersos em realidades tão cruéis, marcadas pela dor e pelo sofrimento.
Senhor governador Rafael Fonteles, querer construir uma educação pública grandiosa deve ser o sonho de qualquer gestor, independentemente da esfera de governo. Porém, tornar invisíveis, massacrar, espezinhar e humilhar, com salários indignos, aqueles que realmente fazem a educação acontecer, não condiz com a postura de um líder comprometido com a população.
Senhor Governador, não o envergonha ter o pior salário do Piauí, frente ao respeito da maioria das Prefeituras? Vossa Excelência não se envergonha de mascarar a Lei do Piso? Ou os maus tratos aos educadores aposentados?
O senhor, governador, que foi eleito pelo partido dos "Trabalhadores", parece desconhecer os compromissos históricos da sigla. Os trabalhadores, pelo seu comportamento, não são pauta da sua administração. Pagar esse preço é inadmissível.
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